Bolsistas do C3SL participam da primeira etapa da Maratona de Programação

Equipes buscam neste sábado (31), em Joinville, classificação para a etapa nacional da maratona promovida pela SBC

Neste sábado (31), sete bolsistas de graduação e do mestrado do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) participarão da primeira fase da Maratona de Programação, em Joinville. Os competidores do C3SL integram as 16 equipes que representarão o Departamento de informática da UFPR na etapa regional, classificatória para a fase nacional, que ocorrerá de 8 a 10 de novembro em João Pessoa. Participam do evento em Santa Catarina os bolsistas: Gabriel Lisboa Conegero, Anderson Aparecido do Carmo Frasão, Marcus Vinícius Residoefer Pereira, Muriki Gusmão Yamanaka, Luize Cunha Duarte, João Meyer Muhlmann, e o mestrando Fernando Kiotheka como coach das equipes.

Os times que seguem para a etapa regional foram selecionados entre 25 inscritos na maratona interna da UFPR, realizada no início de agosto. A maratona da SBC é um dos principais eventos de programação do Brasil. Nela, os participantes têm a tarefa de resolver o maior número possível de problemas em um período de cinco horas. Cada equipe composta por três estudantes, tem acesso a apenas um computador e material impresso, como livros e manuais, para ajudá-los a encontrar soluções. A competição exige colaboração intensa entre os membros da equipe, que devem identificar os problemas mais simples, projetar testes e desenvolver soluções que serão avaliadas por juízes.

Confira abaixo a lista completa de alunos da UFPR que participam da primeira fase d maratona neste sábado:

  • Time: The Tortured Programmers Department – Juliana Zambon; Luize Cunha Duarte; Millena Suaini Costa.
  • Time: /* very well-informed guess */  – Pedro Vinicius de Sousa da Silva; Raul Gomes Pimentel de Almeida; Thiago José Theobaldo Trannin.
  • Time: Programação Casual – David Lucas Pereira Gomes; Gabriel Lisboa Conegero; Roberto Sprengel Minozzo Tomchak.
  • Time: Trepa Colinas – Anderson Aparecido do Carmo Frasão; Marcus Vinícius Residoefer Pereira; Muriki Gusmão Yamanaka.
  • Time: Circuito_Honors – Antonio de Ressureição Filho; Arthur Ribas de Oliveira; Nathan Endo.
  • Time: TremBoys – Eduardo Alencar Furtado Machoski; Enzo Langer; Igor Neves da Silva.
  • Time: Fault || criatividade – Alexandre de Oliveira Plugge Freitas; Guilherme Pateiro; Rafael Munhoz de Cunha Marques.
  • Time: Blumenau Paulista – Kauê de Amorim Silva; Vinícius Hasse Nascimento; Víctor Hugo Weigmann Chequer Maia.
  • Time: Senior HTML Engineers – Bruno Corrado Crestani; Leonardo Pfeng; Gustavo Friedrich Jakobi.
  • Time: Dinossaurada – João Meyer Muhlmann; Tiago Augusto Fiatte Prestes; Vitor Faria Medeiros da Silveira.
  • Time: Kão – Camila Yuki Shibata; Leonardo Prazeres Tosin; Raphael Gaias Wrublewski.
  • Time: DiPolo Induzido – Gabriel Henrique Polo; Pedro Pierobon Marynowski; Vinícius Gregorio Fucci.
  • Time: Davi’s Fan Club – Fernando de Barros Castro; Vinicius Jeremias dos Santos; Ruibin Mei.
  • Time: Os 3 Reprovados – Matheus Gimenes da Silva Viana; Matheus Telles Batista; Davi Garcia Lazzarin.

