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C3SL é tema de palestra no Erad, evento sobre computação e alto desempenho em Santa Catarina

Promovido pela Sociedade Brasileira de Computação, evento reúne pesquisadores e alunos de iniciação científica da Região Sul

Os desafios em projetos complexos de informática para políticas públicas e o compromisso do C3SL com propostas de inovação a partir do software livre foram destaque na vigésima quarta edição da Escola Regional de Alto Desempenho da Região Sul, em Santa Catarina. A palestra foi realizada nesta quinta-feira (25) pelo professor da UFPR e pesquisador do C3SL, Luís Bona. O evento reúne alunos de graduação, pós-graduação, pesquisadores e profissionais da computação para debater o cenário do Processamento de Alto Desempenho, Arquitetura de Computadores e Sistemas Distribuídos.

Com o tema “C3SL: 22 anos! Software livre, cidadania e liberdade”, a palestra evidencia os grandes desafios nacionais enfrentados pelo centro de computação no uso de software livre como instrumento para a construção de sistemas inovadores. Com diversos projetos de impacto público nas áreas da saúde, educação, direitos humanos e comunicação, o C3SL vem há mais de duas décadas reiterando em seus esforços o papel da universidade na construção da soberania tecnológica do país.

Para Bona, além de um reconhecimento à importância e ao papel do centro de computação, ter o C3SL como um dos temas de relevância nas palestras do evento regional é uma oportunidade de reforçar à comunidade acadêmica e ao mercado o compromisso do grupo com soluções tecnológicas abertas.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Computação com apoio da UFPR e demais instituições de ensino, e com patrocínio de grandes empresas de tecnologia, o evento tem foco na qualificação dos profissionais dos estados da região sul do país para processamento de alto desempenho. “Este é o principal evento da região sul para debater inovação e pesquisa científica em processamento de alto desempenho. Com grande participação de alunos de iniciação científica a preocupação é promover a reflexão da responsabilidade do papel que eles desempenharão na sociedade. Entendemos que a filosofia que guia a pesquisa e os projetos do C3SL pode contribuir muito para a formação das novas gerações de pesquisadores”, destaca.

INOVAÇÃO ABERTA: governo deve buscar cooperação com sociedade para demandas em políticas públicas

Evento promovido pelo C3SL evidencia a necessidade de uma gestão descentralizada do governo, integrada à iniciativa privada e startups com foco em inovação

Gerar ideias e iniciativas inovadoras para a sociedade a partir de um sistema de parceria entre os governos municipais, estaduais e federal com agentes externos, como entidades e empresas privadas. Este é o cerne do conceito de Inovação Aberta nos Governos, tema da mesa redonda promovida nesta quarta-feira (24) pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e pelo Departamento de Informática (Dinf) da UFPR.

O evento reuniu cerca de 50 alunos, pesquisadores e professores da universidade e contou com palestras do assessor Técnico na GNova, laboratório de inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Luís Guilherme Izycki, do pesquisador do C3SL, professor Marcos Sfair Sunye, e da coordenadora do Curso de Medicina da UFPR, Camila Girardi Fachin.

Apesar de ser o principal responsável por desenvolver políticas públicas, o governo não precisa estar sozinho na busca por soluções que atendam as necessidades da sociedade, é o que defende Luís Guilherme Izycki, da GNova/Enap. Para isso, segundo Luís Izycki, o governo deve optar por uma gestão descentralizada de projetos, com foco na cooperação entre a iniciativa privada e setores da sociedade civil para resolver problemas sociais.

Com origem no campo econômico, a proposta da Inovação Aberta propõe a quebra do paradigma de uma inovação centrada na rivalidade e falta de cooperativismo entre instituições e o governo. A competitividade entre governo e iniciativa privada ou sociedade é trocada por um ecossistema de inovação em que os entes públicos passam a fomentar a integração entre os agentes da sociedade para busca de soluções.

