Pesquisadores da UFPR estão no Top 10 em desafio internacional de cibersegurança

Equipe “t0pSecRET”foi o único time brasileiro entre os dez melhores do ranking da iCTF de 2024, evento tradicional na categoria promovido pela Universidade da Califórnia

A equipe de pesquisadores de cibersegurança da UFPR está entre as dez melhores competidoras do ranking da International Capture The Flag (iCTF) de 2024. Único time brasileiro no topo da lista, os competidores do Departamento de Informática (Dinf) alcançaram a quarta posição entre as 27 equipes inscritas de todo o mundo no evento promovido entre os dias 16 e 22 de novembro, pela Shellphish e pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB), nos EUA. Criada pelo professor Giovanni Vigna em 2003, do departamento de ciência da computação da UCSB, o iCTF é uma das maiores e mais tradicionais competições de segurança cibernética do mundo.

Com o nome “t0pSecRET”, a equipe da UFPR foi composta por pesquisadores de graduação e de pós-graduação que integram o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e o SecRET (Security and Reverse Engineering Team), grupo de pesquisa de segurança e engenharia reversa ligado ao Laboratório de Redes e Sistemas Distribuídos (LarSiS). Conquistaram o quarto lugar na competição os pesquisadores: Cláudio Torres Júnior; Anderson Frasão; Theo Simonetti Schult; Mateus dos Santos Herbele; ⁠Nadia Luana Lobkov; Ruibin Mei; Cauê Mateus Gonçalves Venturin Samonek; Lucas Alionço; Jorge Correia; e João Andreotti.

Para o coordenador do SecRET, pesquisador do C3SL e professor do Departamento de Informática da UFPR, André Grégio, conquistar uma alta posição no desafio da Universidade da Califórnia tem um apelo pessoal, além de um impacto significativo na formação e no reconhecimento da UFPR no cenário internacional de cibersegurança. “Essa competição é especial para mim, pois o fundador do iCTF, Prof. Giovanni Vigna da UCSB, foi meu orientador durante a porção de meu doutorado em que fiz pesquisa lá. Desde que cheguei à UFPR em 2016, desejei formar um time de competições de segurança, e este ano finalmente conseguimos. A alta colocação na competição, que reúne universidades renomadas mundialmente, coloca a UFPR em destaque no cenário internacional de cibersegurança. Estou orgulhoso dos nossos estudantes, que demonstraram dedicação e trabalho em equipe, evidenciando a qualidade da formação em cibersegurança no Dinf”, destaca o professor.

A iCTF segue o modelo de competição em que os participantes precisam explorar vulnerabilidades em sistemas, solucionando o máximo de problemas em menor tempo possível. Assim, o evento é baseado em desafios virtuais que simulam situações reais de cibersegurança, exigindo habilidades em áreas como criptografia, engenharia reversa e forense digital

Conforme os competidores vão resolvendo com sucesso cada desafio, eles vão capturando as bandeiras (flags). Cada bandeira pode apresentar peso diferente na contagem final. Assim, bandeiras correspondentes a desafios que foram resolvidos por um menor grupo de pessoas respondem por um peso maior no escore final. Nesta edição, os desafios abrangeram áreas como segurança de Inteligência Artificial e machine learning, OSINT (Código Aberto ou Fontes Abertas), forense digital e exploração de vulnerabilidades WEB, testando habilidades práticas e teóricas dos participantes.

Plataforma de dados educacionais para políticas públicas é apresentada em Mostra Nacional de Iniciação Científica

Projeto desenvolvido pelo C3SL e Laboratório de Dados Educacionais em parceria com o Ministério da Educação está na programação do evento organizado pelo IFC, em Blumenau

Uma ferramenta que agrega diversas bases de dados para subsidiar políticas públicas na área da educação é tema da publicação dos pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), a ser apresentado na 17ª edição da Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (MICTI). Promovido pelo Instituto Federal Catarinense (IFC) em Blumenau, entre os dias 26 e 28 de novembro, o evento de cunho multidisciplinar propõe o debate e divulgação de resultados de projetos de Ensino, Extensão e Pesquisa desenvolvidos no ensino superior. O C3SL é representado no evento pelo bolsista Fernando Gbur dos Santos, graduando em Ciência da Computação. 

