C3SL: 20 anos de história e nova fase para o grupo de pesquisa

Projetos, bolsas para estudantes e tecnologia para a sociedade marcam os 20 anos de história do grupo

Um grupo de pesquisa que movimenta uma média de 720 bolsas de estudo para alunos de graduação e pós-graduação por ano. Esse é o quanto o C3SL, Centro de Computação Científica e Software Livre, vem impactando o mercado de trabalho, a comunidade acadêmica e a sociedade ao propor pesquisa, desenvolvimento e tecnologia. E foi pensando nisso que bolsistas, professores e agentes parceiros da UFPR participaram de um evento no auditório do Departamento de Informática.

“Os 20 anos do C3SL têm importante contribuição na história da tecnologia no país. Por exemplo, o grupo tem participação na implantação da digitalização das escolas públicas do país, por meio do programa Paraná Digital que, em 2003, levou um modelo de sistema computacional e gerência remota para mais de 2 mil escolas no estado e depois acabou dando origem ao desenvolvimento do Linux Educacional, que até hoje é referência para o ensino público. Esse é apenas um dos exemplos da contribuição do C3 para a sociedade. Queremos que cada vez mais possamos atuar em prol da pesquisa, do desenvolvimento e do software livre no país”, conta o professor e pesquisador Marcos Castilho, um dos fundadores do grupo.

E para celebrar toda essa história, o grupo convidou Simone Israel, da Agência de Parcerias da Superintendência de Inovação (SPIn) que foi com a equipe da Agência, e Carla Marcondes, da Secretaria de Projetos do setor de Ciências Exatas. “São parceiras que atuam como facilitadoras e, principalmente, como estimuladoras da pesquisa. Parece uma coisa simples quando a gente fala na gestão de bolsas, por exemplo. Mas não é. Estamos falando de estudantes que têm a possibilidade de promover desenvolvimento tecnológico com retorno financeiro. Hoje temos alunos que auxiliam na renda familiar com a bolsa, isso é um impacto social que não tem dimensão”, ressaltou Edemir Maciel, pesquisador responsável pela administração do grupo.

Durante o encontro, além da apresentação do professor Marcos Castilho sobre a história do C3SL, bolsistas puderam apresentar e explicar projetos que estão em desenvolvimento atualmente, como é o caso do MecRED, plataforma educacional que oferece a professores de todos os níveis mais de 300 mil recursos de forma gratuita. “Pra gente é muito importante vir aqui conhecer, ver os alunos apresentando os projetos desenvolvidos. É um reflexo do trabalho que estamos fazendo e é um grande motivador. Porque muitas vezes ficamos atrás dos processos e deixamos de lado a sensibilidade de perceber que para cada bolsa, é um pessoa, uma equipe que está colaborando para o desenvolvimento do país”, disse Simone, da SPIn.

O evento também buscou apresentar uma nova fase para o C3SL, em que haverá foco na prospecção de parcerias e projetos com o governo e, sobretudo com o mercado, de forma a estimular ainda mais as verbas direcionadas para pesquisa e formação de mão de obra qualificada. “Nossa ideia é trazer cada vez mais recursos e possibilidades para o C3SL e para a comunidade acadêmica. Estamos ampliando esforços de comunicação e estratégico para poder oferecer ainda mais para o desenvolvimento tecnológico”, finalizou Edemir.

Hyperledger Blockchain Forum acontece dia 25 na PUC-PR e é GRATUITO

O encontro Hyperledger Brasil 2022 tem como objetivo reunir a comunidade de desenvolvedores e usuários da tecnologia blockchain Hyperledger para troca de conhecimento, experiências e compartilhamento de casos de sucesso.

Alguns dos temas que serão discutidos no encontro:

–> O capítulo Hyperledger Brasil
–> A tecnologia Hyperledger
–> Casos nacionais de uso da tecnologia Hyperledger
–> Tecnologia de integração de redes (Hyperledger e Ethereum)
–> O momento do blockchain no Brasil e no mundo

Entre outros.

Presença confirmada de diversos membros da comunidade Hyperledger.