Plataforma MECRED auxilia pesquisa de graduação sobre imunização de redes

Trabalho de conclusão em Ciência da Computação usa dados da plataforma desenvolvida pelo C3SL em análise comparativa de heurísticas espectrais em grafos

Dados da plataforma MEC de recursos educacionais digitais (MECRED), desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), tornaram-se objeto de estudo no trabalho de conclusão do bacharelado em Ciência da Computação elaborado por Richard Heise sobre o uso da Teoria de Grafos para abordar a complexidade das interações em redes, tanto biológicas quanto digitais. Sob orientação do professor André Luiz Pires Guedes, do Departamento de Informática da UFPR, o trabalho intitulado “Estratégias de Imunização de Redes: Uma Análise Comparativa de Heurísticas Espectrais em Grafos” foi apresentado por Heise na defesa do TCC no último dia 14 de agosto.

Na pesquisa, Heise destaca a importância de desenvolver estratégias eficazes de imunização, levando em consideração as limitações de recursos, como vacinas. O trabalho se fundamenta na aplicação de ferramentas da Álgebra Linear e da Teoria Espectral de Grafos, focando na análise de autovalores e autovetores da matriz de adjacência dos grafos. Essa abordagem permite medir a vulnerabilidade das redes e desenvolver algoritmos que visam à imunização.

“Imagina que a gente tenha um grupo de pessoas, e que elas podem interagir e infectar umas às outras com vírus biológicos. Podemos também usar com referência não apenas pessoas, mas computadores, vírus de computador, ou ainda propaganda viral na internet. O trabalho estuda como imunizar e delimita quem são as pessoas de uma rede que precisamos imunizar para garantir que a rede ficará mais segura possível, menos vulnerável possível dentro dos recursos que temos. Então, dado que você tem uma população de 300 pessoas e a gente só tem 50 vacinas, quem deve ser vacinado para garantir que o mínimo de pessoas será contaminado? A pesquisa busca comparar algoritmos que solucionam este problema”, explica Heise.

Os resultados indicam que os algoritmos baseados em heurísticas espectrais se mostraram mais eficazes em determinados contextos em comparação com métodos tradicionais. A pesquisa enfatiza que a eficácia na imunização não depende apenas do aumento de recursos, mas também de como esses recursos são alocados.

Segundo Heise, um aspecto crucial do trabalho é a utilização da plataforma MECRED, que serviu como um objeto de pesquisa fundamental. A plataforma auxiliou na pesquisa de Heise ao gerar redes complexas para que fosse possível testar os algoritmos. O pesquisador, que é gerente de projetos do C3SL, grupo de pesquisa que projetou a plataforma, destaca que a experiência adquirida no centro de pesquisa com o desenvolvimento do trabalho com o Ministério da Educação não apenas viabilizou seu TCC, mas também exemplifica como plataformas educacionais podem ser um motor para a inovação e o desenvolvimento de novos projetos. A interconexão entre as pesquisas realizadas e as ferramentas disponíveis no MECRED ilustra a importância de um ambiente colaborativo que estimula a pesquisa acadêmica.

Pesquisador do C3SL fala sobre plataforma MECRED em webinário de educação digital

Live promovida pelo Ministério da Educação debate materiais didáticos no cenário de inclusão digital

A importância da plataforma MECRED na melhoria do acesso a conteúdos educacionais de qualidade para professores e alunos foi tema da participação do pesquisador do C3SL e coordenador do Departamento de Informática (DINF) da UFPR, Luis Bona, na live promovida pelo Ministério da Educação (MEC). No webinário no último dia 8 de agosto sobre educação digital, mediado pela coordenadora geral de tecnologia e inovação do MEC, Ana Úngari Dal Fabbro, Bona apresentou detalhes sobre a Plataforma Integrada MEC de Recursos Educacionais Digitais, principal repositório público de materiais didáticos com foco na educação básica e fundamental.

