A 15 ª edição do tradicional prêmio reuniu pesquisadores e bolsistas na sede da APUFPR
A confraternização anual do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) reuniu dezenas de bolsistas e pesquisadores na sede da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), na última quinta-feira (27). O evento, que marca um novo ciclo de atividades no grupo de pesquisa, também é conhecido pela tradicional entrega do Troféu Horário, um descontraído prêmio que registra os principais fatos engraçados e obrigatoriamente vexatórios vivenciados por técnicos, bolsistas ou pesquisadores. Afinal de contas, o C3SL é reconhecido por sua pesquisa séria e rigorosa. No entanto, até os programadores mais experientes escorregam o dedo no código vez ou outra.
Apesar do tom humorístico, o Troféu Horácio, que já está na sua 15 ª edição, reflete a cultura de aprendizado e melhoria contínua do C3SL. Ao reconhecer e celebrar erros de uma forma descontraída, o prêmio incentiva os pesquisadores a não terem medo de errar e a encararem os deslizes como oportunidades de crescimento. O Troféu Horácio é uma iniciativa divertida e construtiva do C3SL para celebrar os momentos engraçados e humanos da pesquisa científica, momento em que o grupo de pesquisa demonstra sua maturidade e compromisso com a excelência acadêmica.
As indicações são realizadas ao longo do ano pelos próprios bolsistas e professores do C3SL. Todo ano é definida uma comissão julgadora que analisa os casos relatados e define os ganhadores. O prêmio neste ano recebeu 12 indicações, que disputaram a definição da comissão nas categorias: menção honrosa – indicação que não alcançou um troféu, mas que merece memória na lista dos premiados; categoria Déjà vu – em que são indicados os causos que já foram cometidos em momentos anteriores por outros ganhadores do Troféu Horácio; categoria Pequeno Gafanhoto – dedicada a marcar o feitos de bolsistas ao longo das suas pesquisas; e o troféu “Galo Véio”- que busca registrar os causos dos veteranos pesquisadores.
Nesta 15 ª edição, entraram para o panteão os “Horácios”, os seguintes bolsistas e pesquisadores: Marcus Vinícius Reisdoefer Pereira, com menção honrosa; Odair Mario Ditkun Junior e Fernando Kiotheka, que juntos ganharam como autores do mesmo causo na categoria Déjà vu; Muriki Gusmão Yamanaka e Marcus Vinícius Reisdoefer Pereira na categoria Pequeno Gafanhoto; e na categoria “Galo Véio”, o veterano Odair Mario Ditkun Junior.
O “causo” que deu origem ao prêmio – tudo começou em 2012, na sala do C3SL, e envolve uma impressora, um manual, uma chave de fenda, um toner, e uma dose cavalar de desatenção. Quem faz este resgate para nós é um dos fundadores do C3SL, o professor Marcos Castilho. “Um dia, ao entrar na sala do C3SL retornando do almoço com o Bona, deparei-me com três bolsistas. Eles estavam ali ao redor da impressora. Um tinha o toner na mão, outro tinha uma chave de fenda e um terceiro tinha o manual da impressora. Estranhando aquela situação, questionei: ‘Vocês estão fazendo o quê?’. Eles me responderam: ‘Vamos trocar o toner’. Perguntei para eles: ‘Mas por que você precisa da chave de fenda?’. Responderam: ‘Não, é que no manual aqui está dizendo que tem que tirar uma fita amarela do toner. Mas o toner não tem fita amarela. Então a gente está achando que tem que abrir o toner para ver se a fita amarela está dentro’. E qual era o problema em tudo isso? É que o toner era da Epson, o manual da impressora que estavam usando era da Lexmark, e a impressora era uma HP”, conta Castilho.