Bolsistas do C3SL participam da primeira etapa da Maratona de Programação

Equipes buscam neste sábado (31), em Joinville, classificação para a etapa nacional da maratona promovida pela SBC

Neste sábado (31), sete bolsistas de graduação e do mestrado do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) participarão da primeira fase da Maratona de Programação, em Joinville. Os competidores do C3SL integram as 16 equipes que representarão o Departamento de informática da UFPR na etapa regional, classificatória para a fase nacional, que ocorrerá de 8 a 10 de novembro em João Pessoa. Participam do evento em Santa Catarina os bolsistas: Gabriel Lisboa Conegero, Anderson Aparecido do Carmo Frasão, Marcus Vinícius Residoefer Pereira, Muriki Gusmão Yamanaka, Luize Cunha Duarte, João Meyer Muhlmann, e o mestrando Fernando Kiotheka como coach das equipes.

Os times que seguem para a etapa regional foram selecionados entre 25 inscritos na maratona interna da UFPR, realizada no início de agosto. A maratona da SBC é um dos principais eventos de programação do Brasil. Nela, os participantes têm a tarefa de resolver o maior número possível de problemas em um período de cinco horas. Cada equipe composta por três estudantes, tem acesso a apenas um computador e material impresso, como livros e manuais, para ajudá-los a encontrar soluções. A competição exige colaboração intensa entre os membros da equipe, que devem identificar os problemas mais simples, projetar testes e desenvolver soluções que serão avaliadas por juízes.

Confira abaixo a lista completa de alunos da UFPR que participam da primeira fase d maratona neste sábado:

  • Time: The Tortured Programmers Department – Juliana Zambon; Luize Cunha Duarte; Millena Suaini Costa.
  • Time: /* very well-informed guess */  – Pedro Vinicius de Sousa da Silva; Raul Gomes Pimentel de Almeida; Thiago José Theobaldo Trannin.
  • Time: Programação Casual – David Lucas Pereira Gomes; Gabriel Lisboa Conegero; Roberto Sprengel Minozzo Tomchak.
  • Time: Trepa Colinas – Anderson Aparecido do Carmo Frasão; Marcus Vinícius Residoefer Pereira; Muriki Gusmão Yamanaka.
  • Time: Circuito_Honors – Antonio de Ressureição Filho; Arthur Ribas de Oliveira; Nathan Endo.
  • Time: TremBoys – Eduardo Alencar Furtado Machoski; Enzo Langer; Igor Neves da Silva.
  • Time: Fault || criatividade – Alexandre de Oliveira Plugge Freitas; Guilherme Pateiro; Rafael Munhoz de Cunha Marques.
  • Time: Blumenau Paulista – Kauê de Amorim Silva; Vinícius Hasse Nascimento; Víctor Hugo Weigmann Chequer Maia.
  • Time: Senior HTML Engineers – Bruno Corrado Crestani; Leonardo Pfeng; Gustavo Friedrich Jakobi.
  • Time: Dinossaurada – João Meyer Muhlmann; Tiago Augusto Fiatte Prestes; Vitor Faria Medeiros da Silveira.
  • Time: Kão – Camila Yuki Shibata; Leonardo Prazeres Tosin; Raphael Gaias Wrublewski.
  • Time: DiPolo Induzido – Gabriel Henrique Polo; Pedro Pierobon Marynowski; Vinícius Gregorio Fucci.
  • Time: Davi’s Fan Club – Fernando de Barros Castro; Vinicius Jeremias dos Santos; Ruibin Mei.
  • Time: Os 3 Reprovados – Matheus Gimenes da Silva Viana; Matheus Telles Batista; Davi Garcia Lazzarin.

Plataforma MECRED auxilia pesquisa de graduação sobre imunização de redes

Trabalho de conclusão em Ciência da Computação usa dados da plataforma desenvolvida pelo C3SL em análise comparativa de heurísticas espectrais em grafos

Dados da plataforma MEC de recursos educacionais digitais (MECRED), desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), tornaram-se objeto de estudo no trabalho de conclusão do bacharelado em Ciência da Computação elaborado por Richard Heise sobre o uso da Teoria de Grafos para abordar a complexidade das interações em redes, tanto biológicas quanto digitais. Sob orientação do professor André Luiz Pires Guedes, do Departamento de Informática da UFPR, o trabalho intitulado “Estratégias de Imunização de Redes: Uma Análise Comparativa de Heurísticas Espectrais em Grafos” foi apresentado por Heise na defesa do TCC no último dia 14 de agosto.

