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Seleção de bolsistas do C3SL bate recorde de inscritos

A seleção para bolsista do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) bate recorde de inscritos em 2025. Neste ano, foram 93 candidatos às vagas, o que representa um aumento de 30% em comparação a 2024, quando foram registradas 71 inscrições. A lista dos candidatos aprovados para as entrevistas com os dias e horários das bancas pode ser acessada no site do C3SL. Nesta etapa, serão realizadas 5 bancas avaliadoras com os candidatos entre os dias 8 e 20 de maio. As bancas serão compostas por três avaliadores. O resultado das entrevistas será divulgado até o dia 23/05 no site do C3SL.

Vinculado ao Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o C3SL é um dos principais laboratórios de inovação tecnológica do Brasil, com mais de 20 anos de atuação em pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia.

Seu papel como laboratório de inovação é marcado pelo desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para desafios complexos, especialmente em áreas estratégicas como inteligência artificial, ciência de dados, blockchain, robótica, computação em nuvem e cibersegurança. Essas soluções são aplicadas tanto na gestão pública quanto na iniciativa privada, sempre com foco em gerar impacto social e promover maior eficiência operacional.

Os pesquisadores selecionados atuarão em projetos de pesquisa e desenvolvimento no Dinf com foco em áreas como bancos de dados, engenharia de software, inteligência artificial, redes e sistemas distribuídos. Além disso, os bolsistas terão a chance de interagir com outros pesquisadores e desenvolver estudos em diversas áreas da computação.

Entrevistas do Processo Seletivo 2025.1

As entrevistas serão conduzidas por diferentes bancas, em datas e horários definidos por cada uma delas, conforme listado a seguir. Ressaltamos que os horários indicados são apenas uma estimativa, podendo haver variações na duração das entrevistas. Para evitar atrasos, recomendamos que cheguem com antecedência.
Os candidatos receberão um e-mail de confirmação com a convocação.
A sala onde ocorrerá cada entrevista estará informada pelo e-mail ou estará no quadro de avisos localizado na entrada do departamento.

Banca 1:

Dia 12/05 (Segunda-feira)

  • 9:30h – Alessandra Cesar Fialla
  • 9:45h – Alexander Danila Mion
  • 10:00h – Andre Grassi de Jesus
  • 10:15h – Andrezza Oliveira Pais
  • 10:30h – Antonio Da Ressurreição Filho
  • 10:45h – Arthur Barreto Godoi
  • 11:00h – Arthur Paul Nickel
  • 11:15h – Arturo Garcia Fin
  • 11:30h – Daniel Wesley Freitas Siqueira

Dia 13/05 (Terça-feira)

  • 9:30h – Davi Alves Sampaio
  • 9:45h – Davi Chaves Rodrigues Dutra Manzini
  • 10:00h – Eduarda Rodrigues Ferreira
  • 10:15h – Eduardo Mathias de Souza
  • 10:30h – Eduardo Munaretto Majczak
  • 10:45h – Emanuele Fernanda Ferraz de Araújo
  • 11:00h – Enzo Casadei Ortega da Costa
  • 11:15h – Fabio Aleixo de Oliveira Karvat
  • 11:30h – Felipe Gonçalves Pereira

Banca 2:

Devido aos horários apertados dos entrevistadores, a banca 2 já realizou suas entrevistas. Foram entrevistados os alunos:

  • Beatriz De Oliveira Teixeira Pinto
  • Bianca Mendes Francisco
  • Bruno Iglesias Guagliardi
  • Bruno Rafael Souza Michelon
  • Bruno Stafuzza Maion
  • Bruno Yuuki Hayashi
  • Camila Yuki Shibata
  • Daniel Antonio Suarez Figuera

Se você foi chamado e não compareceu, envie um email para selecao@inf.ufpr.br explicando o motivo da ausência e avaliaremos a possibilidade de realocação.



Banca 3:

Dia 08/05 (Quinta-feira)

  • 9:15h – Suellen Priscilla De Camargo
  • 9:30h – Thiago José Barzotto
  • 9:45h – Thiago Zilio
  • 10:00h – Tiago Kienen Chaves
  • 10:15h – Ulisses Bastian Machado Da Rosa
  • 10:30h – Ulisses Curvello Ferreira
  • 11:45h – Vinícius De Lima Gonçalves
  • 11:00h – Vinícius Jeremias Dos Santos
  • 11:15h – Vinicius Tikara Venturi Date

Dia 15/05 (Quinta-feira)

  • 9:15h – Pedro Henrique Kochinski Silva
  • 9:30h – Pedro Pierobon Marynowski
  • 9:45h – Pedro Pinheiro De Freitas Filho
  • 10:00h – Pedro Takeo Shima
  • 10:15h – Raphael Augusto Surmacz
  • 10:30h – Samuel Martins Gonçalves
  • 11:45h – Sebastián Galvis Moreno
  • 11:15h – Sofia Pessini Scherer
  • 11:30h – Stephane Metogninou Alban Awassi

