Pesquisadores da UFPR estão no Top 10 em desafio internacional de cibersegurança

Equipe “t0pSecRET”foi o único time brasileiro entre os dez melhores do ranking da iCTF de 2024, evento tradicional na categoria promovido pela Universidade da Califórnia

A equipe de pesquisadores de cibersegurança da UFPR está entre as dez melhores competidoras do ranking da International Capture The Flag (iCTF) de 2024. Único time brasileiro no topo da lista, os competidores do Departamento de Informática (Dinf) alcançaram a quarta posição entre as 27 equipes inscritas de todo o mundo no evento promovido entre os dias 16 e 22 de novembro, pela Shellphish e pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB), nos EUA. Criada pelo professor Giovanni Vigna em 2003, do departamento de ciência da computação da UCSB, o iCTF é uma das maiores e mais tradicionais competições de segurança cibernética do mundo.

Com o nome “t0pSecRET”, a equipe da UFPR foi composta por pesquisadores de graduação e de pós-graduação que integram o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e o SecRET (Security and Reverse Engineering Team), grupo de pesquisa de segurança e engenharia reversa ligado ao Laboratório de Redes e Sistemas Distribuídos (LarSiS). Conquistaram o quarto lugar na competição os pesquisadores: Cláudio Torres Júnior; Anderson Frasão; Theo Simonetti Schult; Mateus dos Santos Herbele; ⁠Nadia Luana Lobkov; Ruibin Mei; Cauê Mateus Gonçalves Venturin Samonek; Lucas Alionço; Jorge Correia; e João Andreotti.

Para o coordenador do SecRET, pesquisador do C3SL e professor do Departamento de Informática da UFPR, André Grégio, conquistar uma alta posição no desafio da Universidade da Califórnia tem um apelo pessoal, além de um impacto significativo na formação e no reconhecimento da UFPR no cenário internacional de cibersegurança. “Essa competição é especial para mim, pois o fundador do iCTF, Prof. Giovanni Vigna da UCSB, foi meu orientador durante a porção de meu doutorado em que fiz pesquisa lá. Desde que cheguei à UFPR em 2016, desejei formar um time de competições de segurança, e este ano finalmente conseguimos. A alta colocação na competição, que reúne universidades renomadas mundialmente, coloca a UFPR em destaque no cenário internacional de cibersegurança. Estou orgulhoso dos nossos estudantes, que demonstraram dedicação e trabalho em equipe, evidenciando a qualidade da formação em cibersegurança no Dinf”, destaca o professor.

A iCTF segue o modelo de competição em que os participantes precisam explorar vulnerabilidades em sistemas, solucionando o máximo de problemas em menor tempo possível. Assim, o evento é baseado em desafios virtuais que simulam situações reais de cibersegurança, exigindo habilidades em áreas como criptografia, engenharia reversa e forense digital

Conforme os competidores vão resolvendo com sucesso cada desafio, eles vão capturando as bandeiras (flags). Cada bandeira pode apresentar peso diferente na contagem final. Assim, bandeiras correspondentes a desafios que foram resolvidos por um menor grupo de pessoas respondem por um peso maior no escore final. Nesta edição, os desafios abrangeram áreas como segurança de Inteligência Artificial e machine learning, OSINT (Código Aberto ou Fontes Abertas), forense digital e exploração de vulnerabilidades WEB, testando habilidades práticas e teóricas dos participantes.