Intitulado “MEC-DEPP: Uma plataforma com dados educacionais em software livre para amparar políticas públicas”, o artigo considera o cenário da urgência de políticas públicas para educação com base em evidências. Apesar da existência de dados públicos sobre o tema, um dos principais problemas é a falta de integração entre as bases disponíveis e a apresentação apenas de dados brutos, dificultando análises mais profundas e comparações históricas. Uma solução para este quadro é a Plataforma de Dados Educacionais para Políticas Públicas (MEC-DEPP), um ambiente digital que busca facilitar o acesso e a análise de dados educacionais, promovendo a formulação de políticas públicas mais eficazes na área da educação.

O projeto é realizado pelo C3SL em parceria com o Laboratório de Dados Educacionais e o Ministério da Educação (MEC). A plataforma ainda está em desenvolvimento, e utiliza uma solução de software livre para apresentar os dados em formato de indicadores organizados em dashboards interativos. O objetivo dos pesquisadores é que o DEPP seja um substituto à Plataforma de Dados Educacionais (PDE), cuja apresentação dos dados não privilegia hoje a interação, apresentando visualização apenas em tabelas.

A arquitetura da MEC-DEPP é modular, permitindo manutenções e atualizações tecnológicas ao longo do tempo, sendo estruturada em banco de dados (com uso de ClickHouse para processamento analítico online), exploração e visualização de dados (a partir do Apache Superset para criar visualizações dinâmicas), e automatização de fluxo de dados (com o Apache NiFi para integrar diferentes sistemas). A partir desta estrutura, os dados são apresentados em dashboards que incluem diversos tipos de gráficos (mapas, tabelas, gráficos de barras e pizza), facilitando a interpretação dos indicadores educacionais.

O trabalho em apresentação na MICTI é assinado pelos pesquisadores: Josiney de Souza; Fernando Gbur dos Santos; Cinthia Raquel de Souza; Guilherme Alex Derenievicz; Letícia Mara Peres; Simone Dominico; Eduarda Saibert; Gabriel Lisboa Conegero; João Armenio Silveira; João Pedro Vicente Ramalho; Mateus dos Santos Herbele; e Thales Gabriel Carvalho de Lima.

Pesquisadores do C3SL têm trabalhos aprovados em seminário que debate os desafios da computação no país

Evento promovido pela Sociedade Brasileira de Computação reúne contribuições de especialistas do Brasil sobre as lacunas e problemas que a área precisa enfrentar nos próximos dez anos

Pesquisador do C3SL e professor do Dinf, Eduardo Almeida, coautor “This Future Without SQL”

Quais os desafios a serem enfrentados para garantir o avanço tecnológico e a inclusão digital no país nos próximos dez anos? A resposta a tal questionamento será foco do IV Seminário de Grandes Desafios da Computação, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), entre os dias 27 e 28 de novembro. O seminário reunirá especialistas, acadêmicos, representantes da indústria e da sociedade civil de todo o país para identificar lacunas e problemas que a área precisa enfrentar no decênio 2025-2035. Com dois trabalhos aprovados para apresentação no evento, os pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e professores do Departamento de Informática (Dinf) da UFPR, André Grégio e Eduardo Almeida, estão entre os especialistas que definirão as diretrizes da computação do país.

Os desafios abordados no evento não se limitam a temas tradicionais de pesquisa, mas buscam uma abordagem multidisciplinar que considere as interações entre tecnologia, sociedade e ética. Os participantes são incentivados a propor novas questões que refletem a rápida evolução da tecnologia e suas implicações. A escassez de profissionais qualificados na área de tecnologia da informação, a preocupação com inclusão digital, o aumento do cenário da desinformação e a preocupação com medidas de cibersegurança são alguns dos pontos que devem balizar os debates nos dois dias de evento em São Paulo.

