Pesquisadores do C3SL têm trabalhos sobre plataforma MECRED aprovados no CBIE

Evento anual promovido pela SBC para debater o desenvolvimento e integração da tecnologia na educação no Brasil será em novembro, no Rio de Janeiro

Dois artigos dos pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) sobre o processo de atualização da plataforma MECRED foram aprovados para apresentação no Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE). Classificado como um evento de alta qualidade, o CBIE é promovido pela Comissão Especial de Informática na Educação (CEIE) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Neste ano, sob o tema “O papel das tecnologias digitais na Educação Inclusiva”, o evento será realizado em novembro, na sede do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.

O evento reúne trabalhos que debatem a concepção, o desenvolvimento e a avaliação de soluções que utilizem métodos e técnicas de computação para promoção da aprendizagem e/ou para solução de problemas em temas ligados à educação. Os trabalhos do C3SL aprovados para apresentação e publicação nos anais do evento abordam os estudos que sustentaram o processo de redesign da plataforma na nova versão, bem como apresentam as melhorias realizadas pelo grupo no projeto de repositório do MEC.

A plataforma MECRED foi criada em 2017 pelo C3SL em parceria com o MEC. O principal repositório de recursos educacionais digitais do país tem hoje mais de 30 mil usuários cadastrados, e 320 mil conteúdos, ferramentas, plataformas e equipamentos digitais com finalidade pedagógica, que buscam potencializar a aprendizagem. Neste ano, o C3SL realizou uma atualização de design e funcionalidades na plataforma, aprimorando a usabilidade e a função de rede social dos usuários.

Um panorama geral sobre as novas funcionalidades da plataforma e do repositório do MEC é foco do artigo aprovado na trilha AppsEdu, do CBIE, intitulado “Plataforma MEC RED: Uma rede social do Ministério da Educação para compartilhamento e disponibilização de Recursos Educacionais Digitais”. O trabalho é de autoria do pesquisador do DInf e coordenador do PPGInf da UFPR, Roberto Pereira; da doutoranda em ciência da computação, Krissia Menezes; dos mestrandos em informática pelo PPGInf, Jonas Guerra e Richard Heise – gerente de projetos do C3SL; e pelos pesquisadores do C3SL e bolsistas de graduação Thomas Todt, Maria Sauer, Gustavo Frehse, Pedro Aguiar e Luan Bernardt.

Já o trabalho “Redesign da Plataforma MEC RED: Um estudo informado por diferentes métodos” foi aceito para publicação no SBIE, simpósio que ocorre dentro do CBIE, e tem como foco a apresentação geral do processo de revitalização da plataforma, relatando a experiência com a aplicação de diferentes técnicas para produzir um diagnóstico sobre a plataforma atual em termos de funcionalidades, usabilidade, acessibilidade e UX Design. O trabalho evidencia os estudos de avaliação da plataforma a partir de análise com especialistas em IHC, avaliação com profissionais da educação e grupo focal com técnicos do Ministério da Educação.

O trabalho é de autoria do pesquisador do DInf e coordenador do PPGInf da UFPR, Roberto Pereira; pelo coordenador do DInf e pesquisador do C3SL, Luis Bona; pela pesquisadora do DInf, Rachel Reis; pelo pesquisador do DIinf e do C3SL, Eduardo Todt; pela doutoranda em ciência da computação, Krissia Menezes; pelo doutorando em ciência da computação, Deógenes Silva Junior, pelos mestrandos em informática pelo PPGIinf, Jonas Guerra e Richard Heise – gerente de projetos do C3SL; e pela integrante da equipe técnica do MEC no projeto, Ana Paula Gaspar Gonçalves.

Conforme destaca Roberto, “esses artigos evidenciam o trabalho de alta qualidade desenvolvido pelo C3SL, aliando pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico para resolver problemas de importância social”.