“Como governo, nosso investimento e a nossa intenção é trazer possibilidades, do ponto de vista da oferta e demanda, a partir das mentes criativas da sociedade. É isso que resultará em um horizonte de soluções. Nem sempre terá capacidade de alcançar resoluções de problemas focados nas demandas de política públicas a partir de ações próprias. É neste ponto que ele deve buscar na Inovação Aberta para Governos uma forma de atuar em cocriação com agentes da sociedade que apresentem condições de resolver os problemas que fogem da possibilidade de resposta do poder público”, aponta Luís Izycki.

Uma das frentes do Governo Federal no uso de gestão de Inovação Aberta é o Laboratório de Inovação em Governo (GNova), vinculado à Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O Gnova atua como uma assessoria técnica que auxilia os entes públicos e a sociedade no desenvolvimento de projetos com foco em soluções para políticas públicas. “O papel da GNova é de ser a viabilizadora da cooperação e do processo. O problema público a ser resolvido continua sendo do ente, como o município, por exemplo. Os processos formais continuam sendo responsabilidade dele, com contratações por meio de editais. Mas a forma de produzir e organizar os editais, de pensar em estratégias disruptivas e de inovação para buscar solução aos seus problemas, conta com a expertise da GNova”, destaca o assessor técnico.

INOVAÇÃO DEPENDE DE UMA POLÍTICA DE DADOS – Alinhado à ideia de descentralização do governo sobre os projetos com impacto na sociedade e de uma desburocratização da gestão pública, o pesquisador do C3SL, Marcos Sfair Sunye, reforçou na mesa redonda a importância de uma política efetiva de dados abertos.

Um cenário com oferta de dados brutos por parte dos entes públicos pode permitir por parte da sociedade e de instituições de incentivo à pesquisa a oferta de soluções que atendam às demandas da população.

Sunye rememorou como exemplo a criação em 2013 de um aplicativo desenvolvido por alunos de informática da UFPR que permitia ao usuário do transporte público de Curitiba acompanhar em tempo real o fluxo dos ônibus. Isso foi possível pelo acesso aos dados que estavam disponíveis no site da Urbs, e que indicavam ponto a ponto a localização dos ônibus. “Foi um exemplo de uma ação que gerou uma repercussão social muito grande, e que deu dimensão do impacto da inovação a partir dos dados abertos. Não que os governos deixem de usar estes dados. Muitas vezes até percebemos iniciativas da gestão pública em desenvolver alguma aplicação para alcançar a população. Mas nem sempre o resultado é satisfatório. Neste caso, o ideal é que mantenha os dados abertos para que outros agentes possam desenvolver inovações que deem conta das demandas da sociedade”, reforça o pesquisador da UFPR.

Neste aspecto, o papel da universidade é aumentar a qualidade e a continuidade para os dados públicos. “É função da Universidade pegar os dados brutos e disponibilizar eles para a sociedade. Dados brutos, não dados trabalhados. Os dados com intervenção apresentam um alinhamento ou ainda um recorte que pode ser limitador do seu uso. Precisamos trabalhar melhor os dados com a sociedade. E é isso que buscamos aqui no C3SL como laboratório. Criar alternativas de tecnologias de software livre, sem aprisionamento de dados, que tenham impacto na sociedade de forma geral, em áreas como saúde, educação, comunicação e questões sociais”, reitera.