Banca 4:

Dia 08/05 (Quinta-feira)

  • 10:00h – Gabriel Augusto Fabri Soltovski
  • 10:15h – Gabriel Dobrowolski Jorge
  • 10:30h – Gabriel Gioia De Brito
  • 10:45h – Gabriel Henrique Tascheck
  • 11:00h – Gabriel Shigueo Ushiwa Kaguimoto Rodrigues
  • 11:15h – Giuliano Thiago Pinheiro Tavares
  • 11:30h – Guilherme Da Silva Fontana
  • 11:45h – Guilherme Dos Santos Ferreira Alves
  • 12:00h – Guilherme Stonoga Tedardi

Dia 12/05 (Segunda-feira)

  • 10:00h – Gustavo Do Prado Silva
  • 10:15h – Helena Nocera
  • 10:30h – Heloisa Benedet Mendes
  • 10:45h – Heloisa De Oliveira Pinho
  • 11:00h – Henrique Travaglia Fontes
  • 11:15h – Heric Camargo
  • 11:30h – Hugo Victor Tsuzisaki
  • 11:45h – Iago Cardoso Bariuka
  • 12:00h – Igor De Andrade Garcia

Banca 5:

Dia 08/05 (Quinta-feira)

  • 10:00h – Matheus Telles Batista
  • 10h15h – Mayara Lessnau De Figueiredo Neves
  • 10h30h – Melissa Goulart Kemp
  • 10h45h – Milena Langner Mello
  • 11:00h – Miquéias De Oliveira Nadaluti
  • 11h15h – Murilo Gabriel Da Silva
  • 11h30h – Natã Abraão Serafini Da Rocha
  • 11h45h – Nelson Baltazar Neto

Dia 15/05 (Quinta-feira)

  • 10:00h – Lucas Barroso Leal
  • 10h15h – Luiz Henrique Murback Wiedmer
  • 10h30h – Luiz Guilherme De Souza Mo
  • 10h45 – Marcus Sebastião Adriano Rocha Neto
  • 11:00h – Mardoqueu Freire Nunes
  • 11h15h – Mariella Vouk Prestes
  • 11h30h – Matheus Ferreira Marquesini
  • 11h45h – Matheus Gabriel Ximendes Velozo
  • 12:00h – Matheus Gastal

Alunos a serem alocados:

  • João Ribeiro Andreotti
  • Juliana Zambon
  • Kauê de Amorim Silva
  • Kokouvi Hola Kanyi Kodjovi
  • Laura Martinson Vaz
  • Leon Augusto Okida Gonçalves
  • Leonardo Krambeck
  • Leonardo Prazeres Tosin
  • Leonardo Vitorino de Souza

Vocês serão alocados no decorrer desta semana para serem entrevistados na semana que vem. Infelizmente este processo seletivo coincidiu com muitas demandas internas do Departamento, projetos e laboratório, o que dificulta a formação de uma nova banca que encaixe na agenda de todos. Mas não se preocupem, vocês serão convocados por e-mail.


Alunos que não foram convocados neste processo seletivo:

  • Yuri Rafael Grajefe Feitosa
  • Pedro Vilhena Bartolome
  • Nicolas Amaral Lobo
  • Matheus Born Cabús
  • João Pedro Castilho Diniz Cardoso

Vocês não fazem o curso de Ciência da Computação ou Informática Biomédica na UFPR, portanto não foram convocados nesta seleção devido à conformidade estabelecida no processo. Contudo, abriremos outro processo seletivo, específico para outros cursos, e suas inscrições serão migradas para esse novo processo. Não precisam se inscrever no novo processo. Lembrem-se: as entrevistas, bem como o expediente no laboratório — que é obrigatoriamente presencial –, acontecem pelas manhãs, sem exceções.

Agradecemos o alto volume de inscrições e o interesse no C3SL. Ficamos lisonjeados com tantos inscritos buscando atuar em projetos tão importantes para o futuro do Dinf, da UFPR e do Brasil. Esperamos que todos tenham uma boa entrevista. Obrigado.

Reunião do C3SL e Ministério da Saúde marca nova etapa do projeto que aprimorar comunicação da atenção primária à saúde

Encontro em Brasília alinha ações para implantar sistema que conecta agentes de saúde e cidadãos, promovendo avanços no sistema público de saúde brasileiro

A vice-reitora da UFPR, Camila Fachin, e os professores do Departamento de Informática da UFPR e pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), André Grégio e Simone Dominico, participaram no último dia 25/04 de reuniões estratégicas com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, e com a equipe da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), em Brasília. Os encontros tiveram como foco a apresentação de resultados e prospecção de novos projetos entre a UFPR e Ministério da Saúde, bem como o alinhamento e a reorganização do plano de ação do projeto em desenvolvimento pelo C3SL para a criação de uma solução tecnológica e de comunicação para o fortalecimento do Atendimento Primário à Saúde (APS) em todo o país. Também participaram do encontro o Diretor Superintendente da Fundação da UFPR (Funpar), Edemir Reginaldo Maciel; e a gestora de projetos de pesquisa e desenvolvimento do C3SL, Ianka Antunes. 