Para o pesquisador do C3SL e especialista na área de cibersegurança, André Grégio, os desafios da computação nos próximos dez anos exigem uma abordagem colaborativa entre academia, indústria e sociedade, focando na formação de profissionais qualificados e na promoção de políticas públicas que garantam a inclusão digital e a segurança cibernética.  “Após ingresso na CESeg – Comissão Especial de Cibersegurança da SBC – e convite para participar como co-autor do artigo, pude trazer um pouco da experiência de ter criado a disciplina de Segurança Computacional há 8 anos no Departamento de Informática da UFPR (tornada obrigatória para os cursos de Bacharelado em Ciência da Computação e Informática Biomédica) e introduzido conceitos básicos de programação segura em disciplinas de início de curso. Foi uma honra poder escrever em conjunto com meus notórios colegas, professores e pesquisadores de cibersegurança em diversas universidades públicas e privadas do país e ter essa visão abrangente da área”.

As duas publicações com participação dos pesquisadores da UFPR no evento serão apresentadas no eixo Grandes Desafios da Computação, nesta quarta-feira (27/11/2024). Uma das contribuições do C3SL para o debate centraliza os olhares para uma série de desafios na área da computação segura, como contra-ataques cibernéticos e salvaguarda da privacidade dos usuários. Intitulado “Os Desafios de Cibersegurança dos Referenciais do BCS/SBC”, o artigo parte da leitura dos documentos de formação de curso de Bacharelado em Cibersegurança, idealizados pela Comissão Especial de Cibersegurança da SBC, para estruturar oito eixos de debate sobre o tema para o próximo decênio.

Uma das principais contribuições é propor diretrizes para a formação de novos especialistas na área. Os desafios destacados no trabalho incluem Segurança de Dados, Segurança de Sistemas, Segurança de Conexão, Segurança Organizacional, Fatores Humanos em Segurança, Segurança e Sociedade, Segurança de Software e Segurança de Componentes. A educação é um elemento central em todos esses eixos, refletindo a necessidade urgente de capacitar profissionais qualificados.

Entre os desafios destacados, está a mitigação dos riscos associados à computação quântica, que ameaça a segurança dos dados atualmente protegidos por criptografia convencional. A pesquisa em criptografia pós-quântica (PQC) é uma das soluções propostas para enfrentar essa nova realidade. No debate proposto pelos autores do artigo para o evento da SBC, destaca-se também uma preocupação com ações que fomentem a educação em cibersegurança no país. Para tanto, é fundamental a promoção de políticas públicas com foco em programas educativos, na capacitação de professores para formar as próximas gerações em boas práticas de segurança digital, e na parceria entre as instituições públicas e a indústria.

Além de Grégio, o artigo é assinado pelos pesquisadores: Aldri Santos (UFMG), Altair Santin (PUCPR), Carlos Raniery (UFSM), Daniel Batista (USP), Dianne Medeiros (UFF), Diego Kreutz (UNIPAMPA), Diogo Mattos (UFF), Edelberto Franco (UFJF), Igor Moraes (UFF), Lourenco Pereira Jr (ITA), Marcos Simplício (USP), Michele Nogueira (UFMG), Michelle Wangham (UNIVALI, RNP), Natalia Fernandes (UFF), e Rodrigo Miani (UFU).

Outro trabalho com professor da UFPR no evento é o artigo “This Future Without SQL”, de autoria do pesquisador do C3SL, Eduardo Almeida, em parceria com os pesquisadores Eduardo Pena (UTFPR) e Altigran Silva (UFAM). O trabalho propõe um paradigma de interação em base de dados sem o SQL (Structured Query Language), hoje a principal linguagem para consulta e manipulação de dados em bancos relacionais. Neste novo paradigma, as consultas podem ser realizadas diretamente em linguagem natural, eliminando a necessidade de conhecimentos técnicos avançados.