Bolsista do C3SL conquista pódio em evento de cibersegurança da Comunidade Alquymia

Pesquisador da equipe Secret, Cláudio Torres Júnior, ficou em terceiro lugar no desafio estilo Capture the Flag

O bolsista de pós-graduação do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), Cláudio Torres Júnior, conquistou o terceiro lugar no pódio na III edição da competição de cibersegurança da Comunidade Alquymia. Mestrando do Departamento de Informática (Dinf) da UFPR e pesquisador em segurança computacional e integrante da equipe do SECRET, grupo de pesquisa de segurança e engenharia reversa ligado ao Laboratório de Redes e Sistemas Distribuídos (LarSiS), Torres participou os dois dias de intensa atividade entre os dias 18 e 20 de outubro, em uma disputa online que reuniu 148 participantes de todo o país.

A competição foi realizada no estilo Capture the Flag (CTF), espécie de competição mundialmente utilizada no setor de segurança cibernética em que os programadores resolvem desafios para capturar “bandeiras” e ganhar pontos. O CTF da Alquymia tem 64 desafios distribuídos em 8 categorias de segurança, abrangendo diversas áreas da segurança cibernética, incluindo criptografia, engenharia reversa, hacking web e forense digital. Essa variedade não só testa as habilidades dos participantes, mas também proporciona um ambiente de aprendizado prático e colaborativo, fundamental para o desenvolvimento de competências na área de cibersegurança.

Esta é a segunda competição no estilo CTF em que Cláudio Torres Júnior fica entre os primeiros colocados nos últimos dois meses. No final de setembro, o mestrando ficou entre os Top 10 da disputa da IV Semana Aratu, evento que reuniu 200 competidores. Na atividade da Comunidade Alquymia, a equipe SECRET também foi representada pelos integrantes da UFPR: Jorge Pires Correia; Lucas Alionço Perez; Nadia Luana Lobkov; e João Ribeiro Andreotti.

O Alquymia é um projeto independente que foi criado com o propósito de orientar, integrar, jovens e adultos experientes que têm o desejo de entender ou expandir os conhecimentos no tema de cibersegurança. O projeto busca compartilhar conhecimento e fomentar um ambiente colaborativo onde os participantes possam se desenvolver tanto pessoal quanto profissionalmente.

C3SL realiza oficina sobre plataforma MECRED em evento da Sociedade Brasileira de Psicologia

Atividade na UFPR apresenta a atualização na plataforma desenvolvida com o MEC, com foco no aprimoramento da usabilidade e design de interface do repositório

Os pesquisadores e bolsistas do Centro de Computação Científica e Sofware Livre (C3SL) realizaram oficina sobre o uso da plataforma MECRED durante a programação da 54ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia, evento realizado entre os dias 22 a 25 de outubro no prédio histórico da UFPR. A apresentação das novas funcionalidades da plataforma foi realizada pelo professor do Departamento de Informática (Dinf), Eduardo Todt, pelos bolsistas do C3SL, Jonas Lupus e Thomas Todt. O objetivo da atividade foi ampliar o cadastro de usuários e coletar feedbacks sobre a navegabilidade e usabilidade do portal.

Desenvolvida em 2015 pelo C3SL em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a UFSC, a plataforma passou por revitalização neste ano para incorporar melhorias na experiência do usuário e ampliar as características das redes sociais, bem como para atualizar tecnologias empregadas. A plataforma é um espaço de integração e de troca pedagógica, em que pessoas interessadas na educação podem compartilhar de planos de aula a vídeos e audiobooks, passando por jogos de tabuleiros, exercícios e cartilhas de todas as áreas do conhecimento.

O redesign da plataforma partiu de estudos que mapearam os públicos do repositório do MEC e elencaram os requisitos e necessidades de cada perfil de usuário. Os estudos foram realizados em três fases distintas, utilizando métodos variados e envolvendo diferentes perfis de avaliadores. De acordo com o designer e mestrando do Dinf, Jonas Lupus, as mudanças de design do portal privilegiou uma interface mais leve e moderna, tornando a estética da plataforma mais confortável visualmente. “As pesquisas nos indicaram a necessidade de uma interface mais leve, sem muitas caixas e linhas pesadas, para não cansar a visão do usuário, para que ele possa navegar e interagir com uma plataforma mais minimalista para encontrar os artefatos”, destaca.

Outro ponto foi a busca pela simplificação das páginas para permitir aos usuários encontrar os recursos de forma mais rápida, otimizando a navegação pela plataforma. “Trabalhamos o redesign pensando na forma que o usuário possa acessar qualquer campo da plataforma com poucos cliques. Assim, o usuário não precisa entrar em inúmeros caminhos para chegar onde ele precisa”, conclui Jonas.

