Vem aí a 15ª edição do prêmio sobre “causos” dos bastidores da pesquisa no C3SL

De forma descontraída, o tradicional Prêmio Horácio registra os fatos inusitados e cômicos vivenciados pelos bolsistas e professores nas atividades de pesquisa

Pesquisa é levada ao rigor do método e com muita seriedade no dia a dia do C3SL. Mas até o mais experiente programador pode escorregar o dedo no código vez ou outra. É neste momento que os olhares atentos dos bolsistas e pesquisadores registram cada deslize. Ainda mais se estiver envolvido em um contexto para lá de engraçado. Isso porque cada um destes casos pode valer um Troféu Horácio. O prêmio, uma espécie de Framboesa de Ouro dos bastidores da pesquisa, registra os principais fatos engraçados e obrigatoriamente vexatórios vivenciados por técnicos, bolsistas ou pesquisadores. Neste ano, a entrega da 15ª edição do prêmio será realizada na confraternização do C3SL, no dia 27/06.

Tudo começou em 2012, na sala do C3SL, e envolve uma impressora, um manual, uma chave de fenda, um toner, e uma dose cavalar de desatenção. Quem faz este resgate para nós é um dos fundadores do C3SL, o professor Marcos Castilho.

“Um dia, ao entrar na sala do C3SL retornando do almoço com o Bona, deparei-me com três bolsistas. Eles estavam ali ao redor da impressora. Um tinha o toner na mão, outro tinha uma chave de fenda e um terceiro tinha o manual da impressora. Estranhando aquela situação, questionei: ‘Vocês estão fazendo o quê?’. Eles me responderam: ‘Vamos trocar o toner’. Perguntei para eles: ‘Mas por que você precisa da chave de fenda?’. Responderam: ‘Não, é que no manual aqui está dizendo que tem que tirar uma fita amarela do toner. Mas o toner não tem fita amarela. Então a gente está achando que tem que abrir o toner para ter a fita amarela está dentro’. E qual era o problema em tudo isso? É que o toner era da Epson, o manual da impressora que estavam usando era da Lexmark, e a impressora era uma HP”, conta Castilho.

A partir daquele momento, surgiu o Troféu Horácio, para registrar cada uma destas situações inusitadas e cômicas envolvendo os técnicos, bolsistas e pesquisadores durante as atividades no C3SL. O prêmio é dividido em três categorias: o Clássico, que envolve os pesquisadores com anos de carreira; o Iniciante, que envolve os bolsistas; e o Principal, cuja situação se destaca diante dos casos contabilizados ao longo do ano. E como é que registram isso? Isso fica a cargo dos próprios bolsistas e pesquisadores, que reúnem e submetem à comissão, responsável por julgar os melhores “causos”.

Quem acha que é apenas uma descontração, saiba que está enganado. O conceito que permeia o prêmio confere um caráter didático ao evento. A referência que dá nome ao prêmio é o cativante, mas displicente, dinossauro Horácio, cujos pequenos braços o impedem de apertar o comando “crtl+alt+del”. A ideia do prêmio é justamente usar os casos de descuido ou de distração como forma de alertar para uma ação mais comedida e atenciosa nas atividades da pesquisa. Desde 2012, à exceção dos anos da pandemia, o Troféu Horário é entregue nas reuniões anuais de confraternização do C3SL.