Arlei Costa Junior, PUC-PR
Carlos L L Rischioto, IBM
Courtnay Guimarães, Avanade
David Reis, CCONSENSUS
Fernando Marino, CPQD
Joselio Teider, UFPR
Marco Righetti, Oracle
Marcos Sarres, GoLedger
Pietro Martins de Oliveira, Esmafe-PR
Renato Duarte Rocha, RNP
Renato Teixeira, Oracle

O evento vai acontecer no Auditório Mario de Abreu, na PUC-PR Curitiba, dia 25 de novembro a partir das 14:00.

Imperdível para os entusiastas da tecnologias inovadora Blockchain.

As inscrições são gratuitas !!!

https://www.hyperledgerblockchainforum.com.br

Grupo de pesquisa da UFPR lança nova versão de plataforma educacional que oferece mais de 300 mil recursos para professores de forma gratuita

MecRED foi criado pelo C3SL, grupo de pesquisa do Departamento de Informática da UFPR

Imagina uma plataforma em que professores de todos os níveis podem encontrar vídeos, textos, mapas, experimentos, planos de aula e até mesmo livros didáticos disponíveis para download de graça. Pois essa é a plataforma Recursos Educacionais, conhecida como MecRED, criada pelo Centro de Computação Científica e Sotware Livre, o C3SL, da Universidade Federal do Paraná, em parceria com o Ministério da Educação. A plataforma, que ganhará uma nova versão no final de outubro, foi lançada em 2014, e agora oferecerá mais recursos, como a gamificação, por exemplo.

“O objetivo da plataforma é criar uma rede de apoio entre professores, para que eles possam ter um local em que não só eles possam acessar conteúdos que irão ajudar em sala de aula, mas também compartilhar conteúdos entre si, realizar avaliações, enfim, um modelo bem próximo a uma rede social, mas com o intuito principal de colaborar com o dia a dia em sala de aula”, conta Luis Carlos Bona, professor do C3SL e coordenador do projeto.

Na nova versão, o processo de gamificação possibilitará que os usuários sejam capazes de adquirir conquistas e, com o uso, atingir níveis diferenciados. “É uma forma de qualificar o usuário e, com isso, ir liberando mais e mais recursos. Ainda, para cada uso, o professor ganhará uma espécie de dinheiro virtual que será usado para a ‘compra’ de insígnias dentro da plataforma”, explica o também professor e coordenador Marcos Castilho.

Hoje, são mais de 27 mil usuários cadastrados na plataforma, que tem capacidade para muito mais, e entre os mais de 300 mil recursos disponibilizados estão vídeos, mapas, softwares educacionais, apresentações, infográficos, jogos, apps, imagens e outros recursos similares, e todos os conteúdos passam por um processo de curadoria a fim de filtrar conteúdos inadequados. Ainda, é possível realizar denúncias, caso o material seja impróprio. Para acessar, não há nenhuma restrição. Os professores e interessados que queiram fazer parte do repositório somente precisam realizar um cadastro simples, já estando habilitados a realizar downloads e subir materiais para a plataforma. Ainda, dentro da plataforma, é possível seguir e interagir com outros perfis, de forma a estabelecer realmente uma rede de apoio.

“A maioria do conteúdo disponibilizado faz parte do dia a dia de sala de aula de alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, mas existem recursos para aulas de cursos de graduação ou técnicos, como artigos, por exemplo. A nossa ideia é ampliar cada vez mais e transformar essa plataforma no maior repositório de conteúdos educacionais e que faça parte da rotina de professores”, explica Bona. O projeto é coordenado por dois professores do C3SL e um bolsista, aluno do curso de Ciência da Computação.

Para facilitar a usabilidade, dentro da plataforma é disponibilizada a possibilidade de criar coleções de materiais, organizando conteúdos por área, por exemplo. Além disso, é possível encontra materiais de formação desenvolvidos pelo Ministério da Educação com uma grande diversidade de temas. “Esperamos que essa nova versão atinja ainda mais professores e seja um grande espaço de troca de experiências. Mas, sobretudo, queremos que os alunos sejam impactados com novas possibilidades. A gente sabe como é difícil encontrar conteúdos de qualidade, e que realmente sejam aplicáveis em atividades de sala de aula, e foi pensando nisso que dedicamos tempo de estudo, pesquisa e desenvolvimento da plataforma”, finaliza Castilho.