De acordo com Bona, o projeto surgiu da necessidade de facilitar o acesso a materiais educacionais digitais que, embora disponíveis na internet, muitas vezes não eram facilmente encontrados pelos educadores. Ele explicou que, ao buscar conteúdos, os professores frequentemente se deparavam com informações populares, mas não necessariamente relevantes ou de qualidade para suas aulas. Para resolver esse problema, a equipe do C3SL desenvolveu uma plataforma que permite aos educadores compartilhar e acessar conteúdos de forma mais eficiente.

Um dos pontos centrais da apresentação foi a ênfase na colaboração entre educadores. Bona destacou que a plataforma não visa substituir o professor, mas sim atuar como uma ferramenta de apoio, permitindo que os educadores compartilhem suas experiências e selecionem conteúdos que consideram valiosos. A MECRED foi projetada para ser um ambiente social, onde a interação entre usuários pode enriquecer a experiência de aprendizado.

A plataforma, que é totalmente construída em software livre, garante que o MEC tenha controle total sobre seu funcionamento e desenvolvimento. Bona mencionou que a equipe de desenvolvimento é composta por alunos e professores, promovendo uma formação prática em tecnologia e educação. Clique aqui e confira a íntegra da live no canal do MEC no Youtube.

Repaginação e atualização – Recentemente a plataforma MECRED passou por uma nova etapa de aprimoramento pelo C3SL. A plataforma de recursos do MEC passou por um redesign e aprimoramento do motor de busca e da rede social com integração dos professores e usuários da plataforma. Destaque na reunião do Grupo de Trabalho de Educação do G20 em julho passado, a plataforma que reúne cerca de 320 mil recursos educacionais, após sete anos no ar recebeu um upgrade de usabilidade, acessibilidade e protocolos de segurança para o encontro do G20.

C3SL avalia participação no ENEPe em reunião com bolsistas e pesquisadores

Nesta terça-feira, 30 de julho, foi realizada uma reunião entre os pesquisadores e bolsistas do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), no auditório do Departamento de Informática (Dinf) da UFPR, para discutir a participação da delegação no 42º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe), que ocorreu em Maringá entre os dias 17 e 20 de julho. O evento na cidade canção contou com a presença de uma equipe de nove bolsistas do C3SL, que apresentaram os projetos MECRED e a Plataforma de Dados Educacionais. 

A reunião foi marcada pela presença de professores do Departamento de Informática da UFPR e integrantes do Laboratório de Dados Educacionais (LDE), parceiro do C3SL nos projetos. Richard Heise, gerente de projetos do C3SL, destacou a importância da participação no ENEPe, afirmando que foi fundamental para desafiar a visão dos participantes do evento em Maringá sobre projetos educacionais baseados em software livre. À medida que os bolsistas detalhavam as iniciativas no ENEPe, a resistência dos participantes começou a diminuir, refletindo uma maior abertura para as propostas baseadas em software livre. 

Na reunião no auditório do Dinf, Maria Fernanda Cardoso, bolsista do C3SL e pesquisadora do LDE, aproveitou a oportunidade para discutir a autonomia do Estado em relação às empresas privadas, enfatizando a preocupação com o uso de plataformas que lidam com dados sensíveis. Ela alertou que o governo federal atualmente utiliza uma plataforma de visualização de dados de uma empresa privada na área da educação, a qual tem acesso a informações pessoais de alunos e dados de ministérios federais. Maria argumentou que esses dados, sendo públicos e estratégicos, deveriam ser protegidos pelo Estado e utilizados de forma eficaz para políticas públicas e planejamento educacional.

Durante a reunião, os bolsistas e pesquisadores do C3SL compartilharam suas experiências em eventos acadêmicos com a equipe, visando estabelecer diretrizes para as apresentações dos projetos em atividades científicas externas.

