O projeto integra o acordo de cooperação firmado entre a UFPR e a Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo. O VRI participa com experiência em pesquisa em visão computacional e o C3SL junta-se ao projeto com sua competência em sistemas com grandes bancos de dados, preservação digital de documentos e a gerência de servidores computacionais adequados para atender as necessidades demandadas por um projeto com este porte. “A atividade realizada nesta última visita à Alemanha foi fundamental para a consolidação dos grupos da UFPR como parceiros das instituições alemãs envolvidas no projeto”, destaca o pesquisador.
O objetivo do workshop foi ampliar os debates sobre os subprojetos que fazem parte do trabalho de mapeamento e análise da imprensa alemã no Brasil. No workshop, Todt ainda apresentou pesquisas do VRI sobre tecnologias avançadas como reconhecimento óptico de caracteres (OCR), reconhecimento óptico de layout (OLR) e reconhecimento óptico de fontes (OTR), aplicadas a jornais históricos.
No evento, também foi apresentado um conjunto de soluções tecnológicas para a olimpíada de leitura de jornais alemães, organizada em conjunto com o Instituto Federal Fluminense (IFF) e o consulado Alemão no Rio de Janeiro. O grupo também iniciou discussões para elaborar uma proposta conjunta a ser submetida ao DFG (Deutsche Forschung Gemeinschaft), com a participação de diversas universidades alemãs, coordenadas pelo BRALAT (Centro Brasileiro Latino Americano) da Universidade de Tübingen.
Curso online de dez semanas orienta sobre como organizar e processar dados eficientemente
O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) está realizando um curso online para cerca de 30 técnicos da área de Tecnologia da Informação (TI) do Ministério da Saúde (MS). Com duração de dez semanas, a capacitação é liderada por Simone Dominico, especialista em banco de dados e pesquisadora de pós-doutorado do C3SL. O curso, que segue até o início de dezembro, tem como objetivo auxiliar a equipe a organizar, processar e usar os dados eficientemente para melhorar o Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (Sisab).
Simone explica que o curso orienta os técnicos da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) a usar e combinar tecnologias que ajudam a gerenciar informações de saúde. “Queremos que os técnicos possam aplicar o que aprenderam para melhorar a forma como os dados são organizados, processados, armazenados e utilizados, tornando o sistema mais ágil e eficiente”, afirma Simone.
A capacitação cobre todas as tecnologias planejadas atualmente pela equipe de TI da SAPS, mostrando como elas funcionam juntas para criar um sistema que centraliza e facilita o acesso e o uso dos dados. A ideia é permitir que os técnicos desenvolvam uma estrutura de banco de dados moderna, que simplifique o trabalho com informações da saúde.
O curso foi desenvolvido por Simone e a equipe de bolsistas e pós-doutorandos do C3SL. O curso de capacitação do C3SL integra as atividades do projeto com o Ministério da Saúde, coordenado pelos pesquisadores Marcos Sunye e André Grégio, para o desenvolvimento de um sistema que permite comunicação direta entre agentes de saúde e usuários da Atenção Primária à Saúde (APS).
O conteúdo do curso passa por todas as etapas de trabalho com dados, desde a coleta e organização das informações até a criação de sistemas para facilitar o acesso e a análise desses dados. Ao longo das semanas, os técnicos aprendem na prática como planejar, montar e gerenciar esses sistemas, sempre com foco na simplicidade e eficiência.
Outra novidade é a disponibilidade futura do curso. Segundo a pesquisadora, esta primeira realização da capacitação deve auxiliar o grupo a aprimorar o material para deixá-lo disponível para acesso público, com materiais de apoio e tutoriais sobre cada uma das ferramentas.
Trabalho escrito por Eduardo Mathias é focado no Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), projeto desenvolvido pelo C3SL com o Ministério da Educação
O ex-bolsista do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), Eduardo Mathias, apresentou nesta terça-feira (8) o artigo “SIMCAQ: Um Diagnóstico Sociotécnico” no XXIII IHC 2024, em Brasília. O trabalho é finalista do Prêmio Junia Coutinho Anacleto, concurso de teses, dissertações e trabalhos de graduação em Interação Humano-Computador. A distinção é promovida anualmente pela Comissão Especial de IHC, órgão colegiado da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). O resultado do prêmio será divulgado nesta quarta-feira.