Para o pesquisador, falta a percepção dos gestores públicos sobre a relevância e real valor dos dados. Como exemplo disso, Sunye destacou situações em que grandes empresas de tecnologia cedem o uso de sistemas com código proprietário em hospitais. O que esta ação supostamente altruísta não revela é que a empresa de tecnologia acaba tendo acesso a todos os dados de diagnósticos e demais informações que passam a circular neste sistema.  É na contramão dessa postura que atua o C3SL, com projetos que têm como razão o desaprisionamento dos dados, e incentivo ao Software Livre. Prova disso é a iniciativa inovadora do C3SL tornar a filosofia do Software Livre como princípio para seus próprios projetos, que são publicados com o código-fonte aberto, disponíveis para acesso público (https://gitlab.c3sl.ufpr.br/explore/projects). Outro ponto é o projeto de espelhamento dos programas, que faz do C3SL a maior referência do hemisfério Sul dedicado a software livre. Há duas décadas o C3SL hospeda e distribui uma série de programas como Ubuntu, Debian, Kurumin Linux e SurceForge. “Por sermos referência, somos procurados de forma recorrente por desenvolvedores de sistemas e programas em software livre para hospedarmos novos projetos”, diz Sunye.

A BUROCRACIA COMO ENTRAVE DA INOVAÇÃO – Refletindo sobre a realidade da pesquisa em saúde, sobretudo com foco no Hospital de Clínicas, a coordenadora do Curso de Medicina da UFPR, Camila Girardi Fachin, apontou a urgência da desburocratização como forma de incentivar a inovação. Apesar de ser um dos principais centros de pesquisa e referência como hospital público, de acordo com Camila, o HC tem sofrido um êxodo de pesquisadores quando o assunto é pesquisa, devido a um sistema altamente burocratizado. Segundo a professora da UFPR, isso se agrava ainda mais nos casos de pesquisa clínica. “Quando o assunto é a pesquisa clínica, a burocracia é maior. Quando estamos no processo de testagem de um medicamento ou um dispositivo, isso fica mais evidente, sobretudo considerando que estamos em um cenário de competitividade com laboratórios ou entidade privada, em pesquisa também nas mesmas áreas. Logicamente que temos regras de trâmite legal, mas o excesso de burocracia prejudica principalmente na demora para aprovação, o que favorece o mercado externo”, critica.

Inovação Aberta nos Governos é tema de evento no C3SL nesta quarta

Laboratório de Inovação da ENAP participa de Mesa Redonda na UFPR nesta quarta-feira, 24, às 10 horas. Evento é aberto à comunidade

Na próxima quarta-feira (24), às 10 horas, no auditório do Departamento de Informática da UFPR, o engenheiro Luís Guilherme Izycki apresentará para o público curitibano os conceitos da Inovação Aberta em Governos. Criada há poucos anos nos EUA, a Open Innovation, como ficou conhecida, consiste em pôr organizações e governos para colaborarem, em vez de competirem, na busca por tecnologias disruptivas, soluções sociais e modelos de negócios. A Mesa Redonda é uma iniciativa do C3SL (Centro de Computação Científica e Software Livre) da UFPR.

Membro do Laboratório de Inovação em Governo da Escola Nacional de Administração Pública (GNOVA/ENAP), Luís Guilherme Izycki participou de projetos disruptivos no governo federal, como  o Almoxarifado Virtual Nacional. o Serviço Centralizado de Limpeza e o premiado TáxiGov – que mudou a forma como servidores públicos federais se deslocam, migrando para um aplicativo de transporte administrativo. Hoje, além dos cursos sobre inovação, Luís Izycki integra as equipes do Centro de Lideranças Políticas e da Vetor Brasil.

Inovação em Saúde será debatida na Mesa Redonda sobre Open Innovation

Para debater a Inovação Aberta em Governos com Luís Izycki, o C3SL convidou o pesquisador Marcos Sfair Sunye, para apresentar um projeto do Centro de Computação Científica e Software Livre focado na desburocratização do acesso à Atenção Primária à Saúde, e a médica Camila Girardi Fachin, coordenadora do curso de Medicina da instituição, que trará as experiências em inovação no Hospital de Clínicas da UFPR. No modelo de Mesa Redonda, as pessoas e startups presentes poderão fazer perguntas e discutir a Open Innovation com os palestrantes do evento. 