No encontro com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, o pesquisador e coordenador do projeto do C3SL e UFPR com a SAPS, André Grégio, apresentou os resultados do trimestre e demonstrou as funcionalidades do protótipo funcional do aplicativo de telemedicina que está em desenvolvimento pela equipe.  Segundo Grégio, o sistema apresenta funcionalidades que potencializam o atendimento remoto, permitindo que pacientes sejam acompanhados à distância, sem a necessidade de deslocamento até unidades de saúde. Entre os principais avanços, destaca-se a possibilidade de realização de interconsultas, em que médicos da Atenção Primária podem consultar outros profissionais de diferentes especialidades para discutir casos clínicos complexos. “O sistema também viabiliza o atendimento de pacientes em localidades remotas, um aplicativo como este permite que se promova  interconsultas, possibilitando que outros  médicos sejam consultados para auxiliar em diagnósticos complexos para os quais não se têm especialistas”, pontua o pesquisador. 

Já na reunião com a equipe da SAPS, o foco foi a definição de novas marcas para o projeto do C3SL com o Ministério da Saúde. Segundo a pesquisadora do C3SL, Simone Dominico, a equipe do laboratório de inovação em computação científica da UFPR apresentou ao Ministério da Saúde um panorama das atividades já realizadas, incluindo um relatório das entregas e avanços do projeto. “Discutimos os encaminhamentos dos projetos, reorganizando o plano de atividade para elencar as próximas tarefas. Também discutimos a continuidade do projeto, dimensionando os desafios que ainda temos a enfrentar na pesquisa e desenvolvimento do sistema para o APSUS”, explicou a pesquisadora.

Na avaliação da vice-reitora da UFPR, Camila Fachin, sobre os encontros em Brasília, a “parceria do C3SL com o Ministério da Saúde que foi iniciada com projeto na SAPS com o intuito de melhorar a comunicação da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde com o usuário final do SUS, tem rendido muitos frutos e diversas outras parcerias para além do projeto inicial. Destacam-se atividades como capacitação dos servidores do Ministério, oferta de pós-graduação stricto sensu, e apresentação de protótipo de aplicativo para teleconsulta feito todo com base em software livre, apresentado recentemente para o secretário executivo do Ministério da Saúde, Dr Adriano Massuda”. Para Camila, essa colaboração exemplifica um modelo inovador de cooperação entre academia e governo, que impulsiona a inovação, a inclusão digital, a gestão baseada em dados e a eficiência na saúde pública brasileira, beneficiando milhões de cidadãos e fortalecendo o vínculo entre agentes de saúde e comunidade.

A SAPS, responsável pela gestão da parceria junto ao Ministério da Saúde, destacou a necessidade de alinhamento contínuo e acompanhamento próximo das atividades. O objetivo é garantir que as demandas do órgão sejam atendidas de forma ágil e eficiente, especialmente em questões como a comunicação direta com os pacientes do SUS e o trabalho com dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). “A SAPS definirá um caminho que eles querem para ajudar a organizar, tanto para a questão da comunicação direta com o paciente, quanto a questões como a comunicação direta com os pacientes do SUS e promover o processamento, o gerenciamento e o armazenamento eficiente dos dados”, completou Simone Dominico.

A solução de tecnologia em desenvolvimento pelo C3SL surge como resposta a desafios históricos da APS, como a necessidade de integrar políticas públicas, garantir comunicação acessível e apoiar agentes de saúde na gestão de campanhas. O sistema também facilitará o trabalho dos profissionais da APS, oferece ferramentas para planejamento e monitoramento de indicadores, e promove inclusão digital ao atingir milhões de brasileiros

Sistema do C3SL busca aproximar o Ministério da Saúde aos usuários do SUS

Iniciado em janeiro de 2024, o projeto é fruto da parceria entre o C3SL e o Ministério da Saúde e tem previsão de desenvolvimento até 2027. Desde o início, o grupo de pesquisa da UFPR tem antecipado entregas do cronograma, adaptando-se às demandas da SAPS para garantir o máximo impacto das soluções propostas. A iniciativa busca aprimorar a comunicação entre a Atenção Primária à Saúde e a população brasileira, utilizando tecnologia para fortalecer o vínculo entre agentes de saúde e cidadãos.