O artigo escrito por Mathias é resultado da conclusão do curso de bacharelado em Ciência da Computação, junto ao Departamento de Informática da UFPR. Sob a orientação do professor do Dinf, Roberto Pereira, o trabalho inscrito por Mathias foi aprovado na fase eliminatória e concorre ao título de melhor TCC em IHC. Segundo Mathias, estar na final do prêmio Junia Coutinho Anacleto é o início de uma carreira promissora na pesquisa em computação, um sonho que ele vem perseguindo desde a graduação. “Representa bastante para mim ter esse primeiro artigo publicado e apresentá-lo em Brasília. Ressalta o potencial de todo mundo que está se formando em Ciência da Computação e que quer seguir essa área acadêmica”, destaca.
O trabalho inscrito por Mathias no prêmio do IHC é focado no Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), projeto desenvolvido pelo C3SL com o Ministério da Educação. O bacharel em Ciência da Computação foi um dos bolsistas do projeto junto ao centro de pesquisa em 2023. O SIMCAQ é um sistema online gratuito para estimar o custo de proporcionar educação de qualidade em escolas públicas de educação primária. O objetivo do projeto é servir como uma ferramenta de planejamento educacional que enfatiza o aspecto orçamentário, diagnosticando o contexto educacional em níveis municipal, estadual e nacional.
No paper que é finalista do prêmio nacional, Mathias propõe um diagnóstico sociotécnico do SIMCAQ, identificando aspectos de melhorias para o sistema, como aprimoramento na interface e usabilidade da plataforma, bem como melhorias na cultura de trabalho das equipes do projeto. “Durante o período em que fui bolsista no C3SL, convivi com toda a equipe do projeto e pude observar as reformulações e os benefícios que a ferramenta proporcionava. No entanto, percebi que, apesar de ser uma ferramenta muito boa e importante, não havia nenhum trabalho que destacasse sua relevância para pessoas externas, nem como ela era desenvolvida. Não existia um diagnóstico sociotécnico que analisasse o sistema de uma perspectiva mais ampla. Esse foi o meu ponto de partida”, revela o bacharel.
Em suas considerações, Mathias aponta que as equipes devem incorporar práticas de Interação Humano-Computador (IHC) e User Experience (UX) de maneira transversal ao projeto. Além disso, é essencial que novas estratégias de comunicação e organização do trabalho sejam experimentadas, buscando um equilíbrio entre flexibilidade e estrutura. “Sob a orientação do professor Roberto Pereira, utilizamos instrumentos semióticos para realizar uma análise mais profunda. Realizamos entrevistas com a equipe e deixamos clara a divisão de trabalho e a cultura do projeto. É importante ressaltar que os problemas do simulador não se restringem apenas à parte técnica; a cultura do projeto também desempenha um papel fundamental. Discutimos o que poderia ser feito para melhorar essa cultura dentro do C3SL. Acredito que deixei um legado positivo com a pesquisa”, conclui.
Criada em 2017 pelo C3SL em convênio com o Ministério da Educação (MEC), a plataforma passou por revitalização neste ano para incorporar melhorias na experiência do usuário e ampliar as características das redes sociais. A plataforma é um local de integração e de troca pedagógica, em que pessoas interessadas na educação podem compartilhar de planos de aula a vídeos e audiobooks, passando por jogos de tabuleiros, exercícios e cartilhas de todas as áreas do conhecimento.
O artigo aprovado no XXIII IHC analisa os resultados da aplicação de técnicas de Interação Humano-Computador para avaliar a plataforma MECRED com especialistas e usuários e identificar requisitos para o redesign. O trabalho é de autoria do pesquisador do DInf e coordenador do PPGInf da UFPR, Roberto Pereira; da doutoranda em Ciência da Computação, Krissia Menezes; dos mestrandos em Informática pelo PPGInf, Jonas Guerra e Richard Ferreira – gerente de projetos do C3SL; e da integrante da equipe técnica do MEC no projeto, Ana Paula Gaspar Gonçalves.
O redesign da plataforma partiu de estudo que mapeou os públicos do repositório do MEC e realizou um levantamento sobre os requisitos e necessidades de cada perfil de usuário. A avaliação foi realizada em três fases distintas, utilizando métodos variados e envolvendo diferentes perfis de avaliadores. A primeira etapa consiste na análise da plataforma por especialistas em IHC, com foco na avaliação da qualidade do repositório relativos à atratividade, acessibilidade e usabilidade.