Projetos Inovadores do C3SL reforçam o papel da universidade pública de qualidade

Durante a reunião dos bolsistas e pesquisadores do C3SL, a coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Camila Girardi Fachin, expressou seu orgulho em ter o centro de pesquisa integrado à instituição. Camila ressaltou que o C3SL não é apenas um centro de computação, mas um pilar fundamental para a formação científica e prática dos alunos. Ela comparou a importância do C3SL à do Hospital de Clínicas para a medicina, enfatizando que é através deste centro que muitos alunos têm a oportunidade de interagir com pacientes e desenvolver políticas que moldam a medicina contemporânea. A coordenadora abordou a relevância das universidades públicas em promover discussões sobre política e ética no ambiente acadêmico. Ela argumentou que tais diálogos são raros em instituições privadas ou empresas.

Gerente de Projetos do C3SL apresenta projetos voltados à educação no 42º ENEPe

A Plataforma de Dados Educacionais e a Plataforma Integrada MECRED foram relatadas no evento em Maringá, com a participação de uma delegação de bolsistas do centro de pesquisa

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) esteve presente no 42º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe), que ocorreu em Maringá entre os dias 17 e 20 de julho. O evento, que reuniu estudantes e profissionais da educação, contou com palestras e apresentações de trabalhos acadêmicos. A delegação do C3SL foi composta pelos bolsistas de graduação Maria Sauer, Janaína Kshesek, Mateus Herbele, Anderson Frasão, Gabriel Lisboa, Richard Heise, Thomas Todt e Guiusepe Oneda, além do mestrando Jonas Guerra. Durante o encontro, os bolsistas apresentaram resultados de pesquisas vinculadas a projetos em desenvolvimento no centro, com foco em soluções para a educação pública.

Richard Heise, gerente de projetos e um dos bolsistas, teve a oportunidade de apresentar o C3SL aos participantes do evento. Em sua fala, Heise destacou a importância do laboratório, que existe há mais de 20 anos, e mencionou dois projetos principais: a Plataforma de Dados Educacionais e o MECRED. Ambos são iniciativas de código aberto e sem fins lucrativos, visando melhorar a educação pública no Brasil. Nas apresentações, Heise destacou o papel do C3SL como um grupo de pesquisa dentro da universidade pública brasileira, comprometido com o desenvolvimento de soluções para a sociedade. “O objetivo do nosso grupo de pesquisa é gerar soluções computacionais soberanas, partindo da universidade pública, para melhorar a educação pública brasileira”, aponta o gerente de projetos.

Destacada pelo bolsista na apresentação, a Plataforma de Dados Educacionais é desenvolvida em parceria com o Laboratório de Dados Educacionais da UFPR e disponibiliza diversos indicadores educacionais, agrupando dados do INEP e do IBGE. Entre os recursos oferecidos, destaca-se o Simulador Custo-Aluno-Qualidade, que analisa os custos de manter um aluno do ensino fundamental com qualidade, e o MapFor, que mapeia a formação de docentes no Paraná e no Brasil. “Qualquer pesquisador pode buscar, de forma gratuita, dados sobre a educação em geral do Brasil, como quantidade de matrículas, contagem da população por ano, quantidade de turmas por escola, quantidade de funcionários, enfim. Tudo público e gratuito”, destaca Heise.

Um dos principais focos da apresentação dos bolsistas foi a atualização da plataforma MECRED, que, desde sua publicação em 2017, já reúne cerca de 320 mil recursos educacionais. Recentemente, a plataforma passou por melhorias em usabilidade, acessibilidade e segurança, preparando-se para ser um destaque nas discussões do Grupo de Trabalho de Educação do G20. Criado em parceria com o Ministério da Educação (MEC), o MECRED é um repositório de recursos educacionais digitais. O projeto busca democratizar o acesso à informação educacional, oferecendo um ambiente seguro para que professores compartilhem materiais. Heise enfatizou que a curadoria dos conteúdos é feita pela própria comunidade, garantindo a qualidade e a veracidade das informações.