Uma das etapas em andamento do projeto é a implantação de um sistema de envio de mensagens direcionadas para grupos específicos, focado em campanhas informativas massivas. Essa solução, que segue em breve para a fase piloto, permitirá que gestores e agentes de saúde se comuniquem de forma mais eficiente com a comunidade, promovendo campanhas de vacinação, orientações sobre hábitos saudáveis e acompanhamento de condições crônicas

Segundo André Grégio, coordenador do projeto, o sistema representa uma inovação na forma como o SUS se comunica com a população, tornando as campanhas mais direcionadas e com maior impacto no bem-estar coletivo. O sistema utiliza um banco de dados para organizar informações sobre informativos, usuários e grupos, evitando duplicidade de mensagens e reduzindo o risco de SPAM

Além disso, o projeto prevê uma segunda etapa de pesquisa, que integrará Inteligência Artificial (IA) para criar um sistema de comunicação individualizada. A IA permitirá automatizar interações, coletar dados estratégicos e personalizar o diálogo com os usuários do SUS, otimizando a experiência do paciente e fornecendo informações valiosas para a gestão pública de saúde. A interação da IA com os usuários do SUS também resulta em um sistema aprimorado de avaliação sobre o atendimento. Essa análise personalizada permite que os gestores identifiquem padrões regionais e tomem decisões mais assertivas para melhorar os serviços.

Rede social do MEC desenvolvida pelo C3SL é tema de artigo aprovado no Interact 2025

Estudo explora o potencial das Leis da Simplicidade para criar redes sociais acessíveis e engajadoras para professores e alunos

A rede social MECRED, criada pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), é tema de pesquisa sobre aprimoramento do design de experiência do usuário, a ser apresentada na International Conference on Human-Computer Interaction (INTERACT) 2025, um dos eventos científicos mais tradicionais e importantes da área de Interação Humano-Computador (IHC). Intitulado “Applying the Laws of Simplicity to Redesign an Educational Social Network”, o trabalho debate como as 10 Leis da Simplicidade formuladas pelo professor e pesquisador do MIT John Maeda, foram aplicadas no redesenho da plataforma, maior rede social dedicada à educação no Brasil. Orientado pelo professor do Departamento de Informática (Dinf), Roberto Pereira, o trabalho é assinado em coautoria do pesquisador de pós-graduação do C3SL, Jonas Lupus, e dos pesquisadores do Dinf, Krissia Menezes e Deógenes Pereira Da Silva Junior. 

Segundo Jonas, a missão de redesenhar uma rede social brasileira que tem como público-alvo professores, alunos e pessoas interessadas na relação educação e tecnologia, é de uma complexidade muito grande, e, portanto, demandou uma abordagem pautada na simplicidade. “Nós buscamos simplificar tanto a interface quanto o entendimento do funcionamento da MECRED, e para isso estudamos a fundo as Leis da Simplicidade e desenvolvemos uma série de protótipos para avaliar as soluções que geramos a partir das Leis, antes de implementá-las. O artigo aprovado no Interact, descreve como foi o processo de redesign da MECRED, pautado na simplicidade”, destaca.

Neste ano, a INTERACT será realizada entre os dias 8 e 12 de setembro, em Belo Horizonte (MG). O tema central desta edição é “Blending Experiences in Interaction Design” (Misturando Experiências em Design de Interação). O evento reúne pesquisadores, profissionais e estudantes do mundo todo para discutir avanços, tendências e desafios na área de interação entre pessoas e sistemas computacionais.

Em um cenário digital cada vez mais marcado pelo excesso de informações e interfaces complexas, o desafio da pesquisa desenvolvida por Lupus é seguir a ótica da simplicidade. Lançada em 2015, a MECRED foi criada para reunir e compartilhar recursos educacionais, como planos de aula, materiais multimídia e coleções personalizadas. Com o tempo, a plataforma cresceu, acumulando funcionalidades e informações, o que acabou tornando a navegação e o uso mais desafiador para seus usuários.

Com isso, o foco da pesquisa foi explorar o potencial as Leis da Simplicidade para dar suporte no processo de redesign da plataforma, que combina funcionalidades de rede social e repositório de recursos, atendendo às necessidades de diversos usuários em um contexto socioeconômico diverso.

A pesquisa utilizou a metodologia de Action Research, combinando a prática do Design Reflexivo para desenvolver os protótipos e sessões de Thinking Aloud para avaliar o resultado dos protótipos, envolvendo o time de desenvolvimento e a equipe técnica do MEC. Os usuários eram convidados a navegar pela plataforma enquanto compartilhavam suas impressões e dificuldades, permitindo aos pesquisadores identificar pontos críticos e testar melhorias em tempo real.

A aplicação das Leis da Simplicidade resultou em uma interface mais simples, com navegação mais intuitiva e redução do tempo necessário para completar tarefas na plataforma. A pesquisa também gerou um conjunto de questões orientadoras para o uso das Leis da Simplicidade no design da experiência do usuário, além de explorar possibilidades para  pesquisas futuras sobre a relação da Simplicidade com a Experiência do Usuário.

Centro de Computação da UFPR divulga áreas para novas parcerias em 2025


Empresas e órgãos públicos podem apresentar projetos de cooperação ao Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL)

Com foco em superar obstáculos à inovação e desenvolver soluções para problemas complexos na gestão pública e privada, o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), divulgou, nesta segunda-feira (24), a lista de áreas para novas parcerias em 2025. A relação inclui Inteligência Artificial, blockchain e robótica.