Como parte do processo de redesign da interface da plataforma, os bolsistas e pesquisadores do C3SL têm participado de diversos eventos e atividades para explorar com usuários de perfis diferentes a navegação na plataforma. Com isso, é possível analisar o comportamento dos usuários no acesso aos conteúdos, aprimorando as ferramentas para o lançamento da versão final do portal.

C3SL fala sobre Deep Learning em digitalização de documentos históricos em evento internacional no Uruguai

A palestra realizada pelo pesquisador Eduardo Todt destaca como técnicas de Inteligência melhoram o reconhecimento de fontes em jornais brasileiros durante a III Conferência Internacional em Aplicações de Inteligência Artificial

O uso de inteligência artificial no reconhecimento de fontes de caracteres em análise e digitalização de jornais históricos brasileiros em alemão foi o tema da palestra do pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e professor de Departamento de Informática da UFPR, Eduardo Todt, na III Conferência Internacional em Aplicações de Inteligência Artificial (CINTIA). O evento foi realizado na Universidad Tecnológica del Uruguay (Utec), entre os dias 8 e 10 de outubro. A palestra em formato remoto integrou a programação do evento, que reuniu pesquisadores e profissionais da área de tecnologia para discutir a utilização da Inteligência Artificial (IA) na solução de problemas em diversas áreas.

No evento, Todt apresentou a aplicação de machine learning no projeto Deutschsprachige Presse in Brasilien, que busca aplicar técnicas avançadas de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) utilizando redes neurais profundas, como ResNet e VRR19. Realizado pelo Laboratório Visão Robótica e Imagem (VRI) em parceria com o C3SL e o Departamento de Polonês, Alemão e Letras Clássicas da UFPR, o projeto faz parte do acordo de cooperação firmado entre a UFPR e a Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo.

A imigração alemã no Brasil, que completa 200 anos, deixou um legado cultural significativo, refletido em jornais editados entre 1824 e 1930. No entanto, a mera digitalização dessas publicações não é suficiente. Segundo Todt, “se os jornais forem apenas escaneados e disponibilizados online, pesquisadores terão que ler imagens, o que não é produtivo”. A falta de um sistema eficiente para converter essas imagens em texto pesquisável limita a investigação acadêmica e histórica. Além disso, a complexidade das publicações dos jornais, com diversos tipos de caracteres, clichês e diagramações, prejudica o desempenho da digitalização, sendo um obstáculo para o OCR.

De acordo com Todt, tanto a multiplicidade de estilos de fontes de caracteres usadas nos jornais quanto a diversidade de layouts prejudicam as transcrições automáticas, resultando em má interpretação dos conteúdos pelos sistemas, ou ainda na omissão de informações. É neste aspecto que o uso de inteligência artificial auxilia no processo de escaneamento e de análise dos documentos. A proposta com o uso de inteligência artificial no projeto é de estruturar um fluxo de processamento de dados que mescla tanto análise semântica quanto a identificação dos caracteres e formatos de fontes.

Até agora, o projeto já escaneou cerca de 6 mil páginas de jornais e obteve mais de dez mil amostras segmentadas semi-automaticamente. Com um dataset robusto criado para treinamento das redes neurais, os resultados preliminares mostram uma precisão nas classificações que varia entre 98% e quase 100%. “Agora temos nosso classificador dos tipos das fontes dos caracteres! Essa parte integra nosso fluxo visando tornar o OCR mais inteligente, adaptando-se ao desafio apresentado pelos jornais com múltiplos estilos diferentes no mesmo texto onde os sistemas tradicionais falham”, conclui o pesquisador. Clique aqui e confira na íntegra a apresentação do professor no evento >> https://www.youtube.com/live/EBDLEFHrQHQ?si=GONU0TtX6CP0v2q9&t=20780

C3SL apresenta artigo sobre integração de dados educacionais no 39º SBBD

Trabalho apresentado pelo bolsista Muriki Yamanaka debate soluções adotadas diante de mudanças anuais nos datasets do Censo Escolar