A participação do C3SL no 42º ENEPe reafirma o compromisso da universidade pública em gerar soluções tecnológicas que atendam às necessidades da educação brasileira. Os bolsistas não apenas apresentaram suas pesquisas, mas também interagiram com os participantes, incentivando um diálogo sobre as práticas educacionais e a importância da colaboração entre educadores e pesquisadores. Richard Heise concluiu sua apresentação com um chamado à ação: “A educação no Brasil é um ambiente de combate, então vamos lutar para melhorá-la em todos os ambientes, inclusive no digital.”

Ex-bolsista do C3SL é finalista no Prêmio Junia Coutinho Anacleto

Artigo inscrito no concurso nacional da Sociedade Brasileira de Computação tem como tema projeto do C3SL com o Ministério da Educação

O ex-bolsista do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), Eduardo Mathias, é finalista do Prêmio Junia Coutinho Anacleto, concurso de teses, dissertações e trabalhos de graduação em Interação Humano-Computador (IHC). A distinção é promovida anualmente pela Comissão Especial de Interação Humano-Computador, órgão colegiado da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

O artigo “SIMCAQ: Um Diagnóstico Sociotécnico”, classificado para a final do prêmio, é resultado da conclusão do curso de bacharelado em Ciência da Computação, junto ao Departamento de Informática da UFPR. Sob a orientação do professor do Dinf, Roberto Pereira, o trabalho inscrito por Mathias foi aprovado na fase eliminatória e concorre ao título de melhor TCC em IHC.

Os premiados serão revelados no XXIII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, a ser realizado em outubro deste ano, em Brasília. Todos os trabalhos classificados para a final serão publicados nos anais do IHC.

Segundo Mathias, estar na final do prêmio Junia Coutinho Anacleto é o início de uma carreira promissora na pesquisa em computação, um sonho que ele vem perseguindo desde a graduação. “Representa bastante para mim ter esse primeiro artigo publicado e apresentá-lo em Brasília. Ressalta o potencial de todo mundo que está se formando em Ciência da Computação e que quer seguir essa área acadêmica”, destaca.

O trabalho inscrito por Mathias no prêmio do IHC é focado no Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), projeto desenvolvido pelo C3SL com o Ministério da Educação. O bacharel em Ciência da Computação foi um dos bolsistas do projeto junto ao centro de pesquisa em 2023. O SIMCAQ é um sistema online gratuito para estimar o custo de proporcionar educação de qualidade em escolas públicas de educação primária. O objetivo do projeto é servir como uma ferramenta de planejamento educacional que enfatiza o aspecto orçamentário, diagnosticando o contexto educacional em níveis municipal, estadual e nacional.

No paper que é finalista do prêmio nacional, Mathias propõe um diagnóstico sociotécnico do SIMCAQ, identificando aspectos de melhorias para o sistema, como aprimoramento na interface e usabilidade da plataforma, bem como melhorias na cultura de trabalho das equipes do projeto. “Durante o período em que fui bolsista no C3SL, convivi com toda a equipe do projeto e pude observar as reformulações e os benefícios que a ferramenta proporcionava. No entanto, percebi que, apesar de ser uma ferramenta muito boa e importante, não havia nenhum trabalho que destacasse sua relevância para pessoas externas, nem como ela era desenvolvida. Não existia um diagnóstico sociotécnico que analisasse o sistema de uma perspectiva mais ampla. Esse foi o meu ponto de partida”, revela o bacharel.

Em suas considerações, Mathias aponta que as equipes devem incorporar práticas de Interação Humano-Computador (IHC) e User Experience (UX) de maneira transversal ao projeto. Além disso, é essencial que novas estratégias de comunicação e organização do trabalho sejam experimentadas, buscando um equilíbrio entre flexibilidade e estrutura. “Sob a orientação do professor Roberto Pereira, utilizamos instrumentos semióticos para realizar uma análise mais profunda. Realizamos entrevistas com a equipe e deixamos clara a divisão de trabalho e a cultura do projeto. É importante ressaltar que os problemas do simulador não se restringem apenas à parte técnica; a cultura do projeto também desempenha um papel fundamental. Discutimos o que poderia ser feito para melhorar essa cultura dentro do C3SL. Acredito que deixei um legado positivo com a pesquisa”, conclui.