Dispondo de um computador de alta performance, servidor com 1 petabyte de armazenamento e cerca de 50 especialistas, entre professores, pós-graduandos e estudantes, o C3SL tem mais de 20 anos de experiência com encomendas tecnológicas e parcerias acadêmicas. O centro já desenvolveu projetos interdisciplinares na UFPR, para empresas e para os ministérios da Educação, da Saúde e das Comunicações.

“Nós temos a missão, enquanto universidade pública, de contribuir para o desenvolvimento da sociedade. É o que fazemos com esses projetos, que nos ajudam a capacitar os estudantes de graduação e pós, onde eles têm contato com problemas e pessoas reais. Colocamos a mesma energia criativa nas parcerias acadêmicas e nos projetos com apoio financeiro, que são importantes para nossa política de redução da evasão”, destaca o coordenador do C3SL, Marcos Castilho, professor da UFPR.

C3SL aceita parcerias em 10 áreas estratégicas da computação

Confira a lista divulgada pela coordenação do Centro de Computação Científica e Software Livre e veja como se conectar ao C3SL para desenvolver projetos, seja acadêmico, startup ou gestor público:

  1. Processamento de Dados e Computação em Nuvem
    Hospedagem e serviços em nuvem
    Processamento e análise de Big Data
    Armazenamento, backup e recuperação de dados

  2. Inteligência Artificial e Machine Learning
    Modelagem de Inteligência Artificial
    Automação de textos e documentos
    Reconhecimento de padrões, imagens e vídeos
    Processamento de Linguagem Natural (documentos, livros, jornais e processos)

  3. Cibersegurança e Privacidade
    Auditoria de segurança digital
    Testes de invasão
    Criptografia e proteção de dados
    Monitoramento a incidentes de segurança

  4. Desenvolvimento de Softwares e Sistemas
    Criação de sistemas personalizados
    Aplicações web e mobile
    Integração de APIs

  5. Ciência de Dados e Estatística Aplicada
    Modelagem estatística
    Simulações computacionais
    Visualização e dashboards interativos
    Análise de dados para políticas públicas

  6. Infraestrutura e Engenharia de Software
    Virtualização e gerenciamento de clusters
    Processamento paralelo e simulações científicas
    Modelagem matemática avançada
    Otimização de sistemas computacionais

  7. Robótica, Automação e Internet das Coisas
    Desenvolvimento de sensores e dispositivos inteligentes
    Aplicação de IA em robôs e sistemas autônomos
    Soluções de IoT para monitoramento remoto e eficiência
    Aplicações de automação para indústrias e cidades inteligentes

  8. UX e Sistemas Interativos
    Design de experiência do usuário (UX)
    Avaliação de usabilidade e acessibilidade digital
    Desenvolvimento de interfaces intuitivas e interativas
    Implementação de chatbots e assistentes
    Prototipação, wireframing e design de gamificação

  9. Otimização Matemática e Operacional
    Algoritmos para logística e planejamento
    Otimização de custos e eficiência operacional

  10. Blockchain e Sistemas Descentralizados
    Desenvolvimento de aplicações blockchain
    Rastreabilidade e auditoria digital
    Soluções para identidade digital e certificação

Em todas essas áreas, o C3SL trabalha com transferência de tecnologia ao final dos projetos, além de prestar consultoria e capacitação para transformação digital dos seus parceiros. No caso de colaborações entre universidades e institutos científicos, o Centro de Computação oferece mentoria e suporte para pesquisa acadêmica.

“Ao longo de 20 anos de trabalho, o C3SL constituiu um parque tecnológico relevante, com um computador de alto desempenho e infraestrutura capaz de executar com qualidade diversos projetos simultaneamente. Abrir o Centro de Computação para parcerias otimiza os recursos públicos e devolve à sociedade esses investimentos que recebemos nas últimas décadas”, justifica Marcos Castilho.

O contato com a coordenação do C3SL deve ser feita exclusivamente pelo e-mail contato@c3sl.ufpr.br, com a indicação da parceria desejada e os objetivos do projeto. Após esse primeiro contato, serão marcadas reuniões para delimitação, estruturação e otimização dos projetos.

Seminário na UFPR debate soluções para enfrentamento da violência infantojuvenil no Brasil

O encontro entre os dias 24 e 26 de abril trará especialistas para abordar impactos, desafios e soluções para a proteção às crianças e adolescentes

O combate à violência contra crianças e adolescentes exige conhecimento, políticas públicas eficazes e a mobilização de toda a sociedade. Com esse objetivo, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) será palco do Seminário Multiprofissional de Prevenção e Enfrentamento às Violências contra Crianças e Adolescentes, entre os dias 24 e 26 de abril, no Auditório Gralha Azul, no campus do Jardim Botânico. O evento reunirá profissionais de diversas áreas para discutir soluções e fortalecer redes de proteção. O seminário é uma promoção do projeto de Prevenção ao Aliciamento de Crianças e Adolescentes (Proteca), atividade de extensão da UFPR voltada para a proteção infantojuvenil. A inscrição é gratuita pelo site do evento, e as vagas são limitadas.