Segundo os pesquisadores, dentre as vantagens do novo paradigma, destaca-se a acessibilidade, na medida em que usuários não técnicos poderiam interagir com os dados sem a necessidade de conhecimento de linguagem; a efici6encia, na medida em que consultas complexas poderiam ser realizadas com mais rapidez e precisão, capturando a intenção do usuário de forma mais eficaz; e o aspecto de inovação, a considerar que uma nova interface abriria caminho para serviços personalizados em áreas como suporte ao cliente e recomendações rápidas.

Parceria entre academia e indústria é tema de palestra de pesquisador do C3SL em evento do Sebrae

Em encontro sobre computação avançada, Marco Zanata abordará como as mudanças nas arquiteturas de processadores exigem novas práticas em engenharia de software, enfatizando a necessidade de parcerias estratégicas

A evolução da computação e a necessidade urgente de colaboração entre academia e indústria para enfrentar os desafios contemporâneos são o foco da palestra do pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e professor do Departamento de Informática (Dinf) da UFPR, Marco Zanata, na primeira edição do Encontro de Computação Avançada, nesta sexta-feira (22). O evento é promovido pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), em parceria com o Sebrae e com o Governo do Paraná.

O encontro propõe o fortalecimento de um ecossistema de inovação em computação avançada no Brasil, promovendo debate sobre: Aplicações em Computação Avançada; Segurança e Criptografia na era da informação e da inteligência de dados; Exemplos Práticos e Implementações de tecnologias avançadas em setores como saúde, agronegócio e indústrias; e Aprendizado de Máquina e Inteligência Artificial de próxima geração.

Com palestra intitulada “A Revolução da Computação Paralela: Parcerias Academia-Indústria na Busca por Soluções de Alto Desempenho”, Zanata propõe uma reflexão sobre a evolução e os desafios da computação de alto desempenho (HPC), e como as mudanças na arquitetura dos processadores e as novas demandas tecnológicas exigem uma reavaliação das práticas atuais em engenharia de software, destacando a necessidade urgente de colaboração entre academia e indústria para enfrentar esses desafios.

Com isso, o pesquisador propõe uma reavaliação das práticas atuais em engenharia de software e um compromisso renovado com a pesquisa e desenvolvimento colaborativo, a exemplo do que ocorre em instituições no exterior, cuja parceria empresaXuniversidade visa desenvolver soluções inovadoras em áreas como inteligência artificial e ciência de dados.

Além da palestra com o pesquisador do C3SL, o evento também contará com conferências com profissionais da área de tecnologia e informática da IBM, ISH Tecnologia, Grupo Boticário, Grupo Volvo e Linked Data. As inscrições para o evento podem ser feitas até nesta quinta-feira (21) pelo site do evento em  https://computacaoavancada.com.br

Pesquisador do C3SL apresenta plataforma MECRED no WRE2024

A plataforma educacional MECRED, desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) em parceria com o Ministério da Educação, esteve na programação do 15th Workshop on Robotics in Education (WRE 2024) nesta quarta-feira (13), em Goiânia. O WRE é um fórum de discussão científica, técnica e educacional que envolve o uso de robôs no processo de aprendizagem. A plataforma de recursos educacionais foi apresentada pelo pesquisador do C3SL e um dos integrantes do comitê de organização do evento, Eduardo Todt.

Um dos principais repositórios e rede social educacional do país, o MECRED foi projetado para facilitar o acesso a materiais didáticos de qualidade, promovendo a colaboração entre educadores e permitindo que compartilhem suas experiências e conteúdos relevantes. A plataforma MECRED foi criada em 2017 pelo C3SL em parceria com o MEC. O principal repositório de recursos educacionais digitais do país tem hoje mais de 30 mil usuários cadastrados, e 320 mil conteúdos, ferramentas, plataformas e equipamentos digitais com finalidade pedagógica, que buscam potencializar a aprendizagem. Neste ano, o C3SL realizou uma atualização de design e funcionalidades na plataforma, aprimorando a usabilidade e a função de rede social dos usuários.