Sobre o C3SL
O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) é um grupo de pesquisa do Departamento de Informática da UFPR, registrado no Diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Realiza pesquisas que dialogam com diferentes áreas do conhecimento e que podem ser empregadas para aprimorar processos e serviços tanto para empresas  por meio da Lei de Informática e Lei do Bem, quanto para instituições e órgãos públicos. 

As pesquisas do C3SL estão em diversas áreas da ciência da computação, como Banco de Dados, Engenharia de Software, Redes e Sistemas Distribuídos, Redes de Computadores e Inteligência Artificial. O grupo também atua na migração de sistemas proprietários para plataformas de software livre e na otimização de pessoal e de custos de soluções de hardware e software.

São seis linhas de pesquisa ativas, todas elas com diversos projetos em andamento ou já concluídos, os quais se encontram em uso pelas empresas ou órgãos solicitantes: Ciências Forenses Computacionais; Inteligência Artificial Aplicada; Medicina Assistida por Computação Científica; Preservação Digital; Sistemas Computacionais Avançados; Sistemas para Informática na Educação.

Os projetos realizados pelo grupo de pesquisadores são direcionados para a inclusão digital, buscando sempre beneficiar a sociedade brasileira de maneira geral. Assim, todo pacote de software que resulta destes estudos é publicado em forma de software livre.

Bolsistas do C3SL ganham 1º lugar em Simpósio de Sistemas Computacionais de Alto Desempenho (WSCAD 2022)

Odair, Fernando e Pietro representaram o C3SL no evento

Entre os dias 19 e 21 de Outubro aconteceu o XXIII Simpósio em Sistemas Computacionais de Alto Desempenho (WSCAD 2022) em Florianópolis – SC, o principal evento da área de sistemas de computação de alto desempenho. 

O C3SL apoia estudos e desenvolvimento de técnicas de programação de alto desempenho e como incentivo foi enviado um time composto por membros de C3SL para competir na maratona de programação paralela. Entre os ganhadores estão os bolsistas Fernando Monteiro Kiotheka, Odair Mario Ditkun Junior e Pietro Polinari Cavassin.

A competição contou com 10 equipes, entre remoto e presencial e a equipe do C3SL otimizou os problemas seriais em mais de mil vezes o tempo sequencial, enquanto o segundo lugar ficou com pontuação de 700 vezes, ou seja, quase 400 pontos a mais que o segundo colocado.

Na foto nossa equipe de entusiastas de programação de alto desempenho, que inclusive é aberta para todos os alunos do departamento. Eles receberam a premiação em certificados, troféus e livros de programação de alto desempenho. O apoio do C3SL foi essencial para a conquista, visto que a vitória só foi possível pelos treinos realizados no super computador do grupo.

Grupo de pesquisa da UFPR promove Ciclo de Debates em defesa do Ensino Superior Público e Gratuito, da Ciência e da Tecnologia

Candidatos ao governo do Estado participarão de debate com comunidade acadêmica no Departamento de Informática da universidade

O C3SL – Centro de Computação Científica e Software Livre –, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), promoverá o Ciclo de Debates em defesa do Ensino Superior Público e Gratuito, da Ciência e da Tecnologia em que convidará candidatos ao governo do Estado para debater propostas e ideias. O primeiro encontro será realizado no auditório do Departamento de Informática da universidade no dia 13 de setembro (terça-feira) às 14h, e terá como convidado o candidato Roberto Requião. A ideia é fomentar a discussão sobre a importância do ensino superior público, gratuito e de qualidade e a importância do desenvolvimento científico e tecnológico no Paraná.

Para exposição das propostas, cada candidato terá o tempo máximo de até duas horas e durante o evento o público presente poderá participar realizando questionamentos. A iniciativa visa reforçar o papel que a universidade pública tem como promotora do conhecimento, do livre pensar e da pluralidade de pensamentos amparados na liberdade de cátedra, na livre manifestação de ideias e na autonomia universitária.

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) realiza pesquisas que dialogam com diferentes áreas do conhecimento e que podem ser empregadas para aprimorar processos e serviços tanto para empresas quanto para instituições e órgãos públicos. Como entidade comprometida há 20 anos com o desenvolvimento científico e tecnológico do país, entende que o momento de debate político é fundamental para debater e conhecer propostas que girem em torno do fazer tecnológico e, desta forma, dialogar com o poder público para a elaboração, gestão e monitoramento de políticas públicas que favoreçam áreas como saúde, educação e geração de emprego.