SERVIÇO
Mesa Redonda: Inovação Aberta em Governos: um caminho para o desenvolvimento


Palestrantes: Luís Guilherme Izycki, do Laboratório de Inovação em Governo da Escola Nacional de Administração Pública (GNova/Enap); Marcos Sfair Sunye, pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL/UFPR); e Camila Girardi Fachin, coordenadora do Curso de Medicina da UFPR. A mediação será feira por Carla Marcondes, administradora e assessora de projetos da UFPR.

Quando: no dia 24 de abril, quarta-feira, às 10 horas.

Onde: no Auditório Alexandre Direne, do Departamento de Informática da UFPR, no Centro Politécnico (rua Evaristo F. Ferreira da Costa, 383-391, bairro Jardim das Américas).

ENTRADA LIVRE, SEM NECESSIDADE DE INSCRIÇÃO PRÉVIA

Novos bolsistas do C3SL participam de semana de integração na UFPR

Seleção contou com inscrição de 70 alunos de graduação dos cursos de Ciência da Computação e Informática Biomédica

Começaram nesta segunda-feira (15) as atividades de integração dos novos bolsistas de pesquisa do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As atividades de capacitação seguem até quarta-feira (17). Neste primeiro edital de 2024, foram selecionados 21 alunos de graduação de um total de 70 inscritos dos cursos de Ciência da Computação e Informática Biomédica.

Os alunos foram recepcionados pelo bolsista e gerente de projetos, Richard Heise, que apresentou as atividades de pesquisa e os projetos desenvolvidos pelo C3SL. Formando em Ciência da Computação e responsável pela gestão do projeto do repositório de recursos educacionais do MEC, Heise destacou na dinâmica com os alunos o uso do método ágil como forma de organização dos projetos do centro de computação.

Com 15 professores doutores vinculados ao grupo e cerca de 30 alunos de graduação, mestrado e doutorado, o C3SL conta atualmente com três grandes projetos em andamento: Pesquisa e Inovação em Sistemas de Informação para Saúde; o Laboratório de Dados Educacionais, que abrange as plataformas MapFor, SIMCAQ e um repositório de indicadores; e a plataforma de Recursos Educacionais Digitais do MEC.

Cada um dos novos bolsistas integrará as equipes de professores e demais pesquisadores por projeto. A distribuição entre os programas em desenvolvimento é definida pelo perfil e habilidade do bolsista, bem como das preferências de atuação indicadas na entrevista no processo seletivo. Junto ao C3SL, os novos bolsistas terão 20 horas de dedicação semanal presencial nas dependências do Departamento de Informática (Dinf) da UFPR.

Apesar do foco em desenvolvimento de projetos com parcerias externas, Heise reforçou aos bolsistas que a preocupação é o fomento à pesquisa. Desta forma, os alunos são fortemente convidados a desenvolverem pesquisas nas diversas áreas da computação e têm a oportunidade de interagir com outros alunos que já até publicaram e apresentaram artigos. Segundo o gerente de projetos, diversas publicações científicas, divulgação em eventos, dissertações e trabalhos de conclusão de curso foram produzidos por ex-bolsistas tendo como objeto de pesquisa a atividades do C3SL.  

No encontro com os novos bolsistas, o pesquisador e um dos fundadores do C3SL, Marcos Castilho, reforçou a centralidade do aprendizado e do caráter de experimentação dos alunos durante as atividades junto ao centro de computação. “O C3SL não é uma fábrica de software. Nós estamos dentro de uma universidade. Vocês serão programadores. Mas, antes de tudo, aqui são estudantes. E o que faz um estudante? Pesquisam, propõem soluções, medidas alternativas e inovadoras para um problema. E é a partir desta perspectiva que devem compreender a sua atuação junto ao C3SL”.

Também presente na atividade de boas-vindas aos bolsistas, o professor do Dinf e pesquisador do C3SL, Eduardo Todt, frisou o papel do interesse público nos projetos encabeçados pelo centro de computação, sobretudo em parceria com governos federal, estadual e municipal. “O C3SL sempre faz projetos importantes para a sociedade. E vocês agora são do C3SL e passam a contribuir com atividades de ação social, com impacto na sociedade”.