Evento na UFPR debate o perfil do profissional do futuro em Big Data

Com inscrição gratuita, a terceira edição do Encontro de Data Science e Big Data terá palestras e cases de sucessos na área de dados

Cerca de 2,5 quintilhões de bytes de dados são gerados diariamente no mundo, provenientes de transações, interações em redes sociais e dispositivos conectados. Neste cenário, o uso de data science e big data está se tornando cada vez mais crucial para as empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em um mercado competitivo. As competências e habilidades necessárias para os profissionais dessa área é o foco do 3º Encontro de Data Science & Big Data, evento da UFPR que busca debater a constante evolução da área. O encontro será realizado no dia 13 de dezembro, no Centro Politécnico, em Curitiba.

A atividade é promovida pelo Programa de Especialização em Data Science e Big Data, da UFPR, e reunirá profissionais de sucesso na área para apresentação de cases em empresas, e para refletir as características dos profissionais que devem atuar na área, garantindo que as organizações não apenas coletem dados, mas também os analisem e os utilizem efetivamente para impulsionar seu crescimento. Para o coordenador da especialização e professor do Departamento de Estatística da UFPR, Wagner Hugo Bonat, o evento “representa uma oportunidade ímpar para conectar teoria e prática, permitindo que nossos alunos e profissionais do setor compreendam como a análise de dados pode transformar desafios em oportunidades de crescimento e inovação nas empresas”.

O evento é voltado à comunidade acadêmica, aos profissionais que atuam na área de análise de dados, pesquisadores com foco em inovação, e empresas e startups que buscam aprimorar suas estratégias de dados e networking na área. A programação contará com sessões plenárias, além de mini conferências e estudos de casos apresentados por empresas e consultores da área.

Uma das atividades de destaque será a mesa redonda sobre o futuro do profissional da área. A crescente importância da ciência de dados no mundo contemporâneo está moldando o perfil do profissional do futuro, que deve ser multifacetado e preparado para enfrentar os desafios de um mercado em constante evolução. Em um cenário onde a análise de grandes volumes de dados se torna essencial, as habilidades requeridas vão muito além do conhecimento técnico. 

Segundo o pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e vice coordenador do curso de especialização em Data Science e Big Data, Marco Zanata, o profissional da área precisa ter uma cartela ampla de habilidades para dominar o setor, e estar sempre em aprimoramento. “O profissional de data science precisa dominar uma variedade de habilidades interdisciplinares. Isso inclui conhecimentos em programação (como Python e R), estatística avançada, técnicas de inteligência artificial e machine learning, além de uma compreensão sólida sobre ética e privacidade no uso de dados, especialmente em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além disso, é importante destacar que os melhores profissionais são aqueles que se mantêm atualizados com as últimas tendências e tecnologias. O aprendizado contínuo é vital em um campo tão dinâmico”.

Com entrada gratuita, o 3º Encontro de Data Science & Big Data UFPR tem apoio do Departamento de Estatística da UFPR, do Laboratório de Estatística e Geoinformação (LEG), e do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL)

Programação com teoria e prática

Além do debate sobre o perfil do futuro do profissional de dados, o evento terá palestras com especialistas da área, que trarão exemplos dos desafios e tendências em Data Science e Big Data. A abertura do encontro será com o professor titular do Insper e doutor em estatística pela Duke University e pesquisador na área de estatística e ciência de dados, Hedibert Freitas Lopes. 

