Reunião no Ministério da Ciência e Tecnologia é desdobramento de projetos do C3SL, em discussão desde 2024 com o órgãos do MCTI

Com a soberania tecnológica brasileira na pauta, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcos Sunye, e a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, se reuniram, em Brasília, no dia 29 de agosto, para discutir a estruturação de projetos na área. Além de apresentar as demandas da UFPR ao MCTI, Sunye deu continuidade às tratativas anteriores do ministério com o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL).
Pelo MCTI, participaram também Daniel Almeida Filho (Desenvolvimento Tecnológico e Inovação), Davyd Souza Santos (Tecnologia Social e Economia Solidária) e Hugo Valadares Siqueira (Inovação Digital). O reitor foi acompanhado pelo superintendente da Fundação da UFPR (Funpar), Edemir Maciel, e pelos técnicos da Funpar, Líbia Naico e Jonivan Oliveira.
A criação de uma plataforma brasileira de bens digitais foi objeto da parte da conversa decorrente do C3SL, uma vez que o Centro tem mobilizado pesquisadores da área em todo o país para discutir a soberania tecnológica do Brasil. A experiência da Funpar com a gestão de projetos foi comentada brevemente, no tópico de acelerar o uso da Lei da Informática para o desenvolvimento de projetos de interesse nacional, aproveitando o know-how da fundação.
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A reunião no MCTI foi o desdobramento de uma conversa anterior, em 2024, com o secretário nacional de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Inácio Arruda. Na ocasião, uma equipe técnica do Centro de Computação, com Luis de Bona, Edemir Maciel e Jonivan Oliveira apresentou a experiência do C3SL com projetos associando computação e impacto social, da distribuição nacional do Linux Educacional ao monitoramento de indicadores sociais, passando pelo atendimento na Atenção Primária de Saúde.
A ideia de mobilizar empresas para o desenvolvimento de uma ferramenta de geolocalização, a exemplo do Google Maps e do próprio GPS, surgiu naquele encontro e foi retomada agora, com a ideia de utilizar a Lei da Informática para esse fim. O MCTI se colocou à disposição para estruturar essa iniciativa, em parceria com a UFPR e com o C3SL, que depois poderá envolver outros institutos de ciência e tecnologia brasileiros.