A evolução do esquema de banco de dados do Censo da Escolar ao longo dos anos e os desafios na integração das bases de informações para o projeto Laboratório de Dados Educacionais (LDE) é foco do artigo apresentado pelos pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), no 39º Simpósio Brasileiro de Banco de Dados (SBBD). Intitulado “Statistical Validation of Column Matching in the Database Schema Evolution of the Brazilian Public School Census”, o artigo será apresentado nesta quinta-feira (17) na trilha principal do SBBD pelo bolsista de graduação Muriki Yamanaka. A também autora do trabalho e pesquisadora do pós-doutorado do PPGInf, Simone Dominico, participa do evento, que segue com programação até esta quinta-feira (17).

Maior simpósio de bancos de dados da América Latina, o SBBD reúne pesquisadores, estudantes e profissionais da indústria para discutir os avanços mais recentes e as direções futuras da área. O trabalho apresentado por Muriki apresenta uma metodologia estatística para validar a integração de dados do Censo Escolar do Brasil. Abordando o desafio de acompanhar as mudanças no esquema do banco de dados à medida que novas versões dos datasets são divulgadas anualmente pelo Ministério da Educação, propondo contribuições significativas para a integração de dados.

Conforme destacam os autores no trabalho, a base do Censo Escolar alimenta o projeto encabeçado pelo Ministério da Educação e realizado em parceria com o C3SL, UFPR e UFG, a partir do Laboratório de Dados Educacionais (LDE). Os dados são fundamentais para ferramentas como o Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), que avalia o custo de oferecer educação de qualidade com base em várias variáveis educacionais e estruturais, como tamanho das turmas, salários dos professores e recursos de bibliotecas, o MapFor, que rastreia a formação acadêmica dos professores, e o Laboratório de Dados Educacionais, que disponibiliza dados e indicadores sobre a educação básica e superior no Brasil, permitindo acesso a informações em série histórica e diferentes níveis de desagregação.

“Esses projetos têm um impacto demonstrável na sociedade, destacando a importância de manter uma alta qualidade de dados dentro do banco de dados do LDE”, apontam os autores no artigo. O LDE reúne dados de 12 anos do Censo Escolar, coletando informações abrangentes sobre 179 mil escolas no país. O resultado da pesquisa apresentada pelos bolsistas do C3SL no SBBD é fundamental para a manutenção desse banco de dados, ferramenta vital para monitorar tendências ao longo do tempo e obter insights valiosos sobre o contexto educacional no Brasil.O artigo Statistical Validation of Column Matching in the Database Schema Evolution of the Brazilian Public School Census é assinado pelos pesquisadores Muriki Yamanaka, Diogo de Almeira, Paulo Lisboa de Almeida, Simone Dominico, Letícia Peres, Marcos Sunye e Eduardo de Almeida. Clique aqui e confira a íntegra do trabalho nos anais do 39º Simpósio Brasileiro de Banco de Dados.

Pesquisador do C3SL participa de workshop na Alemanha sobre digitalização de arquivo histórico

Atividade integra o acordo de cooperação firmado entre a UFPR e a Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo

O pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e do Laboratório Visão Robótica e Imagem (VRI), Eduardo Todt, participou do workshop sobre imprensa alemã e digitalização de documentos históricos no Ibero Amerikanisches Institut, em Berlim, na primeira semana de outubro. O encontro na Alemanha integra as atividades do projeto Deutschsprachige Presse in Brasilien, 1852-1941, iniciativa de pesquisa com o objetivo de digitalizar e estudar as publicações periódicas em alemão que existiram no Brasil nesse intervalo de tempo. 

O projeto integra o acordo de cooperação firmado entre a UFPR e a Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo. O VRI participa com experiência em pesquisa em visão computacional e o C3SL junta-se ao projeto com sua competência em sistemas com grandes bancos de dados, preservação digital de documentos e a gerência de servidores computacionais adequados para atender as necessidades demandadas por um projeto com este porte.  “A atividade realizada nesta última visita à Alemanha foi fundamental para a consolidação dos grupos da UFPR como parceiros das instituições alemãs envolvidas no projeto”, destaca o pesquisador.