A segunda etapa foi conduzida com acompanhamento de especialistas na área de educação em interface com a plataforma. O objetivo foi explorar livremente a plataforma e registrar problemas, sugestões, ideias espontâneas da exploração e indicar pontos a serem trabalhados. Por fim, os pesquisadores realizaram grupo focal com a Equipe Técnica do MEC para refinar o entendimento sobre os problemas a serem resolvidos, gerar ideias para o redesign da plataforma, e alinhar a comunicação entre MEC e C3SL.
O resultado do processo metodológico resultou em 20 pontos para o redesign da plataforma, visando torná-la mais inclusiva e acessível à diversidade de usuários. Além disso, a pesquisa também revelou dez problemas de acessibilidade na plataforma antes do processo de redesign, além da necessidade de novas melhorias.
Os estudos em IHC mostram o compromisso e a preocupação do C3SL com o desenvolvimento de soluções de alta qualidade, tanto do ponto de vista tecnológico quanto social.
Delegação contou com doze professores e alunos de graduação e pós-graduação com seis trabalhos inscritos no SBSeg, realizado entre os dias 16 e 19 de setembro do Rio de Janeiro
O Departamento de Informática (Dinf) da UFPR esteve presente na XXIV edição do Simpósio Brasileiro em Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais (SBSeg24) com sua maior delegação de pesquisadores. Foram doze professores, alunos de graduação e de pós-graduação da UFPR apresentando seis trabalhos aprovados no maior evento sobre cibersegurança do país, promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) entre os dias 16 a 19 de setembro, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no Rio de Janeiro.
Os trabalhos apresentados pela delegação da UFPR abordam temas como segurança da informação, vulnerabilidades de software e a implementação de soluções tecnológicas para mitigação de riscos. Os debates propostos com os artigos e resumo expandido refletem as pesquisas realizadas junto ao Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGInf) da UFPR, e nos laboratórios e grupos de pesquisa com o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), e o SECRET, grupo de pesquisa de segurança e engenharia reversa ligado ao Laboratório de Redes e Sistemas Distribuídos (LarSiS).
A apresentação dos trabalhos foi acompanhada pelos professores do Dinf e pesquisadores do C3SL e SECRET, André Grégio e Vinícius Fülber Garcia. De acordo com o professor Fülber, a participação no simpósio representa um marco na trajetória dos pesquisadores na medida em que permite o aprofundamento do debate sobre os resultados ou processos das investigações com olhares e contribuições da comunidade científica. “A participação no simpósio foi o clímax de meses de dedicação dos nossos alunos. Mais do que apresentar e discutir resultados, foi uma chance de se conectar com uma comunidade, vivenciar a ciência de forma completa e imergir em experiências que transcendem os limites dos laboratórios”, destaca Fülber.
Dos seis trabalhos apresentados pelos pesquisadores do UFPR, cinco constam publicados nos anais do XXIV SBSeg, e um foi publicado nos anais estendidos do evento, em que são publicados os trabalhos resultantes do salão de ferramentas e dos workshops realizados no simpósio. Confira abaixo os trabalhos apresentados no evento pela delegação do Dinf
>>Observação de Ataques contra a Memória do Kernel Android: Desafios e Soluções – artigo é assinado pelos pesquisadores Cláudio Torres Junior; Jorge Correia; Marco Alves; João Pincovscy; e André Grégio. O trabalho considera as mais de 300 falhas de segurança identificadas em 2023 no gerenciamento de memória do sistema operacional Android, um dos mais usados nos aparelhos smartphones no mundo, o trabalho propõe uma combinação de funcionalidades do Kernel Address Sanitizer (Kasan) com tracers personalizados para dirimir as vulnerabilidades.
>>Obsolescência não-Programada: Análise do Uso de Software Desatualizado em Ambiente de Produção – o artigo é assinado pelos pesquisadores Luan Marko; Ulisses Penteado; Paulo Ricardo de Almeida; e André Grégio. O artigo dos pesquisadores da UFPR como a obsolescência de software em ambientes organizacionais aumenta as superfícies de ataque. Dados do paper apontam que em 2022 pouco mais de 75% dos ataques de ransomware, tipo de malware que aprisiona os dados ou mantém como refém o dispositivo de uma vítima, apropriaram-se de vulnerabilidades conhecidas, evidenciando a necessidade da manutenção e atualização constante dos sistemas de segurança.