Outra palestra que compõem a programação do encontro é sobre “O papel das Ferramentas de Inteligência Artificial no Desenvolvimento de Software”, Alvaro Moreira, professor titular do Departamento de Informática da UFRGS, doutor em Ciência da Computação pela University of Edinburgh, e pesquisador nas áreas de lógica e semântica de programas, inteligência artificial e especificação e verificação de sistemas multiagentes.

Um dos cases de inovação que serão apresentados no evento é sobre a Unico, empresa brasileira de tecnologia especializada em identidade digital. Na lista brasileira de unicórnios, a startup desenvolve soluções em biometria facial, admissão digital e gestão de documentos. O case da Unico será apresentado pelo professor titular do Departamento de Informática da UFPR, David Menotti. Um dos 200 mil pesquisadores mais citados no mundo na atual edição da “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”, levantamento anual realizado pela Universidade Stanford (EUA) e a editora de títulos acadêmicos, Elsevier, Menotti liderou a parceria de P&D da startup com a UFPR para estudos de desenvolvimento de um novo modelo de identificação, a biometria periocular. Também serão apresentados cases sobre a Bioinformática, Exxon Mobil, Iguá Saneamento, Insight AI Technologies e Agrinvest. 

SERVIÇO

Evento: 3º Encontro de Data Science & Big Data UFPR

Dia: 13 de dezembro

Horário: das 8h30 às 18 horas

Local: Centro Politécnico, UFPR

Inscrições Gratuitas https://www.sympla.com.br/evento/3-encontro-de-data-science-big-data-ufpr/2704028

Tecnologia de videoconferência do C3SL será usada no Workshop on Robotics in Education 2024

Evento nacional para debater aspectos científicos e educacionais da robótica será sediado em Goiânia, entre os dias 13 e 15 de novembro

As apresentações de trabalhos e as atividades online de transmissão de vídeos do 15th Workshop on Robotics in Education (WRE 2024), serão realizadas pela plataforma de conferência BigBlueButton, ancorada nos servidores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL). O WRE é um fórum de discussão científica, técnica e educacional que envolve o uso de robôs no processo de aprendizagem.

Realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), neste ano, o evento é realizado entre os dias 13 e 15 de novembro, em Goiânia. Além de fornecer a tecnologia para as conferências, o C3SL também participa do comitê de organização do evento, representado pelo pesquisador Eduardo Todt.

A ser usada na WRE, a solução baseada em software livre foi adotada pelo C3SL durante o momento de pandemia e de uso de sistemas de conferência para auxílio no ensino remoto. Segundo o pesquisador do C3SL, Marcos Castilho, o uso do BBB, foi uma forma de buscar alternativas em software livre, em meio ao cenário de soluções da iniciativa privada. “Enquanto todo mundo foi para soluções privadas como da Microsoft, Google, e outras, nós provamos que uma proposta robusta e completa baseada em software livre era possível. Neste momento, usamos o BBB para dar aulas. Uma das vantagens é a possibilidade de gravação dos conteúdos. A partir disso, alguns professores compartilharam os materiais de aula em plataformas como Opencast”, destaca.

C3SL participa de concurso de softwares educacionais no XIII CBIE

A plataforma educacional MECRED, desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) em parceria com o Ministério da Educação, está concorrendo na trilha Apps.Edu, na XIII edição do Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE), no Rio de Janeiro. A plataforma foi apresentada no evento pelos bolsistas de graduação Maria Sauer, Janaina Kshesek e Thomas Todt, além do mestrando Jonas Lupus.

O Apps.Edu é um concurso dedicado a softwares educacionais que buscam oferecer soluções tecnológicas para ambientes formais e não formais de ensino. O evento também busca estimular o pensamento empreendedor entre os participantes, criando um espaço para a troca de ideias e experiências. A avaliação dos projetos submetidos ocorrerá em três etapas: uma fase classificatória, uma mostra e avaliação dos softwares, e uma banca final que escolherá os premiados.