Serviço:

Ciclo de Debates com Roberto Requião

Data: 13 de setembro

Horário: 14h

Local: Auditório do DInf – R. Evaristo F. Ferreira da Costa, 383-391 – Jardim das Américas

Grupo de pesquisa C3SL do setor de informática da UFPR celebra 20 anos

Programação vai relembrar e celebrar os 20 anos do Centro de Computação Científica e Software Livre

Nesta terça-feira (03/05), às 19h30, um seminário conduzido pelo Prof. Dr. Marcos Castilho (UFPR) vai celebrar e relembrar os 20 anos de atuação do Centro de Computação Científica e Software Livre, o C3SL. O momento faz parte do Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Computação do Paraná, e a ideia é apresentar um resgate histórico da atuação do grupo, mostrando ideias, projetos executados, projeções e ainda, destacando o modelo de pesquisa com foco social realizado pelo grupo.

O C3SL possui atualmente 14 docentes e 38 estudantes bolsistas de graduação e pós-graduação que participam de pesquisas nas mais variadas áreas, sempre visando aprimorar e facilitar processos e serviços para empresas, instituições e órgãos públicos. Entre os propósitos do grupo, está também o de beneficiar a sociedade por meio da publicação em formato de software livre todo pacote de software resultante das pesquisas realizadas. 

Marcos Castilho é professor titular da UFPR e suas principais áreas de atuação são Inteligência Artificial e Software Livre, notadamente em projetos de inclusão digital para atendimento de políticas públicas. É coautor do livro Algoritmos e Estrutura de Dados I, disponível de forma aberta e gratuita.

A transmissão será aberta através do link: https://youtu.be/RjYMz-KT9Q8 

Departamento de Informática da UFPR lança maior Sistema de Monitoramento de Políticas Públicas com recorte étnico-racial do país

Iniciativa do C3SL, Simope contém dados sobre as mais variadas áreas e foi financiada pelo Governo Federal

Uma parceria do Centro de Computação Científica e Software Livre da Universidade Federal do Paraná – UFPR –, o C3SL, com a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, lançou neste ano o Simope – Sistema de Monitoramento de Políticas Étnicos-Raciais. A ferramenta reúne dados e indicadores de diversas plataformas como o CadÚnico, do Ministério da Cidadania, o Censo Escolar e o Censo da Educação Superior do Inep, da Funai, Incra e diversas outras bases de dados.

O projeto, que estava sendo desenvolvido pelo C3SL desde 2016 possui aproximadamente 300 gB. Em outras palavras, é possível dizer que o Simope reúne dados de todos os alunos, professores e instituições do ensino superior desde 2010. “Essa já era uma demanda do Governo Federal, que buscava um sistema de monitoramento de políticas públicas que funcionasse de forma evolutiva. Por meio de um convênio proposto pela UFPR foi possível chegar em um resultado de interesse mútuo, em que a Universidade também atingiu um ganho no que diz respeito às pesquisas acadêmicas em desenvolvimento de softwares e banco de dados”, explica Marcos Didonet, professor da UFPR e pesquisador que coordenou a pesquisa.

Além do pesquisador, diversos outros pesquisadores do Centro de Computação estiveram envolvidos, e o objetivo principal do projeto é fornecer dados que auxiliem no monitoramento de políticas públicas, dando visibilidade à população negra e comunidades tradicionais. “Nem sempre as plataformas disponíveis oferecem simplicidade na consulta, sobretudo quando se trata de uma grande quantidade de dados”, explica Didonet.

O sistema, que possui um Guia de Orientação de Uso, oferece em formas de tabelas e gráficos a evolução, por exemplo, do sistema de cotas para a população negra nas instituições de ensino superior. Além disso, é possível acompanhar a presença territorial de comunidades quilombolas, povos indígenas, povos ciganos, e informações com recorte étnico-racial relacionadas ao universo do trabalho, da educação e de políticas como o Fies e o Prouni. 

Atualização constante 

Para que possa ser uma ferramenta contínua de avaliação, os pesquisadores desenvolveram ainda uma plataforma que permite atualização constante, integrada às bases de dados utilizadas. “A maioria dos sistemas existentes nesse formato não oferecem dados sobre a evolução, no formato em que o Simope foi pensado. São sistemas fechados ou que não permitem evolução ou ainda auditoria”, conta Didonet.