O objetivo do workshop foi ampliar os debates sobre os subprojetos que fazem parte do trabalho de mapeamento e análise da imprensa alemã no Brasil.  No workshop, Todt ainda apresentou pesquisas do VRI sobre tecnologias avançadas como reconhecimento óptico de caracteres (OCR), reconhecimento óptico de layout (OLR) e reconhecimento óptico de fontes (OTR), aplicadas a jornais históricos.

No evento, também foi apresentado um conjunto de soluções tecnológicas para a olimpíada de leitura de jornais alemães, organizada em conjunto com o Instituto Federal Fluminense (IFF) e o consulado Alemão no Rio de Janeiro. O grupo também iniciou discussões para elaborar uma proposta conjunta a ser submetida ao DFG (Deutsche Forschung Gemeinschaft), com a participação de diversas universidades alemãs, coordenadas pelo BRALAT (Centro Brasileiro Latino Americano) da Universidade de Tübingen.

Artigo do C3SL sobre a plataforma MECREC é premiado no IHC 2024

O artigo sobre a plataforma MECRED foi escolhido como Best Paper da trilha IHC na Prática, na XXIII edição do Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC), nesta quinta-feira (10). Intitulado “Diagnóstico da Plataforma MECRED: combinando diferentes métodos de avaliação para informar o redesign”, o trabalho aborda as etapas de redesign da plataforma desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL). O trabalho premiado no IHC 2024 é de autoria do coordenador do PPGInf da UFPR, Roberto Pereira; da doutoranda em Ciência da Computação, Krissia Menezes; dos mestrandos em Informática pelo PPGInf, Jonas Guerra e Richard Ferreira – gerente de projetos do C3SL; e da integrante da equipe técnica do MEC no projeto, Ana Paula Gaspar Gonçalves.

Criada em 2017 pelo C3SL em convênio com o Ministério da Educação (MEC), a plataforma passou por revitalização neste ano para incorporar melhorias na experiência do usuário e ampliar as características das redes sociais. A plataforma é um local de integração e de troca pedagógica, em que pessoas interessadas na educação podem compartilhar de planos de aula a vídeos e audiobooks, passando por jogos de tabuleiros, exercícios e cartilhas de todas as áreas do conhecimento.

O artigo premiado no XXIII IHC analisa os resultados da aplicação de técnicas de Interação Humano-Computador para avaliar a plataforma MECRED com especialistas e usuários e identificar requisitos para a atualização. O redesign da plataforma partiu de estudo que mapeou os públicos do repositório do MEC e realizou um levantamento sobre os requisitos e necessidades de cada perfil de usuário. A avaliação foi realizada em três fases distintas, utilizando métodos variados e envolvendo diferentes perfis de avaliadores. A primeira etapa consiste na análise da plataforma por especialistas em IHC, com foco na avaliação da qualidade do repositório relativos à atratividade, acessibilidade e usabilidade.

A segunda etapa foi conduzida com acompanhamento de especialistas na área de educação em interface com a plataforma. O objetivo foi explorar livremente a plataforma e registrar problemas, sugestões, ideias espontâneas da exploração e indicar pontos a serem trabalhados. Por fim, os pesquisadores realizaram grupo focal com a Equipe Técnica do MEC para refinar o entendimento sobre os problemas a serem resolvidos, gerar ideias para o redesign da plataforma, e alinhar a comunicação entre MEC e C3SL.

O resultado do processo metodológico resultou em 20 pontos para o redesign da plataforma, visando torná-la mais inclusiva e acessível à diversidade de usuários. Além disso, a pesquisa também revelou dez problemas de acessibilidade na plataforma antes do processo de redesign, além da necessidade de novas melhorias.

C3SL capacita técnicos do Ministério da Saúde em bancos de dados

Curso online de dez semanas orienta sobre como organizar e processar dados eficientemente

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) está realizando um curso online para cerca de 30 técnicos da área de Tecnologia da Informação (TI) do Ministério da Saúde (MS). Com duração de dez semanas, a capacitação é liderada por Simone Dominico, especialista em banco de dados e pesquisadora de pós-doutorado do C3SL. O curso, que segue até o início de dezembro, tem como objetivo auxiliar a equipe a organizar, processar e usar os dados eficientemente para melhorar o Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (Sisab).