Um dos principais repositórios e rede social educacional do país, o MECRED foi projetado para facilitar o acesso a materiais didáticos de qualidade, promovendo a colaboração entre educadores e permitindo que compartilhem suas experiências e conteúdos relevantes. A plataforma MECRED foi criada em 2017 pelo C3SL em parceria com o MEC. O principal repositório de recursos educacionais digitais do país tem hoje mais de 30 mil usuários cadastrados, e 320 mil conteúdos, ferramentas, plataformas e equipamentos digitais com finalidade pedagógica, que buscam potencializar a aprendizagem. Neste ano, o C3SL realizou uma atualização de design e funcionalidades na plataforma, aprimorando a usabilidade e a função de rede social dos usuários.

Pesquisador do C3SL realiza palestra no Dia da Educação Digital em São José dos Pinhais

Exposição de Marcos Castilho destaca métodos inovadores para ensinar computação a alunos do Ensino Fundamental I, promovendo inclusão e educação digital

Os benefícios e métodos para facilitar o aprendizado da informática para alunos do ensino fundamental I será tema da palestra do pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), Marcos Castilho, na primeira edição do “Edig Day: tecendo oportunidades, conectando saberes”, no próximo dia 13/11. O evento do Dia da Educação Digital é promovido pela secretaria de educação da prefeitura de São José dos Pinhais e busca fomentar um ambiente de troca de experiências, conhecimentos e aprimoramento profissional sobre o tema da inclusão e educação digital.

Com a palestra intitulada “Descomplicando o ensino da computação”. É mais simples do que você pensa”, Castilho demonstra como o ensino da informática para crianças de 6 a 10 anos pode ser acessível e divertido, desmistificando a ideia de que é uma área complexa e distante da realidade dos alunos. A programação do evento conta também com palestras sobre sociedade do conhecimento e democratização do acesso à informação; perspectiva crítica da tecnologia e cultura digital, e relatos de experiência de profissionais da rede municipal sobre práticas de ensino da robótica educacional e pensamento computacional.

De acordo com a secretaria da educação de São José dos Pinhais, a educação digital deve ser compreendida como elemento responsável por gerenciar, articular, promover e incentivar ações entre os diferentes departamentos e apresentar as concepções que se refere aos meios de ensino e aprendizagem que integram tecnologias de forma ativa e crítica. O objetivo é preparar os estudantes para utilizar, compreender e criar usando ferramentas tecnológicas, enquanto desenvolvem habilidades para participar, interagir e influenciar em um mundo cada vez mais conectado e permeado por tecnologias.

Com atividades programadas das 8 horas às 17 horas, o “Edig Day: tecendo oportunidades, conectando saberes” será realizado no Auditório do SESC São José dos Pinhais, na Av. Rocha Pombo, 2864 – Águas Belas.

Reunião do C3SL no Ministério da Saúde foca em avanços tecnológicos para a atenção primária

Na reunião em Brasília, o secretário adjunto da Saps destaca a capacidade C3SL em adaptar rapidamente as metas do projeto às demandas da pasta da saúde

A cada minuto, três mil pessoas passam pela Atenção Primária à Saúde (APS) no país, principal porta de entrada para os serviços básicos do SUS. É buscando otimizar os cerca de dois bilhões de atendimentos anuais do Ministério da Saúde com a APS que o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) vem desenvolvendo uma solução de informática que vai integrar melhor os cidadãos ao SUS, e aprimorar o compartilhamento de informações entre gestores e profissionais de saúde. Essa iniciativa foi discutida em reunião entre o pesquisador do C3SL, Marcos Sunye, da coordenadora do curso de medicina da UFPR, Camila Fachin, e do gestor de projetos de P&Ds do C3SL, Edemir Maciel, com o Secretário Adjunto da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Jerzey Timoteo Ribeiro Santos, nesta terça-feira (29), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília.