Ainda, na plataforma, é possível observar a participação dos estados e municípios no Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), e informações a respeito de projetos como editais públicos, emendas parlamentares, entre outros. “O C3SL possui longos anos de experiência em pesquisa e desenvolvimento em ciência da computação. Por isso, é possível realizar pesquisas de ponta, além da formação de alunos desde a graduação até o doutorado, enriquecendo assim a pesquisa científica e oferecendo ao poder público e, principalmente, à população, produtos e serviços que contribuem para o desenvolvimento da sociedade”, finalizou Didonet. 

Sobre o C3SL
O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) é um grupo de pesquisa do Departamento de Informática da UFPR, registrado no Diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Realiza pesquisas que dialogam com diferentes áreas do conhecimento e que podem ser empregadas para aprimorar processos e serviços tanto para empresas quanto para instituições e órgãos públicos. 

As pesquisas do C3SL estão em diversas áreas da ciência da computação, como Banco de Dados, Engenharia de Software, Redes e Sistemas Distribuídos, Redes de Computadores e Inteligência Artificial. O grupo também atua na migração de sistemas proprietários para plataformas de software livre e na otimização de pessoal e de custos de soluções de hardware e software.

São seis linhas de pesquisa ativas, todas elas com diversos projetos em andamento ou já concluídos, os quais se encontram em uso pelas empresas ou órgãos solicitantes: Ciências Forenses Computacionais; Inteligência Artificial Aplicada; Medicina Assistida por Computação Científica; Preservação Digital; Sistemas Computacionais Avançados; Sistemas para Informática na Educação.

Os projetos realizados pelo grupo de pesquisadores são direcionados para a inclusão digital, buscando sempre beneficiar a sociedade brasileira de maneira geral. Assim, todo pacote de software que resulta destes estudos é publicado em forma de software livre.

C3SL na mídia: sites registram importância do software livre

O portal de notícias paranaense Plural, publicou recentemente uma notícia sobre a importância da UFPR para o software livre, apresentando o papel do Departamento de Informática da universidade e do próprio C3SL na distribuição de espelhos.
A reportagem do jornalista Rodrigo Ghedin também está disponível no Manual do Usuário.
O site da UFPR também publicou uma notícia sobre o grupo de pesquisa, confira aqui.

Plataforma MEC RED é um dos projetos vencedores do Open Government Awards

A Parceria para Governo Aberto (OGP) anunciou na última quarta-feira (15/12) os compromissos vencedores do prêmio Open Government Awards, promovido como parte da comemoração de 10 anos da OGP. Entre os projetos selecionados, a plataforma integrada MEC Recursos Educacionais Digitais, desenvolvida pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), recebeu o 2º lugar. 

Os vencedores, em cada região e modalidade, foram anunciados  na 7ª Conferência Global da OGP (Global Summit), realizada em modo remoto. As premiações “Open Government Awards 2021” são uma forma de reconhecer o trabalho e o comprometimento de atores de diferentes países e regiões que atuaram ativamente na implementação de reformas de governo aberto para promover os princípios de transparência, accountability, participação social e inovação tecnológica.

Foram 45 compromissos inscritos no âmbito nacional e 60 na esfera local que concorreram nas nas modalidades OGP Impact Awards e OGP Local Innovation Awards.

Sobre a plataforma MEC RED

A plataforma integrada MEC Recursos Educacionais Digitais tem a proposta de reunir e disponibilizar, em um único lugar, os Recursos Educacionais Digitais dos principais portais do Brasil. Com o objetivo de melhorar a experiência de busca desses Recursos, a Plataforma foi desenvolvida numa parceria coletiva entre: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professoras(es) da Educação Básica de todo o Brasil.

Como um espaço construído por e para professores, a plataforma visa dialogar com a realidade dentro e fora da sala de aula, criar um ambiente colaborativo e de compartilhamento. A Plataforma Integrada disponibiliza mais de 321 mil Recursos Educacionais Digitais para alunos e profissionais da educação. 