Artigo publicado no Journal on Interactive Systems aborda projeto do C3SL e FNDE na logística de livros didáticos no Brasil

Publicação de pesquisadores do Departamento de Informática da UFPR apresenta etapas de sistematização informacional na entrega de 153 milhões de livros no ensino público brasileiro

O entendimento e a análise sobre como garantir a entrega de cerca de 153 milhões de livros didáticos em 130 mil escolas públicas em um país de dimensão continental como o Brasil. Este foi o escopo do projeto desenvolvido pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) junto ao Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), gerido pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), garantindo o acesso a materiais didáticos para alunos e professores de escolas públicas. As etapas informacionais de um dos maiores programas logísticos do mundo são mapeadas e debatidas em um artigo publicado na atual edição do Journal on Interactive Systems, publicação científica da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) indexada internacionalmente.

Intitulado “Analisando a Logística do Programa Nacional do Livro e do Material Didático: uma estratégia sociotécnica para informar a otimização”, o artigo é encabeçado pelo pesquisador e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGInf) da UFPR, Roberto Pereira. O artigo destaca a importância de uma análise sociotécnica para entender os desafios logísticos do PNLD, considerando não apenas os aspectos técnicos, mas também os sociais e normativos que influenciam a operação do programa.

“O PNLD é um programa que vem sendo aperfeiçoado ao longo de décadas. Para garantir que todas as crianças de todas as escolas públicas do país recebam seus livros antes do início das aulas, o FNDE e o MEC apoiam projetos de pesquisa que contribuam com a melhoria continuada do programa.  O Projeto conduzido pelo C3SL contribuiu com a sistematização do conhecimento desenvolvido no âmbito no PNLD e a identificar possibilidades de otimização do programa”, destaca Pereira.

A logística do programa envolve múltiplas etapas, desde a seleção de materiais até a distribuição, sendo gerida pelos Correios, que enfrentam a necessidade de entregar milhões de pedidos em um curto espaço de tempo, respeitando o calendário escolar. O trabalho destaca que a complexidade do PNLD não se limita a questões logísticas, mas envolve um ecossistema de partes interessadas que interagem em um ambiente regulatório e cultural específico.

Diante de um cenário com diversos atores, o estudo evidencia a necessidade de comunicação intensa e direta entre os diversos stakeholders envolvidos, incluindo escolas, professores, distribuidores e editores, para garantir a eficácia do programa. É neste aspecto que se evidencia a necessidade de recursos permitam a transparência e fluidez na comunicação, a partir da implementação de tecnologias da informação e melhorias na infraestrutura logística, mediante o entendimento das dinâmicas sociais que permeiam o programa.

“Os resultados publicados no artigo informam a condução de estudos e o desenvolvimento de soluções que entendam o propósito social da logística do PNLD, informando a otimização do processo e o desenvolvimento de soluções que apoiem o trabalho das diferentes partes interessadas envolvidas”, aponta o coordenador do PPGinf da UFPR.

Também assinam o trabalho a professora da Universidade Federal da Fronteira Sul, Andressa Sebben; os professores do DINF e pesquisadores do C3SL, Marcos Castilho, Guilherme Derenievicz e Letícia Mara Peres; os bolsistas de pós-graduação do PPGInf, Krissia Menezes e Patricia Castellano; e os coordenadores de logística do FNDE, Nadja Cézar Ianzer Rodrigues e Silvério Morais da Cruz. Clique aqui e confira a íntegra do artigo no Journal on Interactive Systems.

