O projeto premiado auxilia no monitoramento e transparência de ações do Ministério das Comunicações
O C3SL, Centro de Computação Científica e Software Livre da Universidade Federal do Paraná, teve destaque na última quarta-feira (8) ao ganhar o prêmio de melhor paper apresentado no evento ACS/IEEE International Conference on Computer Systems and Applications, que aconteceu na Tunísia.
A apresentação, intitulada “Transparency Meets Management: a Monitoring and Evaluating Tool for Governmental Projects”, teve como foco principal o Sistema de Monitoramento do Ministério das Comunicações (SIMMC), desenvolvido pelo Centro. O sistema gera um impacto positivo na economia de recursos e transparência pública de projetos de inclusão digital.
Diego Pasqualin, doutorando em Informática na UFPR e representante do projeto na apresentação, comemora a conquista: “Fico feliz em poder representar o grupo em um evento internacional, especialmente com o reconhecimento recebido através desse prêmio”.
A conferência é uma das primeiras do mundo a reunir a temática de sistemas e aplicações de informática contemporânea. Ela se tornou um fórum internacional para pesquisadores e profissionais da área, organizado pela University of Arizona e pela Université Centrale.
Além de Pasqualin, o trabalho teve co-autoria de 10 outros pesquisadores do C3SL: Celio Trois, Daniel Weingaertner, Edemir Maciel, Eduardo Almeida, Fabiano Silva, Hegler Tissot, Luis C. E. de Bona, Marcos Castilho, Marcos Didonet e Marcos Sunye.
“O que se verifica aqui é a universidade, por meio de um grupo de pesquisa, o C3SL, fortalecendo políticas de transparência e devolvendo investimentos públicos à sociedade”, comentou o diretor do Setor de Ciências Exatas, Marcos Sunye.
Monitoramento e transparência pública
O SIMMC foi criado como uma ferramenta de monitoramento dos projetos de inclusão digital do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), como o Gesac, cidades digitais e telecentros, por exemplo. Com isso, é possível controlar o que acontece em cidades distintas de maneira remota e econômica.
As informações destes projetos são coletadas de forma automatizada e reunidas em um banco de dados, o que auxilia na transparência, aumenta a eficiência da gestão pública e permite avaliar a possibilidade de expansão do trabalho.
É possível, por exemplo, verificar a utilização de recursos, identificar a instalação de novas conexões e telecentros, detectar furto de equipamento e falha dos provedores de internet na entrega de banda contratada.
O sistema também publica os dados coletados em um website, onde qualquer um pode fiscalizar a eficiência dos projetos, integrar os dados com outros bancos e até mesmo analisá-los de novas formas.
Premiações e reconhecimento
Em 2015, o projeto foi vencedor do 3º Concurso de Boas Práticas da Controladoria Geral da União (CGU) na categoria “Promoção da Transparência Ativa ou Passiva”.
Esse reconhecimento, seja interno, através da premiação no concurso da CGU, ou externo, com a premiação no congresso da Tunísia, reforça a importância de ações de apoio à políticas públicas, principalmente no âmbito de pesquisa das universidades.
“[O projeto] se torna elemento de construção de inovações e de produção de conhecimento”, afirma Américo Tristão Bernardes, Diretor do Departamento de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC.
Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas também no artigo “Dados de Monitoramento de Projetos de Inclusão Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações”. |