Para o desenvolvimento da plataforma, dada a complexidade envolvida na construção de uma rede social, foram mobilizados mais de 30 alunos bolsistas e praticamente todos os pesquisadores do C3SL participaram da elaboração do MEC RED.

C3SL obtém credenciamento para receber recursos via Lei de Informática

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) obteve a aprovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para que o Departamento de Informática possa receber recursos via Lei de Informática.

A Lei é um mecanismo de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico que atua por dedução de impostos às empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento. Cadastradas junto ao MCTI, as organizações podem redirecionar parte dos impostos que seriam pagos ao governo diretamente às instituições de ciência e tecnologia parceiras. 

Com isso, não apenas o C3SL, mas também o DInf da UFPR e seus pesquisadores de maneira geral podem desenvolver projetos em parceria com a iniciativa privada, recebendo, em troca, recursos que podem ser convertidos em melhorias na estrutura e avanços nas pesquisas. 

Fabiano Silva, chefe do Departamento de Informática da UFPR e professor associado ao C3SL, ressalta que esta conquista beneficia tanto o C3SL e o Departamento de Informática quanto a própria universidade, que também recebe uma parcela dos recursos. “É um passo importante dado pelo C3SL para abrir portas para o grupo, mas também para outros pesquisadores do departamento e também de outras áreas da universidade, já que podem ser viabilizadas pela Lei pesquisas de várias áreas, desde que tenham interface com a informática”.

O professor André Grégio, que encaminhou a solicitação e deu andamento ao processo para obter o credenciamento, reforça a ampla gama de possibilidades que nasce com a inclusão do DInf entre as instituições aceitas pela Lei de Informática. “É uma novidade que impacta o departamento e todo o setor de maneira geral. Por exemplo, ao empregarmos os recursos obtidos com projetos viabilizados pela Lei da Informática para realizar um upgrade no nosso datacenter, que atende múltiplos departamentos, é a universidade toda que se beneficia”, diz. 

Além dos resultados diretos no sentido de adquirir equipamentos de ponta e desenvolver projetos, soluções e tecnologias, as parcerias com a iniciativa privada também permitirão expandir os horizontes de pesquisa e proporcionar aos alunos a ampliação do conhecimento aplicado a diferentes nichos do mercado. 

Após finalizados os projetos, o conhecimento produzido com essas parcerias poderá gerar resultados de propriedade intelectual para as empresas e  pesquisadores envolvidos, dependendo do contrato previamente estabelecido. “Praticamente todos os produtos da área de informática são importados. Com o incentivo da Lei de Informática, podemos trabalhar para desenvolver soluções nossas, brasileiras, que atendam as demandas das empresas e fomentem a formação de recursos humanos especializados no país”, detalha Grégio.

A confirmação do credenciamento foi publicada no Diário Oficial da União, através da Resolução nº 215/2021 do Comitê da Área de Tecnologia da Informação. O credenciamento será válido por dois anos e é passível de renovação após esse período. 

Lei de Informática e impactos

A chamada Lei de Informática é na verdade um conjunto de normas. As primeiras a serem promulgadas foram as Leis nº 8.248/91 e nº 8.387/91, que posteriormente foram alteradas pelo Decreto 5.906/06 e pelas Leis nº 10.176/01, 13.674/18 e 13.969/19. 

Voltada para empresas que têm investimentos concretos e comprovados em Pesquisa e Desenvolvimento, a Lei de Informática atua por meio de créditos financeiros para investimentos em inovação no setor de Tecnologia da Informação e Computação. Assim, para que possam participar, o projeto desenvolvido deve ser relacionado à informática, ainda que na interface com outros setores – como, por exemplo, inteligência artificial, softwares de segurança, aprendizado de máquina, entre outros, empregados em projeto de saúde, segurança, educação, entre outros. 

Para as universidades credenciadas, essa aproximação com a iniciativa privada permitida pela Lei de Informática significa encontrar um modelo sustentável de captação de recursos sem romper com a autonomia universitária e também permite desestigmatizar o trabalho desenvolvido pelos pesquisadores, mostrando que estes podem fornecer entregas rápidas e altamente qualificadas.

Além disso, contribui para romper com o estigma de que o conhecimento produzido nessas instituições fica dentro dos muros das mesmas, já que, embora sejam o berço da inovação no Brasil, as universidades nem sempre são reconhecidas como tal.