Simone explica que o curso orienta os técnicos da  Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) a usar e combinar tecnologias que ajudam a gerenciar informações de saúde. “Queremos que os técnicos possam aplicar o que aprenderam para melhorar a forma como os dados são organizados, processados, armazenados e utilizados, tornando o sistema mais ágil e eficiente”, afirma Simone.

A capacitação cobre todas as tecnologias planejadas atualmente pela equipe de TI da SAPS, mostrando como elas funcionam juntas para criar um sistema que centraliza e facilita o acesso e o uso dos dados. A ideia é permitir que os técnicos desenvolvam uma estrutura de banco de dados moderna, que simplifique o trabalho com informações da saúde.

O curso foi desenvolvido por Simone e a equipe de bolsistas e pós-doutorandos do C3SL. O curso de capacitação do C3SL integra as atividades do projeto com o Ministério da Saúde, coordenado pelos pesquisadores Marcos Sunye e André Grégio, para o desenvolvimento de um sistema que permite comunicação direta entre agentes de saúde e usuários da Atenção Primária à Saúde (APS).

O conteúdo do curso passa por todas as etapas de trabalho com dados, desde a coleta e organização das informações até a criação de sistemas para facilitar o acesso e a análise desses dados. Ao longo das semanas, os técnicos aprendem na prática como planejar, montar e gerenciar esses sistemas, sempre com foco na simplicidade e eficiência.

Outra novidade é a disponibilidade futura do curso. Segundo a pesquisadora, esta primeira realização da capacitação deve auxiliar o grupo a aprimorar o material para deixá-lo disponível para acesso público, com materiais de apoio e tutoriais sobre cada uma das ferramentas.

Artigo do C3SL é finalista no Prêmio Junia Coutinho Anacleto

Trabalho escrito por Eduardo Mathias é focado no Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), projeto desenvolvido pelo C3SL com o Ministério da Educação

O ex-bolsista do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), Eduardo Mathias, apresentou nesta terça-feira (8) o artigo  “SIMCAQ: Um Diagnóstico Sociotécnico” no XXIII IHC 2024, em Brasília. O trabalho é finalista do Prêmio Junia Coutinho Anacleto, concurso de teses, dissertações e trabalhos de graduação em Interação Humano-Computador. A distinção é promovida anualmente pela Comissão Especial de IHC, órgão colegiado da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). O resultado do prêmio será divulgado nesta quarta-feira. 

O artigo escrito por Mathias é resultado da conclusão do curso de bacharelado em Ciência da Computação, junto ao Departamento de Informática da UFPR. Sob a orientação do professor do Dinf, Roberto Pereira, o trabalho inscrito por Mathias foi aprovado na fase eliminatória e concorre ao título de melhor TCC em IHC. Segundo Mathias, estar na final do prêmio Junia Coutinho Anacleto é o início de uma carreira promissora na pesquisa em computação, um sonho que ele vem perseguindo desde a graduação. “Representa bastante para mim ter esse primeiro artigo publicado e apresentá-lo em Brasília. Ressalta o potencial de todo mundo que está se formando em Ciência da Computação e que quer seguir essa área acadêmica”, destaca.

O trabalho inscrito por Mathias no prêmio do IHC é focado no Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), projeto desenvolvido pelo C3SL com o Ministério da Educação. O bacharel em Ciência da Computação foi um dos bolsistas do projeto junto ao centro de pesquisa em 2023. O SIMCAQ é um sistema online gratuito para estimar o custo de proporcionar educação de qualidade em escolas públicas de educação primária. O objetivo do projeto é servir como uma ferramenta de planejamento educacional que enfatiza o aspecto orçamentário, diagnosticando o contexto educacional em níveis municipal, estadual e nacional.

No paper que é finalista do prêmio nacional, Mathias propõe um diagnóstico sociotécnico do SIMCAQ, identificando aspectos de melhorias para o sistema, como aprimoramento na interface e usabilidade da plataforma, bem como melhorias na cultura de trabalho das equipes do projeto. “Durante o período em que fui bolsista no C3SL, convivi com toda a equipe do projeto e pude observar as reformulações e os benefícios que a ferramenta proporcionava. No entanto, percebi que, apesar de ser uma ferramenta muito boa e importante, não havia nenhum trabalho que destacasse sua relevância para pessoas externas, nem como ela era desenvolvida. Não existia um diagnóstico sociotécnico que analisasse o sistema de uma perspectiva mais ampla. Esse foi o meu ponto de partida”, revela o bacharel.