Projetos do C3SL são destaque no 42º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia

Delegação formada por nove bolsistas de graduação e mestrado participam do evento em Maringá entre 17 e 20 de julho

Uma equipe de nove bolsistas de graduação e de mestrado do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participa do 42º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia, em Maringá. O evento começou nesta quarta-feira (17) e segue até o dia 20 de julho com palestras e apresentação de trabalhos acadêmicos. Durante o encontro, os bolsistas apresentarão resultados de pesquisas vinculados aos projetos em desenvolvimento junto ao C3SL.

Um dos trabalhos em apresentação pelos bolsistas é o projeto de atualização da plataforma MECRED, uma iniciativa do C3SL com o Ministério da Educação (MEC) que disponibiliza recursos educacionais digitais para escolas públicas. Destaque na reunião do Grupo de Trabalho de Educação do G20 no início deste mês, a plataforma que reúne cerca de 320 mil recursos educacionais foi publicada em 2017 pelo centro de pesquisa, e recentemente recebeu um upgrade de usabilidade, acessibilidade e protocolos de segurança para o encontro do G20.

Além da apresentação sobre o processo de atualização da plataforma e o potencial do MECRED para a educação básica e fundamental brasileira nos grupos de trabalhos do evento, o projeto também é apresentado pelos bolsistas em stand permanente nos quatro dias do ENEPe. Afora o repositório, o projeto de Dados Educacionais para Políticas Públicas (DEPP) também será foco de divulgação científica no evento. O projeto busca disponibilizar dados e indicadores da educação básica e superior em série histórica em diferentes níveis de desagregação e de maneira acessível.

Projeto do C3SL e VRI para digitalização de acervo histórico fortalece parceria entre UFPR e Academia de Ciências de Berlim

Parceria é formalizada em visita técnica de pesquisador do C3SL e um dos líderes do projeto, Eduardo Todt, à universidade alemã.

A pesquisa e desenvolvimento de sistemas para digitalização de arquivos históricos de jornais dá início à cooperação entre a UFPR e a Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo (BBAW Berlin-Brandenburguishe Akademie der Wissenschaften). Os atores da cooperação são o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e o Laboratório Visão Robótica e Imagem (VRI), que integram o Departamento de Informática (Dinf) da UFPR, e o The Electronic Life Of The Academy (Telota), departamento de pesquisa em humanidades digitais da BBAW. Após formalizada por termo de convênio entre a UFPR e a BBAW, a cooperação teve uma primeira reunião técnica do pesquisador do C3SL e VRI e líder do projeto, Eduardo Todt, com o diretor do Telota, Alexander Czmiel, no último dia 11 de julho, em Berlim.

O sistema OCR (Optical Character Recognition) em pesquisa utilizará técnicas de aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural para lidar com a complexidade dos textos antigos, muitos dos quais contêm gráficos, tabelas e anotações manuscritas. Essa tecnologia permitirá que os pesquisadores acessem o conteúdo desses arquivos de forma eficiente e abrangente, permitindo que o público tenha acesso a esse importante registro da história da imprensa alemã.

“Essa parceria é um marco importante para o Dinf e UFPR, pois nos permite colaborar com uma das mais renomadas instituições de pesquisa do mundo no desenvolvimento de tecnologias avançadas de digitalização, propondo um intercâmbio de conhecimento que beneficiará nossos alunos, ao mesmo tempo em que contribuiremos para a preservação desse importante patrimônio documental”, destaca Todt.

O projeto entre o C3SL, VRI e Telota integra o acordo de cooperação firmado entre a UFPR e Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo, para edição digital de documentos históricos, pesquisa sobre periódicos brasileiros em língua alemã, e demais estudos sob perspectiva histórica e de teoria da comunicação. Pelo DINF e UFPR, a parceria no Brasil é coordenada pelo pesquisador do C3SL, Marcos Sfair Sunye.