O seminário é realizado em um contexto de aumento de 20% no número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes no último ano. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em 2023, foram registradas 228 mil denúncias. Em 2024, este número saltou para cerca de 290 mil casos de violência. Somente nestes três primeiros meses de 2025, foram contabilizadas 56 mil denúncias, uma média de 622 casos por dia. Os dados de violações também saltaram de 1,3 milhão para 1,6 milhão no período. O MDHC considera como violações de direitos humanos ações que atentam contra os direitos de uma pessoa, como ameaças, violência, discriminação, tortura, trabalho escravo, entre outros.

De acordo com a coordenadora do Proteca e professora do Departamento de Informática da UFPR, Elenice Novak, o seminário é uma iniciativa fundamental para discutir e enfrentar as diversas formas de violência que afetam crianças e adolescentes. “O evento que será promovido pelo Proteca na UFPR é um passo crucial na luta contra a violência infanto-juvenil, oferecendo um espaço para reflexão e propostas concretas de combate a essas violações. Com a participação ativa de diversos setores, o evento promove uma abordagem integral para proteger crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade”, destaca a pesquisadora.

Outro aspecto em destaque no evento é a vulnerabilidade digital, que também é um desafio significativo, com a internet sendo frequentemente utilizada para aliciar e abusar de menores. Dados de levantamento feito pela ONG ChildFund Brasil em pesquisa com 8,4 mil estudantes de escolas públicas nas regiões nordeste e sudeste do país denunciam alto índice de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual on-line. Cerca de um terço dos estudantes disseram ter sofrido algum tipo de agressão virtual, aponta o estudo. É justamente considerando a multiplicidade de cenários e de situações adversas em que ocorrem a violência que o seminário se baseia na perspectiva multiprofissional, reunindo especialistas nas áreas de saúde, educação, direito, segurança e tecnologia para discutir estratégias de prevenção e enfrentamento das violências

Para a coordenadora do Proteca, o evento é uma oportunidade para que profissionais de diversas áreas unam conhecimentos e experiências na construção de estratégias efetivas de proteção aos jovens em situação de fragilidade física, emocional e vulnerabilidade digital. “Somente através de um olhar integrado e colaborativo poderemos criar redes de proteção capazes de garantir o desenvolvimento seguro e saudável de nossas crianças e adolescentes. O caráter multidisciplinar do evento, com participação de pesquisadores de diversas áreas é fundamental para que possamos compreender o fenômeno da violência em toda sua complexidade e elaborar intervenções mais eficazes e abrangentes, reconhecendo que a proteção integral não se restringe a uma única área de conhecimento, mas demanda o engajamento conjunto de diferentes saberes e instituições comprometidas com o bem-estar infantojuvenil”, destaca Elenice.

O seminário tem o apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), do Serviço Social do Comércio (Sesc) Paraná, do Departamento de Informática da UFPR,  do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e da Associação Brasileira de Direito Educacional (ABRADE).

Eixos temáticos –  O seminário contará com uma programação dividida em eixos temáticos que refletem a complexidade do fenômeno das violências. O primeiro dia do evento abordará os eixos sobre saúde e educação. As implicações da violência na saúde física e mental dos jovens serão debatidas nas palestras da Dra Maria Cristina Marcelo da Silveira, do Hospital Pequeno Príncipe, da professora Associada de Odontopediatria da UFMG, Dra. Patrícia Maria Zarzar, e da psicóloga e doutoranda em Educação pela UFPR, Thais da Costa Paula.

No mesmo dia, a importância da conscientização nas escolas será foco das palestras da professora do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação da UFPR, Dra Gabriela Ormeno Reyes, da diretora da Associação Brasileira de Direito Educacional (Abrade), Dra Angela Christianne Lunedo de Mendonça, e do coordenador nacional do Programa Proteger e procurador da república, Dr Guilherme Schelb.

O segundo dia do evento será balizado pelos eixos tecnologia, segurança e justiça, com palestra sobre as questões relacionadas à segurança digital das crianças, e debate sobre o tema “Dados das violências praticadas contra crianças e adolescentes: realidade e desafios”. A mesa sobre direito e tecnologia será composta pelo Procurador de Justiça do Ministério Público do Paraná, Dr. Eduardo Monteiro, pela pesquisadora da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, Dra. Elora Fernandes (Katholieke Universiteit Leuven, Bélgica) e do pesquisador científico em pós-doutorado no departamento de informática da Unicamp, Dr. Carlos Antônio Caetano Júnior. Na sequência, o painel sobre os indicadores de violência terá palestras da Coordenadora da Pesquisa TIC Kids Online Brasil, Luísa Adib Dino, da Executiva de Cibersegurança e Fundadora do Teckids, Karina Morato Queiroz, e do Diretor de País do ChildFund Brasil, Maurício José Cunha.