Em suas considerações, Mathias aponta que as equipes devem incorporar práticas de Interação Humano-Computador (IHC) e User Experience (UX) de maneira transversal ao projeto. Além disso, é essencial que novas estratégias de comunicação e organização do trabalho sejam experimentadas, buscando um equilíbrio entre flexibilidade e estrutura. “Sob a orientação do professor Roberto Pereira, utilizamos instrumentos semióticos para realizar uma análise mais profunda. Realizamos entrevistas com a equipe e deixamos clara a divisão de trabalho e a cultura do projeto. É importante ressaltar que os problemas do simulador não se restringem apenas à parte técnica; a cultura do projeto também desempenha um papel fundamental. Discutimos o que poderia ser feito para melhorar essa cultura dentro do C3SL. Acredito que deixei um legado positivo com a pesquisa”, conclui.

Artigo do C3SL sobre redesign da plataforma MECREC é aprovado no Simpósio IHC

Maior evento latinoamericano sobre interação humano-computador será realizado na primeira quinzena de outubro, em Brasília

A etapa de redesign da plataforma MECRED com enfoque em UX Design e na interação humano-computador é foco do artigo “Diagnóstico da Plataforma MECRED: combinando diferentes métodos de avaliação para informar o redesign”. O trabalho será apresentado pelos pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) na primeira quinzena de outubro na XXIII edição do Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC).

Criada em 2017 pelo C3SL em convênio com o Ministério da Educação (MEC), a plataforma passou por revitalização neste ano para incorporar melhorias na experiência do usuário e ampliar as características das redes sociais. A plataforma é um local de integração e de troca pedagógica, em que pessoas interessadas na educação podem compartilhar de planos de aula a vídeos e audiobooks, passando por jogos de tabuleiros, exercícios e cartilhas de todas as áreas do conhecimento.

O artigo aprovado no XXIII IHC analisa os resultados da aplicação de técnicas de Interação Humano-Computador para avaliar a plataforma MECRED com especialistas e usuários e identificar requisitos para o redesign. O trabalho é de autoria do pesquisador do DInf e coordenador do PPGInf da UFPR, Roberto Pereira; da doutoranda em Ciência da Computação, Krissia Menezes; dos mestrandos em Informática pelo PPGInf, Jonas Guerra e Richard Ferreira – gerente de projetos do C3SL; e da integrante da equipe técnica do MEC no projeto, Ana Paula Gaspar Gonçalves.

O redesign da plataforma partiu de estudo que mapeou os públicos do repositório do MEC e realizou um levantamento sobre os requisitos e necessidades de cada perfil de usuário. A avaliação foi realizada em três fases distintas, utilizando métodos variados e envolvendo diferentes perfis de avaliadores. A primeira etapa consiste na análise da plataforma por especialistas em IHC, com foco na avaliação da qualidade do repositório relativos à atratividade, acessibilidade e usabilidade.

A segunda etapa foi conduzida com acompanhamento de especialistas na área de educação em interface com a plataforma. O objetivo foi explorar livremente a plataforma e registrar problemas, sugestões, ideias espontâneas da exploração e indicar pontos a serem trabalhados. Por fim, os pesquisadores realizaram grupo focal com a Equipe Técnica do MEC para refinar o entendimento sobre os problemas a serem resolvidos, gerar ideias para o redesign da plataforma, e alinhar a comunicação entre MEC e C3SL.

O resultado do processo metodológico resultou em 20 pontos para o redesign da plataforma, visando torná-la mais inclusiva e acessível à diversidade de usuários. Além disso, a pesquisa também revelou dez problemas de acessibilidade na plataforma antes do processo de redesign, além da necessidade de novas melhorias.

Os estudos em IHC mostram o compromisso e a preocupação do C3SL com o desenvolvimento de soluções de alta qualidade, tanto do ponto de vista tecnológico quanto social.