>>SAPO-BOI: Pulando a Pilha de Rede no Desenvolvimento de um NIDS Baseado em BPF/XDP – artigo assinado pelos pesquisadores Raphael Machnicki; Vinicius Fulber-Garcia; André Grégio; Ulisses Penteado; e Jorge Correia. O artigo apresenta o “Sapo-Boi”, sigla que representa Sistema de Avaliação e Processamento de tráfego. Trata-se de sistema de detecção de intrusão em redes (NIDS) que utiliza as tecnologias Berkeley Packet Filter (BPF) e eXpress Data Path (XDP) para melhorar a eficiência na identificação de padrões de ataque em pacotes de rede. O sistema Sapo-Boi opera com um módulo de suspeição (que opera no nível do kernel); e um módulo de avaliação (que gera alertas ao identificar pacotes suspeitos).
>>O Impacto de Software Anti-cheat na Privacidade do Usuário – artigo assinado pelos pesquisadores Vinicius Matheus; Tiago Heinrich; Vinicius Fulber-Garcia; Newton Will; Rafael Obelheiro; e Carlos Maziero. O trabalho apresentado no SBSeg24 observa como softwares anti-cheat, que são ferramentas desenvolvidas para detectar e prevenir trapaças em jogos online, podem comprometer a privacidade dos usuários ao exigir permissões intrusivas que acessam dados sensíveis. De acordo com o paper, os programas podem atuar de forma a acessar informações sensíveis, permitindo violações de privacidade.
>>Utilizando Estratégias de Monitoramento Leve em Ambientes Conteinerizados para Detecção de Anomalias via HIDS – artigo assinado pelos pesquisadores Anderson Frasão; Tiago Heinrich; Vinicius Fulber-Garcia; Newton Will; Rafael Obelheiro; e Carlos Maziero. O trabalho parte de um cenário do aumento da preocupação com a segurança em ambientes virtuais com base em contêineres, ou seja, em pacotes de softwares. No artigo, os autores propõem monitoramento a partir das interações entre contêineres e o sistema operacional para observar anomalias. Os modelos treinados mostraram alta acurácia, destacando os desafios associados à virtualização e à necessidade de práticas robustas.
>>SACI: Solução para Análise Comportamental Automatizada de Código Infeccioso em SO MS Windows Modernos – artigo assinado pelos pesquisadores Bernardo Tomasi; Davi Ribeiro; Pedro Henrique Friedrich Ramos; Ruibin Mei; Yago Furuta; Jorge Pires Correia; e André Grégio. O trabalho foi apresentado no Salão de Ferramentas da SBSeg, que é um fórum de encontro de desenvolvedores e pesquisadores interessados na implementação e avaliação de desempenho de sistemas e ferramentas que contribuem com o avanço do conhecimento da área de segurança da informação e de sistemas computacionais. O paper apresenta o SACI, que é uma ferramenta para análise automatizada de malware em Windows, focando na coleta detalhada de dados sobre atividades maliciosas. A ferramenta SACI foi desenvolvida e aprimorada com auxílio dos alunos de graduação do Dinf.
Evento que integra programação do SBSeg reuniu competidores no ITA para explorar vulnerabilidades em sistemas computacionais
Os pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e da equipe do SECRET, grupo de pesquisa de segurança e engenharia reversa ligado ao Laboratório de Redes e Sistemas Distribuídos (LarSiS) da UFPR, foram os campeões entre os participantes presenciais da segunda edição do Capture the Flag (CTF). Promovido pelo Programa Hackers do Bem, o desafio de cibersegurança foi realizado no último dia 15 de setembro, durante a programação do Simpósio Brasileiro de Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais (SBSeg).
Após oito horas de maratona com temas como web, forense, engenharia reversa, criptografia, PWN e hardware, os dois pesquisadores e bolsistas do C3SL, o mestrando do PPGInf, Cláudio Torres e o doutorando do PPGInf, Jorge Pires Correia; ficaram com o primeiro e o terceiro lugar no ranking dentre os 29 competidores que participaram presencialmente do CTF.