Aprovados no Processo Seletivo 2024.1

Os candidatos abaixo foram aprovados no processo seletivo do C3SL.
Parabéns a todos!

O início das atividades será comunicado por e-mail oportunamente.

Aprovados (em ordem alfabética):

  • Barbara Reis Dos Santos
  • Bernardo Pavloski Tomasi
  • Cauê Mateus Gonçalves Venturin Samonek
  • Davi Campos Ribeiro
  • Eduarda Saibert
  • Eduardo Faria Kruger
  • Eduardo Vudala Senoski
  • Eloiza Sthefanny Rocha Da Silva Cardoso
  • Gabriel Lisboa Conegero
  • Gabriel Lüders
  • Gabriela Fanaia De Almeida Dias Dorst
  • Guilherme Eduardo Gonçalves Da Silva
  • Heloisa Dias Viotto
  • João Meyer Muhlmann
  • João Pedro Vicente Ramalho
  • Luize Cunha Duarte
  • Maria Luiza Palácio da Silva
  • Mateus Dos Santos Herbele
  • Pedro Folloni Pesserl
  • Pedro Henrique Friedrich Ramos
  • Theo Simonetti Schult

Foi um processo seletivo muito difícil e com mais de 70 inscritos. Foram 21 selecionados.

Agradecemos imensamente todos que se candidataram e torcemos em revê-los procurando participar do C3SL no futuro!

Convocação para as entrevistas da chamada de seleção de novos bolsistas 2024.1

Bom dia, foi realizada a pré-seleção levando diversos fatores dos candidatos como critério. Essa será a lista de candidatos que serão entrevistados.

Serão 4 bancas compostas por diferentes professores e pessoal capacitado. As entrevistas serão realizadas, via de regra, na sala do C3SL no primeiro andar do Departamento de Informática, em frente ao lab 3. Os candidatos serão chamados, um a um, conforme as entrevistas andarem. Há a possibilidade de mudar o local da entrevista no dia, portanto fiquem atentos.

Segunda-Feira (08/04)

9:00h
1. Barbara Reis Dos Santos
2. Athos Santos Scremin
3. Caio Francisco Stadler Sguario
4. Caue Mateus Goncalves Venturin Samonek
5. Daniel Celestino De Lins Neto

10:00h
6. Davi Campos Ribeiro
7. Davi Garcia Lazzarin
8. Eduardo Faria Kruger
9. Eduardo Mathias De Souza
10. Eduardo Munaretto Majczak

11:00h
11. Eloiza Sthefanny Rocha Da Silva Cardoso
12. Fábio Naconeczny Da Silva
13. Gabriel Lisboa Conegero
14. Gabriel Pucci Bizio
15. Luize Cunha Duarte

Terça-feira (09/04)

9:00h
1. Eduardo Vudala Senoski
2. Gabriela Fanaia De Almeida Dias Dorst
3. Giovanna Fioravante Daeledone
4. Guilherme De Queiroz Lima Roth
5. Guilherme Dos Santos Ferreira Alves

10:00h
6. Guilherme Eduardo Gonçalves Da Silva
7. Guilherme Possani Ramos
8. Heloisa Dias Viotto
9. Joao Meyer Muhlmann
10. Joao Pedro Vicente Ramalho

11:00h
11. Kaue De Amorim Silva
12. Lucas Silveira Portela
13. Mardoqueu Freire Nunes
14. Maria Luiza Palácio da Silva

Quarta-feira (10/04)

9:00h
1. Alex Matsuo
2. Alexandre De Oliveira Plugge Freitas
3. Alexandre Stoll Calisto
4. Amanda Pollyanna Da Silva Rodrigues
5. Andre Grassi De Jesus

10:00h
6. Arthur Dos Santos Lima Gropp
7. Augusto Antonio Kolb Schiavini
8. Bernardo Nunes Paixão
9. Bernardo Pavloski Tomasi
10. Bruno Dal Pontte