O acordo entre as instituições foi fomentado a partir de parcerias entre o VRI do Dinf com o Departamento de Polonês, Alemão e Letras Clássicas da UFPR, na figura do professor Paulo Soethe, no desenvolvimento de sistemas para modernização de acesso a documentos acadêmicos e culturais de relevância internacional. “A iniciativa do professor Paulo Soethe no desenvolvimento de pesquisa com as instituições alemãs foi fundamental para que pudéssemos firmar este acordo entre o C3Sl e VRI com a BBAW. É uma prova de que projetos multidisciplinares em parcerias com diversos departamentos têm demonstrado diversos benefícios, tanto para os alunos quanto para os pesquisadores, a partir de propostas inovadoras como estas, bem como para o desenvolvimento de habilidades transversais”, conclui Todt.

MECRED: projeto do C3SL com o MEC é destaque durante G20 no Brasil

Com 319 mil recursos educacionais à disposição dos professores brasileiros, a plataforma MECRED foi um dos destaques do Ministério da Educação (MEC) na última reunião do G20, realizada dia 8 de julho, na  cidade do Rio de Janeiro. Bem recebida pelas 31 delegações internacionais, a ferramenta fará parte do manual de boas práticas que o Grupo de Trabalho de Educação do G20 distribuirá aos países membros. A MECRED foi desenvolvida por pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e funciona em um datacenter do Departamento de Informática (Dinf), no Centro Politécnico.

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O Grupo dos Vinte, mais conhecido pela sigla G20, é um fórum de cooperação internacional, formado pelos países com as maiores economias do mundo. A presidência dos trabalhos é rotativa e, em 2024, está sob os cuidados do Brasil, que vem realizando reuniões preliminares, para formatar as propostas que serão debatidas na reunião de cúpula, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

MEC elogia ferramenta desenvolvida por pesquisadores do C3SL-UFPR

“Há espaço para colaboração entre os países no desenvolvimento de plataformas, incluindo o uso de inteligência artificial, bem como regulamentação de segurança de dados de professores e estudantes, critérios para a curadoria de recursos educacionais digitais e normas sobre o uso ético de inteligência artificial na educação”, afirmou Ana Úngari Dal Fabbro, coordenadora-geral de Tecnologia e Inovação da Educação Básica (Seb\MEC), na reunião do G20.

Na sua fala, Ana Dal Fabbro elogiou o potencial de disseminação de conteúdo pedagógico da MECRED, dando como exemplo a coleção sobre desenvolvimento sustentável criada em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO-Brasil). O material foi utilizado em curso do MEC sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para as secretarias estaduais e municipais de Educação no país. 

No dia 10, ao término das reuniões do GT de Educação, o assessor especial para Assuntos Internacionais do MEC, Francisco Figueiredo de Souza, avaliou que a plataforma MECRED foi um dos destaques dos projetos compartilhados pelos países do G20. “Existe muita desinformação circulando nas redes sociais e plataformas de conteúdo pedagógico como essa procuram trazer informação de qualidade para os docentes, com informação baseada na ciência, valorizando experiências de sala de aula”, elogiou.

Rede social dos professores brasileiros funciona em datacenter do Dinf

Criada para ser a rede social dos professores brasileiros, a plataforma MECRED é um local de integração e de troca pedagógica, em que são compartilhados de planos de aula a vídeos e audiobooks, passando por jogos de tabuleiros, exercícios e cartilhas de todas as áreas do conhecimento. Hoje, ela conta com 31 mil usuários cadastrados.

Concebida dentro do Departamento de Informática da UFPR, a plataforma MECRED começou a ser desenvolvida em 2015 pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da UFPR, em colaboração com a equipe técnica do MEC, outras universidades federais e professores da Educação Básica de diversas regiões do Brasil.

Desde o lançamento da MECRED, em novembro de 2017, os dados estão hospedados no datacenter do C3SL, no Centro Politécnico da UFPR. Em um esforço conjunto de 40 pesquisadores associados ao Centro de Computação, a plataforma recebeu um upgrade de usabilidade, acessibilidade e protocolos de segurança para o encontro do G20.

Com informações do MEC e do MRE.