Na pesquisa, Heise destaca a importância de desenvolver estratégias eficazes de imunização, levando em consideração as limitações de recursos, como vacinas. O trabalho se fundamenta na aplicação de ferramentas da Álgebra Linear e da Teoria Espectral de Grafos, focando na análise de autovalores e autovetores da matriz de adjacência dos grafos. Essa abordagem permite medir a vulnerabilidade das redes e desenvolver algoritmos que visam à imunização.

“Imagina que a gente tenha um grupo de pessoas, e que elas podem interagir e infectar umas às outras com vírus biológicos. Podemos também usar com referência não apenas pessoas, mas computadores, vírus de computador, ou ainda propaganda viral na internet. O trabalho estuda como imunizar e delimita quem são as pessoas de uma rede que precisamos imunizar para garantir que a rede ficará mais segura possível, menos vulnerável possível dentro dos recursos que temos. Então, dado que você tem uma população de 300 pessoas e a gente só tem 50 vacinas, quem deve ser vacinado para garantir que o mínimo de pessoas será contaminado? A pesquisa busca comparar algoritmos que solucionam este problema”, explica Heise.

Os resultados indicam que os algoritmos baseados em heurísticas espectrais se mostraram mais eficazes em determinados contextos em comparação com métodos tradicionais. A pesquisa enfatiza que a eficácia na imunização não depende apenas do aumento de recursos, mas também de como esses recursos são alocados.

Segundo Heise, um aspecto crucial do trabalho é a utilização da plataforma MECRED, que serviu como um objeto de pesquisa fundamental. A plataforma auxiliou na pesquisa de Heise ao gerar redes complexas para que fosse possível testar os algoritmos. O pesquisador, que é gerente de projetos do C3SL, grupo de pesquisa que projetou a plataforma, destaca que a experiência adquirida no centro de pesquisa com o desenvolvimento do trabalho com o Ministério da Educação não apenas viabilizou seu TCC, mas também exemplifica como plataformas educacionais podem ser um motor para a inovação e o desenvolvimento de novos projetos. A interconexão entre as pesquisas realizadas e as ferramentas disponíveis no MECRED ilustra a importância de um ambiente colaborativo que estimula a pesquisa acadêmica.

Pesquisador do C3SL fala sobre plataforma MECRED em webinário de educação digital

Live promovida pelo Ministério da Educação debate materiais didáticos no cenário de inclusão digital

A importância da plataforma MECRED na melhoria do acesso a conteúdos educacionais de qualidade para professores e alunos foi tema da participação do pesquisador do C3SL e coordenador do Departamento de Informática (DINF) da UFPR, Luis Bona, na live promovida pelo Ministério da Educação (MEC). No webinário no último dia 8 de agosto sobre educação digital, mediado pela coordenadora geral de tecnologia e inovação do MEC, Ana Úngari Dal Fabbro, Bona apresentou detalhes sobre a Plataforma Integrada MEC de Recursos Educacionais Digitais, principal repositório público de materiais didáticos com foco na educação básica e fundamental.

De acordo com Bona, o projeto surgiu da necessidade de facilitar o acesso a materiais educacionais digitais que, embora disponíveis na internet, muitas vezes não eram facilmente encontrados pelos educadores. Ele explicou que, ao buscar conteúdos, os professores frequentemente se deparavam com informações populares, mas não necessariamente relevantes ou de qualidade para suas aulas. Para resolver esse problema, a equipe do C3SL desenvolveu uma plataforma que permite aos educadores compartilhar e acessar conteúdos de forma mais eficiente.

Um dos pontos centrais da apresentação foi a ênfase na colaboração entre educadores. Bona destacou que a plataforma não visa substituir o professor, mas sim atuar como uma ferramenta de apoio, permitindo que os educadores compartilhem suas experiências e selecionem conteúdos que consideram valiosos. A MECRED foi projetada para ser um ambiente social, onde a interação entre usuários pode enriquecer a experiência de aprendizado.

A plataforma, que é totalmente construída em software livre, garante que o MEC tenha controle total sobre seu funcionamento e desenvolvimento. Bona mencionou que a equipe de desenvolvimento é composta por alunos e professores, promovendo uma formação prática em tecnologia e educação. Clique aqui e confira a íntegra da live no canal do MEC no Youtube.

Repaginação e atualização – Recentemente a plataforma MECRED passou por uma nova etapa de aprimoramento pelo C3SL. A plataforma de recursos do MEC passou por um redesign e aprimoramento do motor de busca e da rede social com integração dos professores e usuários da plataforma. Destaque na reunião do Grupo de Trabalho de Educação do G20 em julho passado, a plataforma que reúne cerca de 320 mil recursos educacionais, após sete anos no ar recebeu um upgrade de usabilidade, acessibilidade e protocolos de segurança para o encontro do G20.