11:00h
11. Caio Eduardo Ferreira De Miranda
12. Gabriel Luders
13. Theo Simonetti Schult
14. Eduarda Saibert

Quinta-feira (11/04)

9:00h
1. Alexander Danila Mion
2. Mateus Dos Santos Herbele
3. Matheus Gimenes Da Silva Viana
4. Matheus Sebastian Alencar De Carvalho
5. Matheus Telles Batista

10:00h
6. Natã Abraão Serafini Da Rocha
7. Pedro Folloni Pesserl
8. Pedro Henrique Friedrich Ramos
9. Rafael Lima Dias
10. Rafael Munhoz Da Cunha Marques

11:00h
11. Rafael Ribeiro Kluge
12. Ricardo Prado Faria
13. Thiago Fabricio De Mello
14. Thiago Zilio Assunção
15. Yago Yudi Vilela Furuta

– –

Os horários são somente para fins indicativos, caso você chegue antes do seu horário há a possibilidade de entrevistar antes, por ordem de chegada.

Caso o candidato perca a entrevista, mande um e-mail informando e remarcaremos se possível, mas vale ressaltar que os horários devem ser respeitados sempre que possível.

Nós mesmos vamos chamando os candidatos conforme as entrevistas andarem.
Pedimos que mantenha o celular no modo silencioso durante a realização da sua entrevista.

Candidatos que não foram selecionados na primeira etapa poderão entrar para a lista de espera, portanto, deem o seu melhor!

Boa sorte a todos!

C3SL está com vagas abertas para alunos da UFPR.

São bolsas de pesquisa para alunos de graduação e pós dos cursos de Ciência da Computação e Informática Biomédica. É necessário que o aluno tenha disponibilidade para se dedicar 20 horas semanais, com atividades presenciais.

Os bolsistas atuarão nos projetos de pesquisa e desenvolvimento do C3SL, localizado no Departamento de Informática da UFPR. Os candidatos que participaram de seleções anteriores podem realizar o processo seletivo novamente para melhorar sua nota.

O tempo no C3SL pode ser validado como estágio obrigatório e projeto de IC. Os alunos são fortemente convidados a desenvolverem pesquisas nas diversas áreas da computação e têm a oportunidade de interagir com outros alunos que já até publicaram e apresentaram artigos.

As inscrições começam dia 26/02 (segunda-feira) e vão até 10/03 (domingo), às 23:59h.

A bolsa para graduação começa em R$1.200,00.
A bolsa de mestrado começa em R$3.500,00.
A bolsa de doutorado começa em R$6.000,00.

A documentação necessária é seu histórico acadêmico atualizado, carta de motivação, frente e verso do RG, currículo e declaração de não beneficiário de bolsa assinada (há um template anexado ao edital).

Informações extras são encontradas no Edital de Seleção.

O Edital sofreu alterações e uma declaração de não recebimento de bolsa é necessária (em anexo no Edital), caso o candidato possua bolsa de outro projeto ou vínculo empregatício vigente, pode fazer a entrevista normalmente, caso seja selecionado, poderá decidir ficar ou não no laboratório.

O Edital, para fins de esclarecimento, é de 2022 e é de fluxo contínuo, o que significa que não precisamos relançá-lo para abrir um novo PS, como este. Porém, algumas informações estão desatualizadas, como valor das bolsas, confiem no post do processo seletivo desse ano.

Mesmo que o candidato já receba bolsa de alguma IC, mande para nós a declaração assinada, pois caso o candidato seja selecionado não precisamos requerer o documento novamente.

Confira o nosso guia do candidato.

A documentação pode ser entregue por e-mail (com toda a documentação em anexo) para selecao@c3sl.ufpr.br com o título “[C3SL] Inscrição para seleção de bolsa”.

O prazo para envio do email é até 10 de Março às 23:59h!