Para os pesquisadores do C3SL e coordenadores do SECRET, Vinícius Fülber Garcia e André Grégio, o reconhecimento na competição fortalece o papel dos grupos de pesquisa na formação de profissionais mais conscientes e preparados para atuar na área de cibersegurança. “O resultado da competição é um reflexo do empenho e da dedicação de nossa equipe na UFPR, reforçando a qualidade da pesquisa que realizamos no SECRET. Importante destacar também que o CTF contribui significativamente para a promoção da educação em segurança cibernética, preparando nossos alunos para os desafios do futuro”, aponta Fülber.
No ranking geral do evento, que reuniu 281 inscritos entre os participantes presenciais e em modalidade remota, os dois pesquisadores da UFPR ficaram com o sexto e décimo lugar no CTF. Os dez melhores competidores receberam prêmios de R$ 300 a R$ 3 mil em gift cards patrocinados pelo Google.
O CTF é um desafio em que os participantes precisam explorar vulnerabilidades em sistemas, solucionando o máximo de problemas em menor tempo possível. Conforme os competidores vão resolvendo com sucesso cada desafio, eles vão capturando as bandeiras (flags). Cada bandeira pode apresentar peso diferente na contagem final. Assim, bandeiras correspondentes a desafios que foram resolvidos por um menor grupo de pessoas respondem por um peso maior no score final.
Durante o CTF, o SECRET foi representado também pelos competidores: Lucas Alionço, Anderson Frasão, Yago Furuta, Davi Campos Ribeiro, Pedro Henrique Friedrich Ramos, Ruibin Mei e Bernardo Pavloski Tomasi. A segunda edição do CTF no SBSeg foi realizado com apoio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e patrocínio do Google e infraestrutura da Google Cloud Platform e Magalu Cloud.
Equipes buscam neste sábado (31), em Joinville, classificação para a etapa nacional da maratona promovida pela SBC
Neste sábado (31), sete bolsistas de graduação e do mestrado do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) participarão da primeira fase da Maratona de Programação, em Joinville. Os competidores do C3SL integram as 16 equipes que representarão o Departamento de informática da UFPR na etapa regional, classificatória para a fase nacional, que ocorrerá de 8 a 10 de novembro em João Pessoa. Participam do evento em Santa Catarina os bolsistas: Gabriel Lisboa Conegero, Anderson Aparecido do Carmo Frasão, Marcus Vinícius Residoefer Pereira, Muriki Gusmão Yamanaka, Luize Cunha Duarte, João Meyer Muhlmann, e o mestrando Fernando Kiotheka como coach das equipes.
Os times que seguem para a etapa regional foram selecionados entre 25 inscritos na maratona interna da UFPR, realizada no início de agosto. A maratona da SBC é um dos principais eventos de programação do Brasil. Nela, os participantes têm a tarefa de resolver o maior número possível de problemas em um período de cinco horas. Cada equipe composta por três estudantes, tem acesso a apenas um computador e material impresso, como livros e manuais, para ajudá-los a encontrar soluções. A competição exige colaboração intensa entre os membros da equipe, que devem identificar os problemas mais simples, projetar testes e desenvolver soluções que serão avaliadas por juízes.
Confira abaixo a lista completa de alunos da UFPR que participam da primeira fase d maratona neste sábado:
Time: The Tortured Programmers Department – Juliana Zambon; Luize Cunha Duarte; Millena Suaini Costa.
Time: /* very well-informed guess */ – Pedro Vinicius de Sousa da Silva; Raul Gomes Pimentel de Almeida; Thiago José Theobaldo Trannin.
Time: Programação Casual – David Lucas Pereira Gomes; Gabriel Lisboa Conegero; Roberto Sprengel Minozzo Tomchak.
Time: Trepa Colinas – Anderson Aparecido do Carmo Frasão; Marcus Vinícius Residoefer Pereira; Muriki Gusmão Yamanaka.
Time: Circuito_Honors – Antonio de Ressureição Filho; Arthur Ribas de Oliveira; Nathan Endo.
Time: TremBoys – Eduardo Alencar Furtado Machoski; Enzo Langer; Igor Neves da Silva.
Time: Fault || criatividade – Alexandre de Oliveira Plugge Freitas; Guilherme Pateiro; Rafael Munhoz de Cunha Marques.