Iniciado em janeiro deste ano, o projeto é coordenado por Sunye e liderado junto ao C3SL pelo pesquisador e professor do Departamento de Informática (Dinf), André Grégio. A APS é o primeiro nível de atenção à saúde da população, caracterizando-se por um conjunto abrangente de ações voltadas tanto para o indivíduo quanto para a coletividade. Segundo Sunye, o projeto busca justamente atuar no aprimoramento deste atendimento.

“O sistema se torna fundamental para o aprimoramento do sistema de saúde, pois permitirá que os gestores se comuniquem com os agentes e que iniciativas de saúde cheguem mais rápido ao cidadão. O maior desafio de desenvolvimento é a implantação de uma solução que promova uma telessaúde com a segurança do ambiente, o que está sendo desenvolvido pelo projeto do C3SL, com o aperfeiçoamento de ferramentas que deem autonomia ao ministério”, destaca Sunye.

Com previsão de desenvolvimento do projeto até 2027, o grupo de pesquisa da UFPR tem antecipado entregas do cronograma, adequando-se às demandas da Saps. De acordo com Sunye, a performance do C3SL em apresentar um rápido retorno diante de readequação de metas foi destacado pelo gestor do Ministério da Saúde na reunião. “O secretário elogiou muito a atuação do C3SL, principalmente no sentido de adaptar a evolução do projeto às demandas do Ministério. Ele disse que ficou impressionado com a capacidade do C3SL de assumir novas metas no próprio andamento do projeto e a maneira rápida que o centro conseguiu dar resposta às solicitações”, relata Sunye.

Uma das principais iniciativas da Saps, o sistema em desenvolvimento pelo C3SL é fundamental para o aprimoramento do sistema de saúde, pois permitirá que os gestores se comuniquem com os agentes de saúde e que iniciativas de saúde cheguem mais rápido ao cidadão, promovendo não só a inclusão digital, mas a conscientização e disseminação de informações importantes sobre saúde. O impacto social e a centralidade do sistema para programa e ações de saúde coletiva por parte do Governo Federal beneficiando milhões de cidadãos reforça a lista de trabalhos encabeçados pelo C3SL que demonstram a sólida capacidade grupo de pesquisa na execução de projetos de grande escala e complexidade, envolvendo equipes interdisciplinares, infraestrutura de alto nível e impacto significativo na sociedade brasileira.

Hospital de Clínicas pode virar um laboratório para o projeto

Um dos principais desafios do projeto é mapear a dinâmica da aplicação do sistema em atividades reais na área da saúde. É aqui que entra o Hospital de Clínicas da UFPR, posicionando-se como um laboratório inovador para a aplicação de tecnologias na saúde, especialmente no âmbito da telemedicina, permitindo analisar as funcionalidades das soluções de tecnologias desenvolvidas pelo C3Sl para o Ministério da Saúde. 

Segundo a coordenadora do curso de medicina da UFPR, Camila Fachin, o foco é buscar a aplicação dos sistemas em um projeto de triagem para a área especializada. “Uma proposta de inclusão do HC junto ao projeto é por meio da telemedicina. Neste caso, a ideia é realizar uma qualificação da fila de pessoas que estão aguardando consulta com o especialista. Neste aspecto, o sistema pode nos ajudar a mapear as necessidades e avaliar se as pessoas que foram encaminhadas apresentam ou não demandas para atendimento especializado no HC”, destaca Camila. 

A proposta de ambientar a aplicação prática dos sistemas do C3SL no HC não apenas otimiza o fluxo de atendimento, mas também contribui para um melhor uso dos recursos disponíveis na saúde pública. Camila ainda destaca como a infraestrutura e a experiência acumulada ao longo dos anos oferecem um ambiente propício para testar e validar novas soluções tecnológicas. O hospital foi recentemente credenciado como Centro de Inovação, o que reforça seu papel na promoção de inovações tecnológicas em saúde. “O Hospital de Clínicas é o maior hospital público do Paraná e temos um potencial enorme para como laboratório “vivo” para diversas áreas do conhecimento, a informática entre elas”, conclui a coordenadora.