Maior evento latinoamericano sobre interação humano-computador será realizado na primeira quinzena de outubro, em Brasília
A etapa de redesign da plataforma MECRED com enfoque em UX Design e na interação humano-computador é foco do artigo “Diagnóstico da Plataforma MECRED: combinando diferentes métodos de avaliação para informar o redesign”. O trabalho será apresentado pelos pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) na primeira quinzena de outubro na XXIII edição do Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC).
Criada em 2017 pelo C3SL em convênio com o Ministério da Educação (MEC), a plataforma passou por revitalização neste ano para incorporar melhorias na experiência do usuário e ampliar as características das redes sociais. A plataforma é um local de integração e de troca pedagógica, em que pessoas interessadas na educação podem compartilhar de planos de aula a vídeos e audiobooks, passando por jogos de tabuleiros, exercícios e cartilhas de todas as áreas do conhecimento.
O artigo aprovado no XXIII IHC analisa os resultados da aplicação de técnicas de Interação Humano-Computador para avaliar a plataforma MECRED com especialistas e usuários e identificar requisitos para o redesign. O trabalho é de autoria do pesquisador do DInf e coordenador do PPGInf da UFPR, Roberto Pereira; da doutoranda em Ciência da Computação, Krissia Menezes; dos mestrandos em Informática pelo PPGInf, Jonas Guerra e Richard Ferreira – gerente de projetos do C3SL; e da integrante da equipe técnica do MEC no projeto, Ana Paula Gaspar Gonçalves.
O redesign da plataforma partiu de estudo que mapeou os públicos do repositório do MEC e realizou um levantamento sobre os requisitos e necessidades de cada perfil de usuário. A avaliação foi realizada em três fases distintas, utilizando métodos variados e envolvendo diferentes perfis de avaliadores. A primeira etapa consiste na análise da plataforma por especialistas em IHC, com foco na avaliação da qualidade do repositório relativos à atratividade, acessibilidade e usabilidade.
A segunda etapa foi conduzida com acompanhamento de especialistas na área de educação em interface com a plataforma. O objetivo foi explorar livremente a plataforma e registrar problemas, sugestões, ideias espontâneas da exploração e indicar pontos a serem trabalhados. Por fim, os pesquisadores realizaram grupo focal com a Equipe Técnica do MEC para refinar o entendimento sobre os problemas a serem resolvidos, gerar ideias para o redesign da plataforma, e alinhar a comunicação entre MEC e C3SL.
O resultado do processo metodológico resultou em 20 pontos para o redesign da plataforma, visando torná-la mais inclusiva e acessível à diversidade de usuários. Além disso, a pesquisa também revelou dez problemas de acessibilidade na plataforma antes do processo de redesign, além da necessidade de novas melhorias.
Os estudos em IHC mostram o compromisso e a preocupação do C3SL com o desenvolvimento de soluções de alta qualidade, tanto do ponto de vista tecnológico quanto social.