Time: Blumenau Paulista – Kauê de Amorim Silva; Vinícius Hasse Nascimento; Víctor Hugo Weigmann Chequer Maia.
Time: Senior HTML Engineers – Bruno Corrado Crestani; Leonardo Pfeng; Gustavo Friedrich Jakobi.
Time: Dinossaurada – João Meyer Muhlmann; Tiago Augusto Fiatte Prestes; Vitor Faria Medeiros da Silveira.
Trabalho de conclusão em Ciência da Computação usa dados da plataforma desenvolvida pelo C3SL em análise comparativa de heurísticas espectrais em grafos
Dados da plataforma MEC de recursos educacionais digitais (MECRED), desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), tornaram-se objeto de estudo no trabalho de conclusão do bacharelado em Ciência da Computação elaborado por Richard Heise sobre o uso da Teoria de Grafos para abordar a complexidade das interações em redes, tanto biológicas quanto digitais. Sob orientação do professor André Luiz Pires Guedes, do Departamento de Informática da UFPR, o trabalho intitulado “Estratégias de Imunização de Redes: Uma Análise Comparativa de Heurísticas Espectrais em Grafos” foi apresentado por Heise na defesa do TCC no último dia 14 de agosto.
Na pesquisa, Heise destaca a importância de desenvolver estratégias eficazes de imunização, levando em consideração as limitações de recursos, como vacinas. O trabalho se fundamenta na aplicação de ferramentas da Álgebra Linear e da Teoria Espectral de Grafos, focando na análise de autovalores e autovetores da matriz de adjacência dos grafos. Essa abordagem permite medir a vulnerabilidade das redes e desenvolver algoritmos que visam à imunização.
“Imagina que a gente tenha um grupo de pessoas, e que elas podem interagir e infectar umas às outras com vírus biológicos. Podemos também usar com referência não apenas pessoas, mas computadores, vírus de computador, ou ainda propaganda viral na internet. O trabalho estuda como imunizar e delimita quem são as pessoas de uma rede que precisamos imunizar para garantir que a rede ficará mais segura possível, menos vulnerável possível dentro dos recursos que temos. Então, dado que você tem uma população de 300 pessoas e a gente só tem 50 vacinas, quem deve ser vacinado para garantir que o mínimo de pessoas será contaminado? A pesquisa busca comparar algoritmos que solucionam este problema”, explica Heise.
Os resultados indicam que os algoritmos baseados em heurísticas espectrais se mostraram mais eficazes em determinados contextos em comparação com métodos tradicionais. A pesquisa enfatiza que a eficácia na imunização não depende apenas do aumento de recursos, mas também de como esses recursos são alocados.
Segundo Heise, um aspecto crucial do trabalho é a utilização da plataforma MECRED, que serviu como um objeto de pesquisa fundamental. A plataforma auxiliou na pesquisa de Heise ao gerar redes complexas para que fosse possível testar os algoritmos. O pesquisador, que é gerente de projetos do C3SL, grupo de pesquisa que projetou a plataforma, destaca que a experiência adquirida no centro de pesquisa com o desenvolvimento do trabalho com o Ministério da Educação não apenas viabilizou seu TCC, mas também exemplifica como plataformas educacionais podem ser um motor para a inovação e o desenvolvimento de novos projetos. A interconexão entre as pesquisas realizadas e as ferramentas disponíveis no MECRED ilustra a importância de um ambiente colaborativo que estimula a pesquisa acadêmica.
Live promovida pelo Ministério da Educação debate materiais didáticos no cenário de inclusão digital
A importância da plataforma MECRED na melhoria do acesso a conteúdos educacionais de qualidade para professores e alunos foi tema da participação do pesquisador do C3SL e coordenador do Departamento de Informática (DINF) da UFPR, Luis Bona, na live promovida pelo Ministério da Educação (MEC). No webinário no último dia 8 de agosto sobre educação digital, mediado pela coordenadora geral de tecnologia e inovação do MEC, Ana Úngari Dal Fabbro, Bona apresentou detalhes sobre a Plataforma Integrada MEC de Recursos Educacionais Digitais, principal repositório público de materiais didáticos com foco na educação básica e fundamental.