Apresentação de trabalhos– Além das palestras, o evento também servirá como um espaço para a apresentação de trabalhos como pesquisas e projetos extensionistas relacionados ao tema. A expectativa é que o seminário promova articulações intersetoriais que possam resultar em ações concretas para a proteção das crianças e adolescentes. A participação com trabalhos será por apresentação de pôster (apresentação visual de pesquisas, relatos de experiências ou boas práticas) ou de roda de conversa com apresentação oral (discussões interativas sobre projetos, produtos ou casos relevantes no contexto da violência infantil). Os trabalhos devem abordar temas relacionados à saúde, educação, tecnologia, direito e segurança, com foco na prevenção e enfrentamento das violências na infância e adolescência.

Seminário Multiprofissional de Prevenção e Enfrentamento às Violências contra Crianças e Adolescentes

Quando? 24 a 26 de abril de 2025

Onde? UFPR – Campus Jardim Botânico (Auditório Gralha Azul)

Qual é o objetivo? Aprofundar o debate sobre formas de prevenção e enfrentamento das violências que atingem crianças e adolescentes, promovendo redes de proteção e fortalecendo ações efetivas na defesa dos direitos infantojuvenis.

Certificado: O evento oferecerá certificado de participação e apresentação de trabalhos.

Evento Gratuito: A inscrição para o seminário é gratuita pelo link https://www.sympla.com.br/evento/seminario-multiprofissional-de-prevencao-e-enfrentamento-a-violencia-contra-criancas-e-adolescentes/2867505

 Normas para submissão de resumos (até 20/03): https://proteca.ufpr.br/submissao-de-trabalhos/

Programação completa: https://proteca.ufpr.br/seminario-proteca-palestras/Dúvidas? E-mail: eventoproteca@ufpr.br

Processo Seletivo 2025.1

São bolsas de pesquisa para alunos de graduação e pós dos cursos de Ciência da Computação, Informática Biomédica. É necessário que o aluno tenha disponibilidade para se dedicar 20 horas semanais, das 8h ao 12h, com atividades presenciais.

Os bolsistas atuarão nos projetos de pesquisa e desenvolvimento do C3SL, localizado no Departamento de Informática da UFPR. Os candidatos que participaram de seleções anteriores podem realizar o processo seletivo novamente para melhorar sua nota.

O tempo no C3SL pode ser validado como estágio obrigatório e projeto de IC. Os alunos são fortemente convidados a desenvolverem pesquisas nas diversas áreas da computação e têm a oportunidade de interagir com outros pesquisadores.

As inscrições começam dia 17/03 (segunda-feira) e vão até 29/03 (sexta-feira), às 23:59h.

A bolsa para graduação começa em R$1.000,00.
A bolsa de mestrado começa em R$3.800,00.
A bolsa de doutorado começa em R$6.000,00.

A documentação necessária é seu histórico acadêmico atualizado, carta de motivação, frente e verso do RG, currículo e declaração de não beneficiário de bolsa assinada (há um template anexado ao edital).

Informações extras são encontradas no Edital de Seleção.

O Edital sofreu alterações e uma declaração de não recebimento de bolsa é necessária (em anexo no Edital), caso o candidato possua bolsa de outro projeto ou vínculo empregatício vigente, pode fazer a entrevista normalmente, caso seja selecionado, poderá decidir ficar ou não no laboratório.

O Edital, para fins de esclarecimento, não está completamente atualizado e é de fluxo contínuo, o que significa que não precisamos relançá-lo para abrir um novo PS, como este. Portanto, confiem neste post do processo seletivo deste ano.

Mesmo que o candidato já receba bolsa de alguma IC, mande para nós a declaração assinada, pois caso o candidato seja selecionado não precisamos requerer o documento novamente.

Confira o nosso guia do candidato.

A inscrição deste ano será realizada através da plataforma Ademir, desenvolvida pelo C3SL para metagestão do laboratório.

Acessem https://ademir.c3sl.ufpr.br/processoseletivo, adicionem o email mais usado de vocês e sigam os passos do formulário.

É importante ressaltar que a plataforma está em constante desenvolvimento, portanto podem ocorrer bugs ou erros. Caso algum erro aconteça, contate-nos via email enviando uma mensagem para selecao@c3sl.ufpr.br.

O prazo de inscrição vai até 29 de Março às 23:59h!

As entrevistas serão realizadas presencialmente. Aguarde informações por e-mail.