As entrevistas serão realizadas presencialmente. Aguarde informações por e-mail.

Computação na Educação Básica: caminhos, desafios e possibilidades no letramento digital de crianças

Marcos Castilho
Fundador e professor pesquisador do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

2024 será o primeiro ano em que as escolas terão que obrigatoriamente colocar em prática atividades que incluam a computação em toda a Educação Básica. Uma resolução publicada pela Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação, em 2022, em complemento à BNCC – Base Nacional Comum Curricular – fez do Brasil um dos países em que a computação se torna obrigatória em todo o ciclo de formação do aluno. A resolução ficou conhecida como BNCC – Computação e propõe ações pedagógicas voltadas para o letramento da cultura digital em todas as fases da educação formal.

A norma foi construída com base em três eixos: cultura digital, mundo digital e pensamento computacional. As três essenciais para que o indivíduo que se forma tenha acesso não só a como utilizar, mas sobretudo, usos digitais, funcionamento da tecnologia, lógica computacional e diversos outros pontos estratégicos para que as crianças e adolescentes desenvolvam autonomia e responsabilidade no uso da cultura digital.

Ora, falar sobre computação é falar de dia a dia. A rotina da criança atualmente é guiada pela tecnologia. As telas preenchem a rotina das famílias, e a escola, e principalmente as políticas públicas, têm a obrigação de orientar as crianças num processo crítico, responsável e seguro. O uso de computadores, celulares, apps, softwares, não pode ser feita de forma aleatória, mas sim, reflexiva, levando as próprias crianças a entenderem essa dinâmica, enxergar soluções para os desafios e lidar de maneira simplificada com inteligência lógica. Podemos dizer que atualmente, o pensamento computacional é uma habilidade tão importante quanto ler e escrever sim, quer a gente queira ou não. E a prática desse pensamento é trabalhar com características que são próprias de computadores, baseado nas quatro definições básicas da computação, que são: abstração, reconhecimento de padrões, decomposição e algoritmos.

Dois pontos são fundamentais nessa discussão. O primeiro diz respeito às formas que conduzem essas três esferas a que se propõe a BNCC- Computação. Por isso, falar em letramento digital é falar sobre transversalidade. É incluir, de maneira desplugada inclusive, atividades que suscitem, por exemplo, maneiras que a ciência computacional propõe para resolver problemas e desafios. Hoje, muitas pesquisas na área da informática são desenvolvidas com o objetivo de pensar nas formas como crianças de 7 a 11 anos podem pensar sim com o computador e celular em mãos, mas sobretudo sem esses dispositivos. São atividades que envolvem movimentos, recortes, auxiliando até mesmo o desenvolvimento motor das crianças. São atividades direcionadas a desenvolver habilidades como decompor problemas em partes menores, reconhecer padrões, focar nas partes mais importantes de um problema, entre outras. Isso é pensamento computacional.

Outro ponto fundamental ao se falar em pensamento computacional para crianças e adolescentes é pensar na questão do software livre. Estamos falando de política pública. Estamos falando de recursos públicos. São milhares de crianças que ainda não têm acesso a computadores ou celulares. São muitas escolas que possuem um computador para quatro, cinco crianças. Adaptar o pensamento computacional para esta realidade é propor soluções que tornem a educação cada vez menos refém das bigtechs e da política de dados a que a sociedade está sujeita. O código aberto possibilita que os impostos sejam investidos em uma computação mais democrática, e que ainda tem o poder de proporcionar ao país a tão sonhada soberania digital.

Para isso, é preciso investir em educação, ciência e tecnologia e em programas que formem professores capazes de reproduzir essas técnicas. As universidades públicas são grandes sujeitos dessa dinâmica. É preciso incentivar pesquisas na área da informática que saiam do óbvio, que debatam políticas públicas e soberania. Que tragam para o governo novos horizontes e possibilidades de investimento e de retorno para a sociedade. Nossas crianças agradecem.