Ex-bolsista do C3SL é finalista no Prêmio Junia Coutinho Anacleto

Artigo inscrito no concurso nacional da Sociedade Brasileira de Computação tem como tema projeto do C3SL com o Ministério da Educação

O ex-bolsista do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), Eduardo Mathias, é finalista do Prêmio Junia Coutinho Anacleto, concurso de teses, dissertações e trabalhos de graduação em Interação Humano-Computador (IHC). A distinção é promovida anualmente pela Comissão Especial de Interação Humano-Computador, órgão colegiado da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

O artigo “SIMCAQ: Um Diagnóstico Sociotécnico”, classificado para a final do prêmio, é resultado da conclusão do curso de bacharelado em Ciência da Computação, junto ao Departamento de Informática da UFPR. Sob a orientação do professor do Dinf, Roberto Pereira, o trabalho inscrito por Mathias foi aprovado na fase eliminatória e concorre ao título de melhor TCC em IHC.

Os premiados serão revelados no XXIII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, a ser realizado em outubro deste ano, em Brasília. Todos os trabalhos classificados para a final serão publicados nos anais do IHC.

Segundo Mathias, estar na final do prêmio Junia Coutinho Anacleto é o início de uma carreira promissora na pesquisa em computação, um sonho que ele vem perseguindo desde a graduação. “Representa bastante para mim ter esse primeiro artigo publicado e apresentá-lo em Brasília. Ressalta o potencial de todo mundo que está se formando em Ciência da Computação e que quer seguir essa área acadêmica”, destaca.

O trabalho inscrito por Mathias no prêmio do IHC é focado no Simulador de Custo-Aluno Qualidade (SIMCAQ), projeto desenvolvido pelo C3SL com o Ministério da Educação. O bacharel em Ciência da Computação foi um dos bolsistas do projeto junto ao centro de pesquisa em 2023. O SIMCAQ é um sistema online gratuito para estimar o custo de proporcionar educação de qualidade em escolas públicas de educação primária. O objetivo do projeto é servir como uma ferramenta de planejamento educacional que enfatiza o aspecto orçamentário, diagnosticando o contexto educacional em níveis municipal, estadual e nacional.

No paper que é finalista do prêmio nacional, Mathias propõe um diagnóstico sociotécnico do SIMCAQ, identificando aspectos de melhorias para o sistema, como aprimoramento na interface e usabilidade da plataforma, bem como melhorias na cultura de trabalho das equipes do projeto. “Durante o período em que fui bolsista no C3SL, convivi com toda a equipe do projeto e pude observar as reformulações e os benefícios que a ferramenta proporcionava. No entanto, percebi que, apesar de ser uma ferramenta muito boa e importante, não havia nenhum trabalho que destacasse sua relevância para pessoas externas, nem como ela era desenvolvida. Não existia um diagnóstico sociotécnico que analisasse o sistema de uma perspectiva mais ampla. Esse foi o meu ponto de partida”, revela o bacharel.

Em suas considerações, Mathias aponta que as equipes devem incorporar práticas de Interação Humano-Computador (IHC) e User Experience (UX) de maneira transversal ao projeto. Além disso, é essencial que novas estratégias de comunicação e organização do trabalho sejam experimentadas, buscando um equilíbrio entre flexibilidade e estrutura. “Sob a orientação do professor Roberto Pereira, utilizamos instrumentos semióticos para realizar uma análise mais profunda. Realizamos entrevistas com a equipe e deixamos clara a divisão de trabalho e a cultura do projeto. É importante ressaltar que os problemas do simulador não se restringem apenas à parte técnica; a cultura do projeto também desempenha um papel fundamental. Discutimos o que poderia ser feito para melhorar essa cultura dentro do C3SL. Acredito que deixei um legado positivo com a pesquisa”, conclui.

Sistema desenvolvido pela UFPR para o Ministério das Comunicações vence prêmio da CGU

Tela inicial do SIMMC
Tela inicial do SIMMC

Um termo de cooperação entre a UFPR e o Ministério das Comunicações (MC) possibilitou que a Universidade desenvolvesse um sistema exclusivo de monitoramento online dos projetos de inclusão digital implementados pelo órgão. Firmado em 2012 e desenvolvido até o ano passado, o Sistema Integrado de Monitoramento do Ministério das Comunicações (SIMMC) já está em utilização e, nesta terça-feira (1º), foi reconhecido pela Controladoria Geral da União (CGU) como uma boa prática voltada à maior transparência e melhor gestão de instituições públicas.

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