De acordo com Bona, o projeto surgiu da necessidade de facilitar o acesso a materiais educacionais digitais que, embora disponíveis na internet, muitas vezes não eram facilmente encontrados pelos educadores. Ele explicou que, ao buscar conteúdos, os professores frequentemente se deparavam com informações populares, mas não necessariamente relevantes ou de qualidade para suas aulas. Para resolver esse problema, a equipe do C3SL desenvolveu uma plataforma que permite aos educadores compartilhar e acessar conteúdos de forma mais eficiente.
Um dos pontos centrais da apresentação foi a ênfase na colaboração entre educadores. Bona destacou que a plataforma não visa substituir o professor, mas sim atuar como uma ferramenta de apoio, permitindo que os educadores compartilhem suas experiências e selecionem conteúdos que consideram valiosos. A MECRED foi projetada para ser um ambiente social, onde a interação entre usuários pode enriquecer a experiência de aprendizado.
A plataforma, que é totalmente construída em software livre, garante que o MEC tenha controle total sobre seu funcionamento e desenvolvimento. Bona mencionou que a equipe de desenvolvimento é composta por alunos e professores, promovendo uma formação prática em tecnologia e educação. Clique aqui e confira a íntegra da live no canal do MEC no Youtube.
Repaginação e atualização – Recentemente a plataforma MECRED passou por uma nova etapa de aprimoramento pelo C3SL. A plataforma de recursos do MEC passou por um redesign e aprimoramento do motor de busca e da rede social com integração dos professores e usuários da plataforma. Destaque na reunião do Grupo de Trabalho de Educação do G20 em julho passado, a plataforma que reúne cerca de 320 mil recursos educacionais, após sete anos no ar recebeu um upgrade de usabilidade, acessibilidade e protocolos de segurança para o encontro do G20.
Nesta terça-feira, 30 de julho, foi realizada uma reunião entre os pesquisadores e bolsistas do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), no auditório do Departamento de Informática (Dinf) da UFPR, para discutir a participação da delegação no 42º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe), que ocorreu em Maringá entre os dias 17 e 20 de julho. O evento na cidade canção contou com a presença de uma equipe de nove bolsistas do C3SL, que apresentaram os projetos MECRED e a Plataforma de Dados Educacionais.
A reunião foi marcada pela presença de professores do Departamento de Informática da UFPR e integrantes do Laboratório de Dados Educacionais (LDE), parceiro do C3SL nos projetos. Richard Heise, gerente de projetos do C3SL, destacou a importância da participação no ENEPe, afirmando que foi fundamental para desafiar a visão dos participantes do evento em Maringá sobre projetos educacionais baseados em software livre. À medida que os bolsistas detalhavam as iniciativas no ENEPe, a resistência dos participantes começou a diminuir, refletindo uma maior abertura para as propostas baseadas em software livre.
Na reunião no auditório do Dinf, Maria Fernanda Cardoso, bolsista do C3SL e pesquisadora do LDE, aproveitou a oportunidade para discutir a autonomia do Estado em relação às empresas privadas, enfatizando a preocupação com o uso de plataformas que lidam com dados sensíveis. Ela alertou que o governo federal atualmente utiliza uma plataforma de visualização de dados de uma empresa privada na área da educação, a qual tem acesso a informações pessoais de alunos e dados de ministérios federais. Maria argumentou que esses dados, sendo públicos e estratégicos, deveriam ser protegidos pelo Estado e utilizados de forma eficaz para políticas públicas e planejamento educacional.
Durante a reunião, os bolsistas e pesquisadores do C3SL compartilharam suas experiências em eventos acadêmicos com a equipe, visando estabelecer diretrizes para as apresentações dos projetos em atividades científicas externas.
Projetos Inovadores do C3SL reforçam o papel da universidade pública de qualidade
Durante a reunião dos bolsistas e pesquisadores do C3SL, a coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Camila Girardi Fachin, expressou seu orgulho em ter o centro de pesquisa integrado à instituição. Camila ressaltou que o C3SL não é apenas um centro de computação, mas um pilar fundamental para a formação científica e prática dos alunos. Ela comparou a importância do C3SL à do Hospital de Clínicas para a medicina, enfatizando que é através deste centro que muitos alunos têm a oportunidade de interagir com pacientes e desenvolver políticas que moldam a medicina contemporânea. A coordenadora abordou a relevância das universidades públicas em promover discussões sobre política e ética no ambiente acadêmico. Ela argumentou que tais diálogos são raros em instituições privadas ou empresas.