Projeto da UFPR emprega Inteligência Artificial para melhorar atendimento no SUS

Solução busca automatiza interações, coleta dados estratégicos e aprimora a experiência dos pacientes na Atenção Primária à Saúde

Pesquisadores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão desenvolvendo um sistema baseado em Inteligência Artificial para melhorar o atendimento na Atenção Primária à Saúde do SUS. O projeto, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, visa criar uma solução capaz de interagir com milhões de brasileiros, coletando dados e promovendo melhorias nos serviços de saúde pública. “Com o uso da IA, podemos transformar a APS, criando um canal direto do SUS com os cidadãos, que não apenas melhora a experiência do paciente, mas também fornece dados estratégicos para uma gestão mais assertiva e inclusiva”, destaca André Grégio, pesquisador do C3SL e coordenador do projeto com o Ministério da Saúde.

Uso de IA no pós-atendimento do SUS pode automatizar a comunicação e criar uma gestão otimizada da saúde. Foto: Juliana Telesse

A cada minuto, três mil pessoas passam pela APS no país, a principal porta de entrada para os serviços básicos do SUS, caracterizando-se por um conjunto abrangente de ações voltadas tanto para o indivíduo quanto para a coletividade. Somente em 2024, foram mais de quatro milhões de atendimentos individuais, registrando um aumento de 18% em comparação ao ano anterior. A solução promete aprimorar a gestão da saúde pública no país na medida em que busca automatizar a comunicação, é o que aponta o pesquisador do C3SL e especialista em Inteligência Artificial, Paulo Almeida.

Projeto propõe uso de IA no retorno dos atendimentos na APS. Foto: Jerônimo Gonzalez/MS

“Imagine receber uma ligação após sua consulta no posto de saúde. Neste contato, a IA pergunta sobre a qualidade do atendimento, se o problema foi resolvido ou se há sugestões de melhoria. Essas interações, realizadas com uma voz humanizada e natural, têm o potencial de transformar a relação entre o SUS e seus usuários”, destaca Almeida. O projeto utiliza tecnologias avançadas de Speech-to-Text (transcrição de áudio para texto) e Text-to-Speech (texto para áudio), permitindo que sistemas automatizados interajam diretamente com os cidadãos.

Mais que acompanhar o atendimento, o foco é dar subsídio concreto a partir de dados para que o governo possa gerir com maior eficiência a saúde pública, destaca Grégio. Foto: Juliana Telesse

Dados que valem saúde

O objetivo com a aplicação da IA não é apenas automatizar a comunicação, mas sim reunir e processar dados que possam melhorar a cobertura da saúde pública. A APS se concentra em ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, como campanhas de vacinação, orientações sobre hábitos saudáveis e acompanhamento de condições crônicas. A coleta e processamento desses dados em grande escala possibilita análises detalhadas sobre questões específicas, como o atendimento a mulheres grávidas em pré-natal ou a qualidade dos serviços em áreas rurais.

A interação da IA com os usuários do SUS também resulta em um sistema aprimorado de avaliação sobre o atendimento. “Mais do que simples perguntas, o sistema busca estabelecer um diálogo dinâmico. Por exemplo, se um cidadão relata que esperou muito tempo para ser atendido, a IA pode identificar automaticamente que o problema não foi causado pelo médico, mas pela sobrecarga do posto de saúde. Essa análise personalizada permite que os gestores identifiquem padrões regionais e tomem decisões mais assertivas para melhorar os serviços. Essa abordagem coloca o SUS na vanguarda da gestão pública baseada em dados”, avalia Almeida.

Solução de compactação de dados do C3SL pode reduzir custos de processamento de IA

Com previsão de desenvolvimento do projeto até 2027, o grupo de pesquisa da UFPR tem antecipado entregas do cronograma, adequando-se às demandas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), órgão que faz a gestão da parceria junto ao Ministério da Saúde. Uma das soluções em via de implantação neste primeiro semestre é um sistema de envio de mensagens direcionadas de comunicação para um grupo, com foco em campanhas informativas massivas. A aplicação da IA no projeto integra uma segunda etapa da pesquisa, em um sistema de comunicação individualizada, com foco no usuário.

Segundo Almeida, um dos desafios desta segunda etapa do projeto é o alto custo de processamento de dados. Os modelos avançados de IA utilizados em Speech-to-Text e Text-to-Speech demandam grande poder computacional. Com cerca de 220 milhões de habitantes no Brasil e milhões de interações previstas diariamente, reduzir custos sem comprometer a qualidade é uma prioridade. O C3SL já apresentou avanços nesse sentido.

“Um dos nossos avanços mais promissores mostra que, ao modificar a forma como os arquivos de áudio são armazenados e comprimidos, conseguimos reduzir em até nove vezes o espaço necessário para armazená-los – o que também reduz os custos com hardware e consumo de energia – sem comprometer significativamente a qualidade da transcrição. Esse tipo de otimização pode ser fundamental para viabilizar a implementação desses modelos em larga escala dentro do SUS. Essa inovação diminui os custos com hardware e energia elétrica, tornando o projeto mais viável economicamente”, destaca o pesquisador.